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Venda de alevinos proporciona bons lucros a produtores do Acre

Pirarucu, tambaqui e curimatã são os mais procurados



Alevinos de pirarucu, tambaqui e curimatã têm proporcionado um bom lucro à produtora Luzia Félix, proprietária da Piscicultura Boutique do Peixe, no Mercado Municipal Elias Mansour, em Rio Branco (AC). Ela garante que a época de chuvas é o período em que a safra dessas espécies está no auge.

“Do mês de setembro para cá a comercialização de peixes tem sido muito boa, vendemos entre três e dez mil espécies diariamente, o que significa um lucro de R$ 4 mil. Mesmo gastando parte dessa quantia na manutenção dos peixes, conseguimos obter um saldo bem positivo”, assegura Luzia.

Segundo ela, a facilidade de compra é um dos fatores fundamentais para a boa comercialização do produto. “Conversei com um biólogo da Bahia há alguns dias e ele contou que naquele Estado o acesso à compra de alevinos é complicado, pois os interessados precisam ir até as fazendas e sítios para adquirir o produto, sendo assim, estamos cada dia facilitando mais a vida dos consumidores, hoje, fazemos até entrega de peixes em fazendas, colônias e outros”, destaca.

Um outro ponto considerado importante por Luzia é em relação à saúde, “pois o peixe é um alimento muito saudável, no qual as pessoas estão procurando com grande freqüência, substituindo a carne vermelha (gado, que tem colesterol) pela carne branca (peixe, que não tem colesterol)”.

Um alevino de pirarucu, peixe que é considerado o “bacalhau da Amazônia” e que engorda mais de 15 quilos no primeiro ano, está sendo comercializado por R$ 15 no Mercado Elias Mansour. “É um peixe fácil de criar, que não precisa do oxigênio da água para sobreviver, o que facilita a vida dos criadores, justificando a grande procura”, enfatiza.

Filetagem de peixes - Para alavancar definitivamente a venda dos alevinos, Luzia afirma que é necessário criar uma indústria onde a carne do peixe seja beneficiada, na forma de filés e outros cortes congelados, como também salgados e beneficiados de outras maneiras, que atenda a necessidade dos consumidores acreanos.

“Esperamos que seja criado um frigorífico para termos um consumo maior de peixes, deixando os clientes cada vez mais satisfeitos e reduzindo também o consumo da carne bovina no Estado. Já ouvimos falar de projetos nesse sentido, o ideal é que isso seja colocado em prática”, ressalta.

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