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Vale quer exportar fertilizantes a partir do Peru

Os investimentos são da ordem de 479 milhões de dólares e a previsão é de começar a produzir em 2010


Reuters - A Vale quer exportar fertilizantes para o mercado latino americano, principalmente Brasil, a partir da sua planta de fosfato no Peru, a primeira da mineradora na região e cuja construção começou na sexta-feira. Os investimentos são da ordem de 479 milhões de dólares e a previsão é de começar a produzir em 2010.


A intenção é exportar inicialmente rocha fosfórica, matéria-prima para fertilizantes, a partir de um porto que também será construído pela empresa a 40 quilômetros do seu projeto Bayóvar, na região nortenha Piura.

Os fertilizantes, cujos preços e demanda se elevaram nos últimos anos pressionando os preços dos alimentos, são vitais para o desenvolvimento da agricultura.

"Na primeira fase se prevê uma produção de quase 4 milhões de toneladas de fosfato, que irá principalmente para o mercado do Brasil", disse a jornalistas o diretor de produtos não-ferrosos da Vale, Tito Martins, depois da inauguração do início das obras em Piura.

"Estamos estudando a possibilidade de ampliar esse projeto e desenvolver um relacionado com fertilizantes. Existe uma carência na América Latina pelo produto final", disse Martins.

A Vale ganhou a concessão de Bayóvar em 2005, onde segundo dados do governo peruano existem reservas de 238 milhões de toneladas de fosfato.

Segundo a subsidiária da Vale no Peru, Miski Mayo, a planta de fosfato Bayóvar, localizada na região nortenha de Piura, terá uma capacidade de produção nominal de 3,9 milhões de toneladas anuais de fosfato.

Martins disse que o potencial de exportação de fertilizantes será conhecido no ano que vem.

"Se nossos estudos se confirmarem espero que em 2012 ou em 2013 a planta de fertilizantes estará pronta", afirmou.

Ele informou que a Vale procura fosfato em outras regiões do Peru e que também busca cobre e molibdeno, cujos preços tem subido fortemente devido à maior demanda mundial.

Presente ao evento, o presidente do Peru, Alan Garcia, destacou que os investimentos brasileiros têm crescido fortemente nos últimos anos em diversos setores da economia peruana.

Esta semana, a siderúrgica Gerdau, maior fabricante de aço da América Latina, anunciou que investirá 1,4 bilhão de dólares nos próximos cinco anos na sua subsidiária peruana Siderperú, que vai se converter em uma das maiores produtoras do metal da região.


Já atuam também no mercado peruano outras empresas brasileiras como Petrobras, as construtoras Norberto Odebrecht e Andrade Gutierrez, e companhia aérea Gol .

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