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União Europeia promove no Brasil fórum sobre financiamento de ‘negócios verdes’

Foto de 2015 mostra espuma da poluição do rio Tietê no município paulista de Pirapora do Bom Jesus


Promovido pela União Europeia, acontece nesta semana em São Paulo (27 e 28/11) o Fórum de Negócios Verdes, para discutir financiamento de iniciativas privadas contra as mudanças climáticas.

O congresso pretende ser uma plataforma para abordar a cooperação entre Europa e Brasil em modelos viáveis de negócios sustentáveis. Agricultura de baixo carbono, geração de energia distribuída, energia solar, eficiência energética em edifícios e indústrias e créditos de carbono são nichos a serem analisados. 

Com o anúncio recente de que um acordo entre Mercosul e União Europeia está prestes a ser selado, o fórum ganha mais relevância.

Os participantes são representantes de companhias e iniciativas privadas, entidades financeiras, indústrias, federações, associações, bancos de desenvolvimento, bancos comerciais, fundos de capital de risco, associações setoriais e organizações de apoio às empresas. Ao todo, 70 empresas e 22 bancos do Brasil e da Europa.

“Desde a ratificação do Acordo de Paris, em setembro de 2016, que estabeleceu a meta de redução das emissões de gases de efeito de estufa no mundo, já houve muito trabalho de vários atores. Um dos pontos mais complexos para avançar é o envolvimento do setor privado”, observa João Gomes Cravinho, embaixador da União Europeia no Brasil, à frente do evento. “Para incluir o setor privado, é fundamental discutir a dimensão financeira para a transição econômica”, completa.

“A transformação da economia não se faz por decreto. É necessária uma grande quantidade de capital para passar a uma economia de baixo carbono e modelos de financiamento diferentes dos tradicionais”, observa o embaixador.

“Pela primeira vez no Brasil haverá uma conferência que é ao mesmo tempo momento de reflexão e engajamento prático sobre o assunto”, diz.
Mudança de mentalidade

Para Cravinho, é necessária uma mudança de mentalidade em todos os setores para compreender que a questão climática não é um tema ambiental e sim um desafio para a economia e para o desenvolvimento. E que há oportunidades de crescimento, novos negócios e geração de empregos.

“Precisamos do engajamento da comunidade financeira, que atua na economia real, para permitir que os fluxos financeiros viabilizem a economia verde”, acrescenta o embaixador. Ele defende a criação de novos modelos de investimento e empréstimo para empresas verdes e o desenvolvimento de outras formas de utilizar fundos públicos e privados.

O fórum tem apoio do Ministério do Meio Ambiente (MMA), da Febraban e do WWF Brasil e acontece no Hotel Renaissance. Estão previstas participações da diretora geral do Clima na União Europeia, Yvon Slingenberg, do secretário de Mudanças do Clima e da Floresta do MMA, Everton Lucero, dos presidentes do Banco Central e da Febraban, de Alfredo Sirkis, secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, e Andre Nahur, coordenador do Programa Mudanças Climáticas e Energia do WWF-Brasil.

Folhapress

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