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Volume de negócios com CPR deve crescer em 2004


Um dos principais instrumentos alternativos de financiamento da safra agrícola, a CPR (Cédula do Produto Rural) deve crescer em volume negociado em 2004 na esteira de novas medidas. Em fevereiro, uma circular da Susep (Superintendência de Seguros Privados, órgão do governo que cuida desse mercado) regulamentou o seguro da cédula.

"A mudança deve baratear o crédito, pois o risco do comprador será reduzido com a garantia de liqüidez. Muitas das CPRs de "gaveta" devem entrar para o mundo real", afirma Luciano Carvalho, assessor técnico da comissão de crédito rural da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).

Para o assessor especial do Ministério da Fazenda para crédito rural, Gílson Bittencourt, "a normatização deve tornar mais fácil a negociação da CPR no mercado. As empresas de seguro privado poderão atuar de forma mais efetiva nos seguros da CPR, pois existe uma norma geral para a realização das operações".

Nova frente

Também em fevereiro, o Banco Santos lançou um fundo de investimento lastreado em CPRs e cuja rentabilidade é atrelada à variação do preço da arroba do boi. Segundo Moacir Teixeira, superintendente de negócios agrícolas do banco, a indústria de fundos voltou a crescer no Brasil e faltam ativos alternativos. A instituição, que fechou 2003 com R$ 120 milhões contratados na carteira do agronegócio, pretende alcançar R$ 400 milhões neste ano.

A entrada do agronegócio no mercado de capitais é alvo também de projeto da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), que tem se reunido com o Ministério da Agricultura para discutir a criação de um certificado de recebível do agronegócio. "Esse instrumento funcionará como lastro dos fundos de investimento no agronegócio", disse Ivan Wedekin, secretário de Política Agrícola.

De acordo com Wedekin, os recebíveis poderão ser contratos, duplicatas rurais e CPRs. A expectativa é que o mecanismo já opere no segundo semestre e ajude a alavancar o crédito rural, ampliando a liqüidez.

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