Vermífugo é proteção para cães e gatos
Parasitas podem causar problemas graves aos animais e, em alguns casos, afetar os seres humanos
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Cães e gatos que tenham diarréia constante, estejam perdendo peso e com o pêlo sem brilho podem estar sofrendo com os vermes. Eles são afetados por parasitas intestinais durante toda a vida e, justamente por isso, seus donos precisam estar atentos ao problema. Para evitar os riscos, que são muitos, é preciso estabelecer uma rotina de combate aos vermes e protozoários (giárdia) que consiste basicamente na vermifugação periódica dos animais.
Muitos donos vermifugam seus animais de estimação somente quando eles ainda são filhotes, na fase das primeiras vacinações. Mas os parasitas são uma ameaça constante aos cães e gatos. Mesmo um animalzinho que não tenha contato com outros bichos e que não saia de casa pode ser contaminado. A Giardia, por exemplo, pode chegar ao animal por meio da água (não filtrada). Ela é um protozoário difícil de ser combatido e afeta também os seres humanos.
O médico veterinário Marcelo Seixo de Brito e Silva diz que o maior problema das parasitoses em cães e gatos é que algumas delas podem ser transmitidas dos animais para os seres humanos. As de maior incidência são a giardíase e o bicho geográfico, assim chamado porque a larva do verme penetra superficialmente na pele da pessoa e se movimenta formando caminhos visíveis.
A giárdia é combatida por meio de uma vacina; os demais parasitas somente podem com vermífugos. Marcelo explica que esses medicamentos não têm efeito residual eficiente (não são preventivos) e que, por isso, todas as vezes que o animal tiver contato com um ambiente contaminado, deve ser vermifugado.
A maioria dos parasitas vive no intestinos dos animais e os ovos são eliminados por meio das fezes, que contaminam o ambiente. A veterinária Walba Kênia dos Santos Ramos lembra que nem sempre o animal precisa ter contato direto com as fezes. “Um animal de pêlo longo vai numa praça e praticamente sai varrendo o chão”, comenta. É por isso que é importante o cuidado com os animais (a vermifugação) e com o ambiente (o recolhimento das fezes dos bichinhos de estimação).
Para os animais que têm contato com ambientes diversos (os que saem para passear, mesmo acompanhados dos donos), os veterinários recomendam a vermifugação de três em três meses. Os que não têm contato com ambiente potencialmente contaminado podem tomar vermífugo de seis em seis meses. Em alguns casos, entretanto, recomenda-se a vermifugação de mês em mês.
“Cães de fazenda ou que vivem no litoral precisam de mais atenção”, diz Marcelo. Controlar animais em fazenda é difícil. No caso do litoral brasileiro, a vermifugação deve ser mensal por causa do Dirofilaria immitis (verme do coração), parasita transmitido por um mosquito. Segundo Marcelo, na caso do verme do coração os vermífugos agem preventivamente. Ele causa doença cardíaca e pulmonar nos cães, podendo levá-los à morte. O parasita não é encontrado em Goiás.
Vermífugos polivalentes
O combate e prevenção das parasitoses intestinais ficou mais fácil com o desenvolvimento de vermífugos polivalentes. A maioria dos laboratórios usa de duas a três bases químicas para atuar sobre os vários grupos de vermes. Um facilitador que elimina a necessidade de exames laboratoriais para a desverminação.
Existem linhas que podem ser ministradas tanto para cães quanto para gatos e outras específicas para cada espécie. A veterinária Walba Kênia dos Santos Ramos diz que o mais recomendável é a utilização de vermífugos específicos. Segundo ela, os gatos são mais seletivos na paladar que os cães e, por isso, os comprimidos a eles destinados são menores e com revestimento (para o animal não sentir o gosto).
O veterinário Marcelo Seixo de Brito e Silva lembra que o dono não precisa procurar uma clínica veterinária para fazer a vermifugação de seu animal. “Não existem restrições para os vermífugos, a não ser que o animal esteja debilitado. O dono pode e deve vermifugar seu bicho de estimação”, diz.
Os vermífugos são vendidos em lojas de produtos veterinários e clínicas veterinárias. Existem várias opções, desde os comprimidos tradicionais aos tabletes mastigáveis. Os preços variam de acordo com o fabricante e com a tecnologia aplicada. Os tabletes mastigáveis, por exemplo, custam mais caro, porque têm melhor aceitação pelos animais. Para vermifugar um cão de cerca de 10 kg, o custo varia de R$ 3,00 a R$ 15,00, dependendo do vermífugo escolhido.