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Vendas de rações devem crescer 8,6%

Impulsionado pela retomada das exportações do complexo carnes, o setor de rações pretende crescer neste ano


Impulsionado pela retomada das exportações do complexo carnes, o setor de rações pretende crescer neste ano, no mínimo, o dobro do ano passado. As indústrias devem vender 8,6% a mais em 2007, o que representará 52,4 milhões de toneladas do produto, segundo o Sindicato Nacional das Indústrias de Rações (Sindirações).

Em 2006, a retração do crescimento da venda externa de carnes suína e de frango fez o faturamento das indústrias de ração crescer apenas 4,5%, quando o previsto era 10%. A projeção para 2007 já está sendo considerada conservadora, segundo o secretário-executivo do Sindirações, João Prior. "Pelo bom resultado desse primeiro trimestre, antevemos que vamos, com facilidade, crescer os 8,6% estimados, se não houver nenhum percalço no mercado externo de carnes", pondera Prior.

As vendas para a avicultura - que responde por 56% do faturamento das indústrias de rações - devem crescer 7% este ano, ante os ínfimos 2% de expansão realizados em 2006, por conta do efeito da gripe aviária na Ásia e em alguns países europeus. A estimativa é ainda mais otimista que a projeção de crescimento da própria Associação Brasileira dos Exportadores de Frango (Abef). A entidade calcula a venda de 2,85 milhões de toneladas em 2007, aumento de 5% em comparação a 2,7 milhões de toneladas realizadas em 2006. Se forem confirmadas as projeção do Sindirações, esse setor consumirá 28,8 milhões de toneladas de rações em 2007.

Com a suinocultura, o setor pretende faturar 5% mais que em 2006, o que representará a comercialização de 13,6 milhões de toneladas do insumo. No ano passado, as indústrias venderam 48,3 milhões de toneladas de ração, das quais, 27% para suinocultura.

Mercado interno

O Sindirações não contabilizou em suas projeções o andamento do mercado interno de carnes. "Para nós é uma incógnita, pois não sabemos como o consumidor vai reagir ao aumento dos preços, causado pela alta do milho", afirma Prior. No entanto, até neste trimestre não houve retração do consumo de carnes, mesmo com o repasse ao mercado de 12% referente ao aumento do custo de produção do insumo. Essa alta é acumulada desde janeiro e foi impactada pelo milho. "O preço do grão subiu 30% no período, mas conseguimos minimizar com o uso de sorgo". Ele não acredita em novas altas este ano, pois o milho alcançou a paridade de exportação.

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