Milho apresenta movimentos distintos nas Bolsas

O mercado de milho apresentou movimentos distintos entre a B3 e a Bolsa de Chicago (CBOT) no início da semana. Segundo a TF Agroeconômica, os contratos futuros no Brasil encerraram em alta nesta segunda-feira, enquanto nos Estados Unidos prevaleceu a pressão sazonal de colheita, resultando em queda. O cenário reflete a combinação de fatores internos, como a postura dos produtores e o foco ainda direcionado para a soja, e externos, com a entrada das novas safras no mercado internacional.

Na B3, os preços avançaram levemente em um dia marcado por ajustes positivos. A necessidade de cumprimento de contratos, tanto no mercado doméstico quanto no externo, tem mantido as cotações lateralizadas, com ganhos e perdas diárias de pequena magnitude. Segundo o Cepea, mesmo com a colheita em fase final, a queda nos preços perdeu força na última semana, e algumas regiões chegaram a registrar altas moderadas. No fechamento, o contrato setembro/25 foi negociado a R$ 66,12 (+R$ 0,13 no dia), novembro/25 a R$ 69,72 (+R$ 0,34) e janeiro/26 a R$ 71,79 (+R$ 0,37).

Já em Chicago, a pressão veio do avanço da colheita da safra recorde norte-americana e da entrada da safrinha brasileira no mercado. O vencimento setembro recuou 0,44%, cotado a US$ 387,50 por bushel, enquanto o dezembro caiu 0,67%, a US$ 409,50. O USDA manteve a avaliação de 71% das lavouras em condições boas ou excelentes, embora Illinois e Iowa tenham registrado piora.

Além disso, a colheita da safrinha brasileira já alcança 94,8% da área plantada, e analistas projetam novos recordes produtivos tanto para o Brasil quanto para a Argentina na temporada 2025/26, reforçando a pressão baixista sobre os preços no mercado externo.