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Zonas de alta vigilância pretendem combater aftosa

As zonas de vigilância vão abranger o Brasil, o Paraguai, a Bolívia e a Argentina


O Conselho Agropecuário do Sul (CAS), órgão formado por ministros e secretários de Agricultura de Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile e Bolívia, decidiu em reunião realizada na quinta-feira (08-03), em Santa Cruz de La Sierra (Bolívia), criar Zonas de Alta Vigilância nas fronteiras entre o Brasil e o Paraguai, o Paraguai e a Bolívia e a Argentina e o Paraguai, consideradas de maior risco para a incidência de febre aftosa entre bovinos e bubalinos.

Segundo Jamil Gomes de Souza, diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), zonas de alta vigilância terão dimensão mínima de 15 km nos dois lados da fronteira de cada país. O plano, que está em concordância com as deliberações feitas pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) em reunião ocorrida dia 27 de fevereiro, prevê monitoramento destas áreas e a harmonização de todas as ações de combate e erradicação da aftosa.

Os países integrantes do CAS acordaram realizar ao menos duas vacinações assistidas por ano, sempre em períodos semelhantes; cadastrar animais e estabelecimentos (usando tecnologia de georreferenciamento); adotar procedimentos iguais de atendimento nos casos de suspeitas de contágio; e proceder à identificação de animais e ao controle de movimentação (tanto a saída quanto a entrada em cada país).

O CAS decidiu, também, fortalecer os serviços veterinários locais nas zonas de vigilância e remeter a análise de toda amostra nos casos de suspeita de focos da doença ao Centro Pan-Americano de Febre Aftosa. Para dar mais transparência e credibilidade à produção sul-americana, o Conselho Veterinário Permanente (CVP) do CAS e a OIE passarão a acompanhar e a auditar todas as ações relativas a aftosa.

Souza explicou que a área exata da faixa de vigilância irá variar de acordo com acidentes geográficos como rios, florestas, montanhas e outras barreiras naturais. No caso das regiões fronteiriças do Paraná, separadas do Paraguai pelo lago da hidrelétrica de Itaipu, o controle será reforçado nas regiões de fronteira do lago.

As ações decididas na região do CAS são os primeiros passos para a implantação do Programa Continental de Erradicação da Febre Aftosa, proposto pelo ministro da Agricultura brasileiro, Luís Carlos Guedes Pinto, que prevê a erradicação da doença no continente sul-americano até 2010.

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