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Variedades de banana são mais resistentes a doenças

Cultivares foram avaliadas em relação a pragas e aptidão ao mercado


Foto: Marcel Oliveira


Pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) testaram variedades de banana mais resistentes a doenças.  O Norte de Minas Gerais é o principal polo produtor de bananas do estado, com mais de 20 mil hectares de bananeiras. A cultivar mais plantada na região é a Prata Anã que veio a substituir a Caturra (Nanica) que enfrentou problemas com nematoides.

A bananeira Prata Anã é um pouco menos suscetível aos nematóides e, por se tratar de uma planta mais forte e com cachos mais leves, é mais difícil de ser derrubada. No entanto as condições de solo, manejo e de estresses sofridos pelas plantas, a variedade pode não resistir às principais doenças dos bananais como a sigatoka-amarela e o mal-do-Panamá (fusariose).

Aí entrou a avaliação de novas cultivares como forma de diversificação e opção para os produtores. São observadas a BRS Platina, cultivar lançada em 2012 pela Embrapa em parceria com a Epamig e o IFBaiano (Campus Guanambi). A variedade possui porte médio e características idênticas às da Prata Anã, tanto em aspectos de desenvolvimento quanto em termos de rendimento. A planta da cultivar apresenta produtividade média de 20 toneladas por hectare ao ano, mas em boas condições de solo e manejo, esse número pode ser o dobro, 40 toneladas por hectare ao ano. 

Outro destaque é a BRS Princesa que vem atender a demanda de frutos da cultivar Maçã, em escassez no mercado devido a suscetibilidade ao mal-do-Panamá. A variedade, lançada pela Embrapa em 2010, atinge produtividade em torno de 15 a 25 toneladas por hectare ao ano, e apresenta características semelhantes à cultivar Maçã, apesar de não ser banana Maçã.

Ambas são resistentes à sigatoka-amarela, à sigatoka-negra e ao mal-do-Panamá. Os experimentos de campo também ajudam a  aprimorar os processos de manejo, adubação e potencializar os usos de água para irrigação. Porém, o cultivo de bananas Platina e Princesa, embora atraentes para os produtores, ainda não é uma atividade economicamente rentável. O motivo e a resposta estão nos próprios consumidores.

As variedades se dão muito bem em cultivos orgânicos ou em sistemas tradicionais com pouco ou nenhum defensivo químico. Contudo, mesmo com algumas semelhanças, os frutos dessas cultivares são diferentes quando comparados às tradicionais bananas Prata e Maçã, já consolidadas no mercado. As diferenças estão no tamanho, espessura da casca, consistência da polpa e ponto de maturação.
 

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