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Volume de pintos de corte cai a menos de 500 milhões

Informações de mercado dão conta de que produção e alojamento de pintos de corte tiveram queda anual de mais de 5% em abril


Aguardam-se os números oficiais. Por ora, informações de mercado dão conta de que, após um recuo anual de apenas meio por cento em março, produção e alojamento de pintos de corte tiveram queda anual de mais de 5% em abril passado, devendo retroceder também significativamente em maio corrente.

Os números divulgados apontam volume da ordem de 515 milhões de cabeças no mês de março, contra pouco mais de 517 milhões de cabeças um ano antes. A justificativa para tão baixa redução – dado que em março começaram os primeiros problemas mais sérios do setor – é a de que cerca de dois terços dos nascimentos de um mês têm a sua incubação iniciada no mês anterior. Neste caso, em fevereiro, quando o mercado ainda apresentava boas expectativas em relação aos meses seguintes.

Já para o mês de abril (como efeito dos desdobramentos iniciais da Operação Trapaça, na primeira segunda-feira de março) há indicações de que a produção de pintos de corte ficou aquém dos 480 milhões de cabeças, volume que, se confirmado, significará redução da ordem de 30 milhões de cabeças em relação a abril de 2017.

E uma vez que em abril os problemas se acentuaram ainda mais com os embargos parciais da União Europeia, a produção de maio corrente tende a ser proporcionalmente menor que a do mês anterior. Mesmo assim, deve ser, em valores nominais, ligeiramente maior que a de abril, porque no mês ocorrem dois nascimentos de pintos a mais que no mês anterior. 

Com base nessas projeções, o AviSite desenvolveu uma simulação (gráfico abaixo) da oferta média diária de frangos vivos no decorrer do primeiro semestre de 2018. Nela foi mantida, para maio corrente, a mesma média diária de pintos de um dia registrada em abril, não se considerando a redução que, com certeza, vem ocorrendo.

Mesmo assim, a partir de meados de maio corrente e pelo menos até o final de junho o volume diário de aves vivas ofertadas recuará ao menor nível do primeiro semestre, apresentando redução superior a 10% em relação ao que foi registrado entre fevereiro e março deste ano.

A ressaltar que, confirmados os números de produção de pintos de corte, o volume diário de frangos do corrente bimestre estará no menor patamar não apenas do semestre, mas dos últimos 8 anos. Ou seja: abaixo do volume atual só o que foi registrado nos primeiros meses do agora remotíssimo 2010.

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