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União de produtores é chave para aumentar exportações

Um dos caminhos destacados é a formação de cooperativas e consórcios


Cristalina (GO) - A união dos produtores foi uma das principais mensagens transmitidas pelo 35º Seminário do Agronegócio para Exportação (AgroEx), nesta 5ª feira (12), em Cristalina (GO). Um dos caminhos destacados para ampliar as exportações brasileiras do agronegócio foi a formação de cooperativas e consórcios, com base na tendência atual de concentração empresarial como objetivo para alcançar maior inserção no mercado internacional.

Segundo o analista de comércio exterior do Departamento de Cooperativismo e Associativismo (Denacoop) do Mapa, Flávio Costa, apenas 2% das exportações brasileiras são provenientes de cooperativas. “Essa participação ainda é tímida, dada a importância do setor cooperativista no agronegócio”, afirmou.

O Brasil conta hoje com 1.615 cooperativas e, em 2009, os embarques internacionais foram de US$ 3,6 bilhões. “A solução para ampliar esse valor é a integração contratual, a organização de produtores para venda em conjunto, compra de insumos mais baratos e fortalecimento do setor no mercado”, informou. Como exemplo dessa relação, o analista cita a junção mediante contrato legal de produtores, indústrias e varejistas. Para ele, essa é ferramenta não só para os pequenos produtores, mas também para médios e grandes.

O Ministério da Agricultura, por meio do Denacoop, fomenta essa integração, com foco na organização e internacionalização desses grupos. Entre as ações programadas estão a promoção de missões estrangeiras para conhecer o mercado de outros países e fechar negócios com empresas estrangeiras. Para o mês de setembro está prevista a ida de uma delegação do Mapa com representantes de cooperativas para os Estados Unidos e Canadá, o Japão, em outubro, para o Norte da África, em novembro.

O produtor Djaciel Maciel, um dos participantes do encontro, trabalhou em uma cooperativa de Cristalina durante 11 anos, onde conheceu na prática a importância dessa forma de associação. “Somos eficientes no Brasil dentro da porteira, mas informações, como essas que recebemos no AgroEx, nos conscientizam sobre a importância de compatibilizar ideais e crescer para fora do País, no mercado externo”, enfatizou.

Certificação - A agregação de valor aos produtos agropecuários também foi destacada no seminário. O analista da Embrapa Arroz e Feijão, Aluísio Goulart, ressaltou os benefícios de certificar alimentos e conquistar a fidelidade dos consumidores. Descreveu valores como identidade e visibilidade, garantia de alimento seguro e de qualidade, além da permanência no mercado e inclusão em novos nichos. “O grande negócio do País é o agronegócio. É preciso adotar a industrialização de produtos. Em vez de só vender laranja, por que não também o suco? E não só a carne, mas também embutidos”, acrescentou.

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