Podridão das raízes

Phytophthora drechsleri afeta o sistema radicular das plantas, causando podridão. A doença é responsável por grandes perdas na produção e está presente em 70% das áreas cultivadas com mandioca dos estados do Amazonas e Pará. Também já foi relatada em algumas regiões do Nordeste. Esta doença está presente em áreas de solos argilosos, com alto teor de matéria orgânica e mal drenados. Os maiores problemas com a doença são relatados em plantios realizados em baixadas e várzeas.

Danos: As plantas infectadas apresentam nanismo, e a doença é observada tanto em plantas jovens como adultas. Esse fungo é relatado na literatura como responsável por perdas superiores a 80% na produção. As raízes infectadas apresentam coloração marrom, com aspecto amolecido e, geralmente, liberam líquido de odor fétido. Posteriormente, a raiz apodrece, desintegrando-se no solo, levando a planta à morte. As plantas apresentam clorose, murcha e seca das extremidades dos ramos.

Controle: O uso de cultivares resistentes é a melhor forma de controle. Não realizar o plantio desta cultura em locais que apresentam alta precipitação pluviométrica e em solos que não apresentam boa drenagem. Deve-se também utilizar para a propagação apenas materiais sadios, eliminar os restos culturais e efetuar a rotação de cultura, principalmente com milho e sorgo. A literatura também recomenda o pousio por um período mínimo de três anos.