Uma recuperação da safra da Austrália e o aumento da produção no Canadá, Brasil, Irã e Leste Europeu garantiu o aumento da expectativa de produção mundial de trigo. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), serão produzidas 550,51 milhões de toneladas, ligeiramente acima das 548,24 milhões de toneladas anteriormente previstas.
O Brasil deverá produzir 5,2 milhões de toneladas, ou 10,6% acima das 4,7 milhões de toneladas projetadas há um mês. As exportações brasileiras também foram revistas de 10 mil para 500 mil toneladas. Já as importações foram mantidas em 5,6 milhões de toneladas de trigo.
A safra da Argentina, maior fornecedor de trigo para o Brasil, foi reduzida de 13 milhões de toneladas, em novembro, para 12,5 milhões neste mês. As exportações foram reduzidas de 8 milhões para 7,5 milhões de toneladas. Na Austrália, a colheita deverá totalizar 24,5 milhões de toneladas, ou 2% acima das 24 milhões de toneladas estimadas no relatório anterior, divulgado em novembro.
As importações mundiais foram elevadas em 1,1%, para 95,92 milhões de toneladas, em razão da projeção de aumento da demanda da China, União Européia e países da África. A China deverá importar 1 milhão de toneladas, o dobro das 500 mil toneladas anteriormente previstas. As compras da União Européia foram elevadas de 4 milhões para 5 milhões de toneladas.
As exportações norte-americanas foram revisadas em 2,3%, para 29,94 milhões de toneladas, e os estoques finais foram reduzidos em 4,2%, para 15,86 milhões de toneladas de trigo.