USDA restringe o uso do rótulo 'Produto dos EUA'

Com uma nova regulamentação, os processadores de alimentos só poderão rotular seus produtos como "Produto dos EUA" em embalagens de carnes, aves e ovoprodutos se os animais nascerem, forem criados, abatidos e processados nos Estados Unidos, anunciou o secretário de Agricultura, Tom Vilsack, na segunda-feira. Anteriormente, os rótulos podiam ser aplicados em carne estrangeira processada nos Estados Unidos.

Os consumidores e os agricultores dos EUA se beneficiarão com as novas restrições, afirmou Vilsack durante um discurso na convenção da União Nacional de Agricultores, em Phoenix. Uma pesquisa do USDA de 2021 constatou que uma "parcela significativa" de consumidores acreditava que os rótulos "Fabricado nos EUA" ou "Produto dos EUA" indicavam animais nativos.

"Haverá um período considerável antes da implementação formal, mas agora está estabelecido que defendemos o uso desses rótulos apenas quando o animal nasce, é criado, abatido e processado nos Estados Unidos", disse Vilsack. Os membros da NFU aplaudiram o anúncio.

A nova regulamentação entrará em vigor em 60 dias, com a conformidade tornando-se obrigatória a partir de 1º de janeiro de 2026. "Estamos incentivando a adoção rápida dessa regra", acrescentou Vilsack.

Farm Action, um grupo que promove "soluções ousadas para acabar com os monopólios corporativos" e "promover uma competição justa na América rural", disse que a nova regra de rotulagem foi "uma grande vitória".

"Durante anos, as empresas globais enganaram os agricultores americanos e os consumidores, trazendo carne para os Estados Unidos e reembalando-a com um rótulo de 'Produto dos EUA'. Essa prática criminosa termina hoje", afirmou a Farm Action.