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Uso do sisal em sistema de consórcio para manejo e conservação de solos

Um campo bem administrado pode produzir durante 50 anos


Modelo de cultivo que alia garantia de renda para a agricultura familiar com segurança alimentar e sustentabilidade do solo

O sisal é uma cultura resistente a secas prolongadas e temperaturas elevadas típicas do semiárido. Por essas características, a Embrapa Algodão (Campina Grande/PB) recomenda o seu plantio consorciado com culturas alimentares como uma alternativa para o manejo e a conservação dos solos na agricultura familiar do Nordeste. Este é o tema do programa Prosa Rural que tem a participação de Waltemilton Cartaxo, supervisor da Área de Comunicação Empresarial e Negócios Tecnológicos (ACENT) da Embrapa Algodão.

Segundo Cartaxo, a ideia básica da produção integrada no sisal é o consorciamento com plantas forrageiras e culturas alimentares, como feijão e amendoim, para aumentar a sustentabilidade dos agricultores nos primeiros quatro anos em que o sisal ainda não alcançou a sua fase produtiva inicial. “A mamona também pode ser uma boa alternativa para se cultivar nas entrelinhas do sisal”, diz Cartaxo.

O cultivo do sisal, além de contribuir para a geração de renda para o agricultor familiar da região sisaleira do Nordeste, tem importância na conservação do solo, pois ajuda na redução da erosão. “ Um campo bem administrado de sisal pode produzir durante 50 anos, ou seja, as plantas vão completando o ciclo e os filhotes vão substituindo-o. O sisal tem um sistema radicular bastante amplo, que forma uma espécie de linha de 20 centímetros de raízes espalhadas ao longo das fileiras onde é cultivado. Quando termina um ciclo, essas raízes se decompõem, gerando uma boa quantidade de matéria orgânica , tão importantes para os solos do Nordeste”, explica Cartaxo durante sua participação no Prosa Rural.

A orientação é que o sisal seja plantado em curva de nível para ajudar a reter a água das chuvas, evitando que ela escorra levando os nutrientes do solo. “Enquanto se espera a cultura ficar pronta para a colheita, o agricultor pode aproveitar as entrelinhas de solo não utilizadas e plantar outras culturas para subsistência familiar como amendoim, gergelim, hortaliças, melancia, melão, algodão, além do feijão e do milho.

O plantio do sisal em consórcio vem sendo realizado, principalmente, nos estados da Bahia, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. A sua fibra é utilizada para confecção de corda, barbante, tapetes, sacos, bolsas, chapéus, vassouras, artesanato, celulose e também como componente de compósitos automobilístico. Parte da planta no pós-desfibramento também é aproveitada como mucilagem para alimentar o gado na forma de feno ou ensilagem.

O Prosa Rural desta semana também conta com a participação do presidente da Cooperativa Agropecuária Mista de Pocinhos (PB), Antônio de Pádua. Na entrevista, ele fala sobre o mercado do sisal na Paraíba.

O Prosa Rural é o programa de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O programa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Responsável: Edna Santos – (MTB-CE 01700 JP)
Email: [email protected]
Unidade: Embrapa Algodão




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