Ação conjunta mapeia cigarrinha-do-milho no Rio Grande do Sul
RS terá dados unificados sobre a praga do milho

A Emater/RS-Ascar informou que, em parceria com a Rede Técnica Cooperativa (RTC), iniciou neste ano uma ação conjunta para monitorar a presença da cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), considerada atualmente o principal inseto-praga da cultura no Estado. Segundo a instituição, o trabalho será realizado em aproximadamente 50 municípios gaúchos, onde técnicos dos escritórios municipais visitam semanalmente as propriedades rurais para realizar a troca das armadilhas e a contagem dos insetos capturados. “Os dados obtidos serão enviados à RTC, que ficará responsável por consolidar as informações e elaborar um mapa estadual de ocorrência”, comunicou a Emater/RS-Ascar.
De acordo com a entidade, é a primeira vez que a ação acontece de forma articulada entre Emater/RS-Ascar e RTC. Até então, as iniciativas de monitoramento eram feitas de forma isolada, seja pelas cooperativas vinculadas à Rede ou por extensionistas em caráter individual.
O ciclo da cigarrinha-do-milho se completa em aproximadamente 45 dias em condições favoráveis de temperatura. De acordo com a Emater/RS-Ascar, os ovos são inseridos no limbo foliar, as ninfas apresentam coloração palha com manchas escuras no abdômen e os adultos medem cerca de quatro milímetros, com coloração clara e manchas negras na cabeça, característica utilizada para identificação no campo.
A Emater/RS-Ascar acrescentou que os insetos vivem em colônias no cartucho e nas folhas jovens do milho. O manejo da cigarrinha é feito de forma integrada, com adoção de diferentes práticas, como a eliminação do milho voluntário/tiguera, monitoramento constante da presença de insetos e plantas doentes, uso de cultivares menos suscetíveis, realização da semeadura em época única, tratamento de sementes com inseticidas e aplicação de inseticidas conforme a incidência da praga.