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Veja o impacto da pandemia nos fluxos globais de contêineres

O início do ano de 2021 poderia ser chamado de uma "Tempestade Perfeita" para os fluxos globais de contêineres


Foto: Pixabay

O início do ano de 2021 poderia ser chamado de uma "Tempestade Perfeita" para os fluxos globais de contêineres. "Tempestade" que foi motivada pela evolução dos desdobramentos do ano completamente atípico e absolutamente excepcional de 2020.

Em 2020 a demanda global de transporte marítimo cresceu ao mesmo tempo que diversas medidas para conter a pandemia de Covid-19 foram necessárias e adotadas ao redor do mundo, causando severo stress nas cadeias logísticas globais. Logo no primeiro trimestre de 2020, com o surgimento da pandemia, diversos países decretaram lockdown. Navios do mundo inteiro foram parados com toneladas de cargas a bordo, contêineres ficaram presos no interior dos países e atividades portuárias foram paralisadas.

De acordo com as informações que foram divulgadas pelo Centro Nacional de Navegação Transatlântica (CENTRONAVE), a queda da movimentação de cargas foi dramática naquele momento, em todos os mercados, na ordem de dois dígitos. No Brasil não foi diferente, gerando um desbalanceamento entre importações e exportações. Já no ano passado, tal cenário gerou grande desequilíbrio nos fluxos logísticos e obrigou os armadores a ampliar os esforços operacionais e ajustes de programações.

De Julho a Setembro de 2020, ocorreu uma retomada surpreendente. A demanda foi fortemente impulsionada pelos programas de ajuda e estímulos governamentais, pela mudança de padrões de consumo e pela necessidade de reposição de estoques, concentrada em período curto, primeiro nos Estados Unidos e em seguida na Europa.

A resposta dos transportadores marítimos foi imediata. Os associados do Centronave aplicaram toda e qualquer capacidade disponível e eventualmente antes com baixa utilização, adiando a desativação de embarcações mais antigas e executando reparos antieconômicos em contêineres danificados. Enfim, utilizando suas frotas de navios e equipamentos em sua capacidade máxima.

Ainda assim os gargalos em praticamente todos os níveis da cadeia logística continuaram, mesmo causados por fatores externos completamente fora do controle dos armadores, eles continuaram e seguem trabalhando para mitigar os efeitos da pandemia e do atual congestiomento global para que o comércio brasileiro e mundial não parem. Eventos como a paralização de Suez e de portos chineses em nada ajudaram este quadro.

E graças a diligência de todos os agentes envolvidos, as exportações Brasileiras apresentam um forte desempenho no início de 2021, e marcaram o terceiro trimestre consecutivo de sólido crescimento. Já as importações apresentaram os primeiros sinais de recuperação mais consistente. "Para o segundo semestre de 2021, não se enxerga ainda uma melhora significativa no quadro global, mas os associados do Centronave seguem apostando no Brasil e não medirão esforços para manter os produtos brasileiros em constante movimento".

dados Centro Nacional de Navegação Transatlântica (CENTRONAVE)

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