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USDA quer atualizar nomenclatura identificadora do frango

O que nós conhecemos por “galeto” e no mercado internacional é identificado como “griller” ainda tem, nos EUA, a classificação de “Rock Cornish game hen”


Após mais de 40 anos de utilização da mesma nomenclatura identificadora dos diversos tipos de frango abatido comercializados no país, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) percebeu que algo mudou no setor, requerendo padrões de identificação mais modernos e mais condizentes com a atual avicultura.


Por essa razão, vários de seus órgãos iniciaram um trabalho – que deve ter a participação, também, da Food and Drug Administration (FDA, autarquia fiscalizadora de alimentos e medicamentos) – visando à atualização de definições que permanecem inalteradas desde os anos 1970, quando foram implantadas no país.

Exemplos? O que nós conhecemos por “galeto” e no mercado internacional é identificado como “griller” ainda tem, nos EUA, a classificação de “Rock Cornish game hen”, ou seja, galinha híbrida das linhagens Cornish e Plymouth-Rock. O mais interessante, porém, é a idade que a ave deve ter para entrar nessa classificação: “normalmente, entre 5 e 6 semanas de vida”. Isso, ainda que seu peso “não ultrapasse as duas libras” (pouco mais de 900 gramas).

Naturalmente, a superada classificação é resultado, apenas, de um momento em que o frango estava longe (e como!) de atingir a produtividade atual. De toda forma, surpreende que só agora o USDA busque a atualização. O frango como hoje o conhecemos, por exemplo, é quase um produto secundário na velha classificação do USDA. É definido como uma galinha de pouca idade, de ambos os sexos, com carne macia, pele também macia, flexível e com uma textura lisa e, por fim, com a cartilagem do peito igualmente flexível. Tudo isso em uma ave com “menos de 10 semanas de idade” (aqui já houve correção da idade, pois em 1970 o mínimo era 13 semanas de idade).

Porém, o que mais ressalta a necessidade de uma revisão imediata dos velhos padrões é a presença de tipos de aves abatidas há tempos inexistentes sob a forma comercial. Como o “capão” – “macho cirurgicamente castrado, normalmente com até 8 meses (!) de idade”. Algo que o melhoramento genético fez desaparecer.

Apesar, porém, desse padrão ser esdrúxulo para os tempos modernos, o USDA não tem pressa em aplicá-lo ao dia a dia da indústria avícola norte-americana. Ainda que seja aprovado antes, só vigora a partir de 2014.

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