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Verão terá forte influência do El Niño. Veja a previsão para a estação

Verão inicia nesta sexta-feira (22.12)


Foto: Pixabay

À medida que o verão de 2024 se inicia, com seu começo marcado exatamente às 00h27 do dia 22 de dezembro, o setor de produção agrícola brasileira volta sua atenção para as previsões climáticas e suas consequências nas operações em campo. 

Com a chegada do verão, observa-se um incremento na incidência de radiação solar,  além do prolongamento dos dias e a um aumento nas temperaturas, aspectos que têm implicações diretas no desenvolvimento agrícola e nas estratégias de manejo das culturas.

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Este verão se destaca pela forte influência do fenômeno El Niño, que tem impactado substancialmente o início da safra de grãos 2023/24. Espera-se que este fenômeno, apesar de um enfraquecimento gradual, continue afetando todo o ciclo da safra de verão, com previsões de persistência até meados de maio e junho.

Além do El Niño, outro fator climático relevante é a oscilação Madden-Julian, este fenômeno é um pulso de instabilidades que circula o globo em períodos de 40 a 60 dias, com uma fase de favorecimento ou desfavorecimento das chuvas.

No caso, a sua fase atual, tende a intensificar as chuvas no centro-leste do Brasil, especialmente no sul de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, norte de São Paulo e centro-sul da Bahia. Este padrão de chuvas será favorável para cultivos de verão como soja, algodão, milho e feijão, trazendo um alento para os agricultores dessas regiões.

Do ponto de vista agronômico, a distribuição irregular de chuvas exige uma atenção redobrada dos produtores, particularmente no que se refere à gestão de recursos hídricos e escolha de culturas mais resistentes à seca. Estratégias como a irrigação eficiente, uso de variedades adaptadas e práticas de conservação do solo tornam-se indispensáveis para mitigar os impactos negativos das variações climáticas.

Para o mês de fevereiro, espera-se um padrão de chuvas semelhante ao de janeiro, enquanto março trará expansão das áreas com chuvas abaixo da média, afetando especialmente a região Norte e o norte do Nordeste. Estas condições podem comprometer a produtividade agrícola nessas regiões, exigindo medidas preventivas e adaptativas por parte dos produtores.

Quanto às temperaturas, a previsão unânime é de um verão mais quente do que o habitual em todo o país, com exceção do Sul, onde as temperaturas se manterão relativamente mais próximas à média do período, embora ainda elevadas.

Confira os mapas das anomalias para o trimestre janeiro/fevereiro/março

A análise é do meteorologista do Portal Agrolink, Gabriel Rodrigues com revisão de Aline Merladete

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