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Vendas devem impulsionar vagas em empresas de máquinas

Há previsão de construção de novas fábricas e de expansão de concessionárias no País


Em 2007, indústrias devem retomar a contração e elevar a produção de maquinários. Junto com as vendas, os empregos no setor de máquinas agrícolas devem ganhar impulso em 2007. Há previsão de construção de novas fábricas e de expansão de concessionárias no País. A cana-de-açúcar será a vedete desse crescimento. O segmento que atua com máquinas para grãos está otimista, mas ainda cauteloso. E certo pessimisto está presente no segmento de produção de arroz.

A americana Valtra está entre o grupo dos cautelosos, segundo o diretor nacional de vendas, Leandro Marsili. Até agora, foram liberadas contratações de 7% do quadro total, ainda abaixo do que a empresa demitiu entre 2005 e 2006, que representou 8% do total de funcionários. "Esse aumento nas contratações é motivado pelo setor sucroalcooleiro. Vamos esperar no segundo semestre a recuperação dos produtores de grãos e, então, nos reprogramar", avisa Marsili.

Concessionárias do Sul do País que atuam em regiões sojicultoras estão otimistas, também vão contratar mais, no entanto, ainda em nível abaixo do registrado em 2004. De acordo com Cláudio Schüür, diretor da concessionária Macagnan, revenda John Deere, em Cruz Alta (RS), a expectativa é de ampliar o quadro em 25% neste semestre, o que significará a contratação de mais 10 pessoas. No entanto, o executivo pondera que o número está longe de recuperar o quadro existente há três anos, quando as duas unidades da empresa somavam 60 funcionários.

"Reduzimos para 40, entre 2005 e 2006. Por conta do desempenho verificado nos primeiros 15 dias deste mês, resolvemos abrir essas 10 vagas", conta. Nessas duas semanas de 2007, a empresa vendeu 20 colheitadeiras, mais do que o total registrado no ano passado: 13 unidades. "Queremos quadruplicar o crescimento", anuncia. O empresário delega o bom desempenho à expectativa de maior rentabilidade da soja e do milho.

Gerente de quatro concessionárias em Mato Grosso, Nelson Queiroz, do Grupo Baggio, diz que não haverá novas contratações este ano. Isso porque a expectativa é de manter as vendas de 2006. "Além do mais, não demitimos nos anos anteriores porque já sabíamos que a crise ia passar", afirma Queiroz, que tem 180 funcionários.

No grupo dos menos otimistas estão os concessionários que atuam em regiões rizicultoras. Carlos Eduardo Silva, diretor comercial da concessionária Cimma, revenda Massey Ferguson na região de Pelotas (RS), diz que o movimento de vendas está muito baixo, quando já era para estar aquecido por conta da proximidade do início da colheita de arroz na região, marcada para fevereiro. Em 2004, as quatro lojas do grupo empregavam 55 pessoas, número que foi reduzido para 49 em 2006. "Não podemos mais demitir, porque não conseguimos funcionar com menos funcionários. Mas a situação está bem crítica", lamenta Silva.

E não são as condições climáticas que atrapalham a rizicultura. Bem pelo contrário. Estão muito favoráveis. O que ocorre é que os preços estão pouco remuneradores ao produtor, abaixo do preço mínimo e do custo.

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