Bancos estão exigindo governança para liberar crédito
O Plano Safra 2025/26 prevê R$ 605 bilhões em crédito

Com o crédito rural mais seletivo, bancos e investidores passaram a exigir governança estruturada e dados confiáveis na gestão das propriedades. Segundo a Connectere Agrogestão, que desenvolve a plataforma +G3, essa tendência já impacta diretamente nas condições oferecidas aos produtores.
O Plano Safra 2025/26 prevê R$ 605 bilhões em crédito, sendo R$ 414,7 bilhões para custeio e comercialização, e R\$ 101,5 bilhões para investimentos. Desse total, o BNDES ampliou sua fatia, destinando R$ 70 bilhões ao setor agropecuário — 5% a mais que no ciclo anterior.
Nesse novo cenário, apresentar fluxo de caixa, controle de endividamento, produtividade por talhão e regularidade fiscal se tornou fundamental. A plataforma +G3 consolida essas informações e gera relatórios auditáveis, em linguagem acessível, facilitando o diálogo com bancos e contadores.“Quem tem gestão profissionalizada consegue melhores condições e mais segurança nos investimentos”, afirma Marcelo Lagemann, CEO da Connectere.
Mesmo quem ainda não utiliza sistemas digitais pode se preparar com medidas simples: registrar receitas e despesas, separar contas pessoais das da fazenda, montar históricos de produtividade e acompanhar dívidas. Esse esforço inicial já representa um diferencial competitivo no acesso ao crédito.
Com exigências mais rígidas do Banco Central e maior apetite por dados confiáveis, a gestão deixa de ser opcional. Profissionalizar a administração da fazenda virou pré-requisito para obter financiamentos com prazos maiores, taxas mais atrativas e menos exigências de garantias.