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Venda de carne e grãos é suspensa na Argentina

O protesto é promovido por três das quatro entidades rurais do país


O governo argentino acusou agropecuaristas de tentar elevar seus lucros às custas da população. As autoridades voltaram a criticar a greve iniciada no fim de semana contra medidas oficiais. O protesto, promovido por três das quatro entidades rurais do país, se estenderá até segunda-feira (11-12). Suspende a compra e a venda de grãos e carne, o que põe em risco o abastecimento de alimentos na Argentina, um dos principais exportadores globais de produtos agropecuários. "Os agricultores jamais ganharam tanto dinheiro e nunca expressaram tanto desprezo pelo resto dos argentinos como neste momento", disse Alberto Fernández, chefe de gabinete do governo.

A principal queixa dos produtores, que bloquearam estradas, são as intervenções do governo no mercado e a restrição às vendas externas de carne bovina para evitar alta nos preços domésticos. Temendo desabastecimento no mercado interno de carne, o governo determinou na terça-feira às forças armadas que coloquem o gado que têm em suas terras no principal mercado de comercialização do país (Liniers), como na segunda-feira.

O governo teme que uma alta na carne bovina impulsione a inflação e afete um terço da população que vive na pobreza. A carne é um elemento fundamental na dieta dos argentinos.

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