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USDA deve ajustar números de soja nos EUA em julho

A área de soja dos EUA foi mantida em 84,6 milhões de acres


O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos deve revisar suas projeções para a soja dos EUA no próximo mês, após ter deixado previsões para área e rendimentos estáveis em relatório divulgado na terça-feira, disse o economista-chefe do órgão de governo, Robert Johansson.

O relatório mensal de oferta e demanda do USDA reduziu a área e o rendimento do milho após severos atrasos no plantio nesta temporada.

“Eu acho que o senso comum é que alguma área de milho deve se transformar em área de soja e isso se traduz em preços mais baixos da soja “, disse Johansson em uma recepção organizada pelo Conselho Internacional de Grãos.

A área de soja dos EUA foi mantida em 84,6 milhões de acres e o rendimento em 49,5 bushels por acre.

“Eu acredito que nós não temos informação para avançar agora com a mudança nesses números da soja. Creio que nós veremos ajustes sendo feitos para a safra de soja no relatório de julho”, afirmou ele, acrescentando que a cultura foi plantada depois do milho.

O USDA elevou na terça-feira sua previsão para o preço médio da soja nas fazendas para 8,25 dólares por bushel, de 8,10 dólares anteriormente.

A área de milho dos EUA foi reduzida para 89,8 milhões de acres, de uma previsão anterior de 92,8 milhões, enquanto o rendimento de milho foi revisado para baixo para 166 bushels por acre, de 176 bushels.

Johansson ressaltou que o plantio e o surgimento da safra de milho tiveram atraso.

“Isso vai empurrar o principal período de enchimento de grãos do milho para a parte mais quente do verão”, disse ele, acrescentando que isso geralmente pode afetar o rendimento.

Johansson disse também que uma esperada redução na demanda de soja da China, ligada a um surto de febre suína africana, no maior rebanho de suínos do mundo agora já está sendo levada em conta pelo mercado.

O farelo de soja é um importante ingrediente alimentar para os suínos.

Ele observou que o Rabobank previu que a produção de carne suína da China cairia em 30%, o que prejudicaria os preços da soja.

Os números de esmagamento de soja na China, no entanto, permaneceram relativamente constantes até agora, acrescentou.

“Nós não vimos tanta queda na China quanto se esperava (se a produção de suínos caísse tão acentuadamente)”, disse Johansson, acrescentando que isso pode refletir em parte o aumento da demanda do setor avícola, com os consumidores chineses comendo mais frango.

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