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Unidade demonstra como aliar cultivo dos citrus a outras culturas

II Dia de Campo sobre Citrus na região Litoral Norte de Alagoas


Como fazer, como cuidar, como prosperar?. Foi respondendo as indagações dos agricultores familiares que participaram II Dia de Campo sobre Citrus na região Litoral Norte, que a equipe técnica do Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas (EMATER) mostrou o resultado de um ano de trabalho na Comunidade Quilombola Mucuca,  município de Japaratinga.

O dia de campo mostrou que é possível cultivar laranja pera, laranja poca e limão Taiti, junto a outras culturas. A principal dica está na escolha da cultura apropriada. De acordo com a gerente regional do Litoral Norte, Valdelane Tenório, o cultivo consorciado das mudas de citrus só é possível por conta do espaçamento utilizado no plantio.

“Como as propriedades familiares são pequenas, adaptamos o espaçamento utilizando 4x4, neste intervalo recomendamos o plantio de hortaliças, raízes como inhame, macaxeira e batata, assim durante todo o ano o agricultor terá produtos para comercialização e alimentar sua família”, destacou a gerente regional.

O trabalho da equipe técnica da EMATER começou há um ano após a distribuição de 400 mudas de citrus na região. Agricultores como Amaro Gonzaga, proprietário da unidade demonstrativa, se entusiasmaram e iniciaram o cultivo da laranja. Porém ele destaca qual foi o diferencial nesta experiência.

“Com assistência técnica tudo parece possível. Percebi que a análise do solo é de extrema importância para corrigir a terra e o tamanho da cova influência no desenvolvimento da planta. Aqui temos alguns pés de laranja que precisamos subir na escada para colher, neste novo plantio aprendemos como deve ser feita a poda para que tenhamos acesso ao fruto sem dificuldade”, reforçou o agricultor.

A cultura do citrus demora pelo menos dois anos para começar a dar frutos, por isso a alternativa que o agricultor encontrou foi plantar inhame, com irrigação o agricultor poderá colher a raiz em aproximadamente 10 meses. “Tenho uma verdadeira salada de frutas aqui. Todos me questionavam porque eu plantava tanta coisa e eu dizia que estava aproveitando os espaços. No final estava no caminho certo, porém passei a fazer do jeito certo com ajuda do técnico”, afirmou Amaro Gonzaga.

Inhame, macaxeira, cebolinha, coentro, tomate, manga, coco entre outras culturas podem ser encontradas na propriedade do agricultor. A visão do agricultor foi destacada pela diretora da tecnologia de aprendizado da EMATER, Graça Seixas. “Essa é uma propriedade genuinamente familiar, por isso foram mobilizados agricultores de toda região com interesse de diversificar sua produção, aliando a cultura dos citrus. Neste dia mostramos toda a etapa do plantio, dos tratos culturais até a colheita. E já vimos que muitos agricultores admitiram está plantando de forma errada”, enfatizou a diretora.

A última estação do percurso trabalhou o valor nutricional dos citrus, que são ricos em vitamina A, por exemplo, que é responsável pela saúde dos olhos e da pele. Após a explicação da nutricionista foram servidos produtos feitos pelas agricultoras, como bolo de laranja e maracujá, e muitas frutas.

A cada 15 dias o extensionista da EMATER no município, Rildo Márcio Rocha, realiza reuniões com os agricultores da comunidade para acompanhar o desenvolvimento da cultura e orientar a família no crescimento da propriedade. A comunidade quilombola também possui uma unidade de Produção Agroecologica Integrada e Sustentável (PAIS) e fornece alimentos para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). 

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