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China vê Brasil como parceiro-chave

"Estamos construindo pontes digitais de inovação"


"Estamos construindo pontes digitais de inovação" "Estamos construindo pontes digitais de inovação" - Foto: Pixabay

Brasil e China avançam para uma nova fase de parceria econômica, marcada por investimentos estratégicos e pela transição para uma economia verde. A avaliação é de Henry Huiyao Wang, especialista em globalização e presidente do Center for China and Globalization (CCG), durante a Conferência Anual do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), realizada em São Paulo no dia 13 de outubro. 

Segundo Wang, os investimentos chineses no Brasil já somam mais de US$ 79 bilhões, abrangendo energia renovável, infraestrutura, tecnologia digital e reativação de fábricas, como a antiga planta da Ford em Camaçari e o primeiro data center do TikTok no Ceará.

“Brasil e China já provaram que a parceria entre grandes nações pode ser pragmática e visionária. Estamos construindo pontes digitais de inovação e corredores verdes de investimentos”, disse Wang. “Caminhamos para uma relação para além das trocas comerciais tradicionais, em que desenvolvemos e produzimos inovação, governança global e compartilhamos tecnologias”.

Entre as propostas para aprofundar a cooperação estão o uso de moedas locais no comércio bilateral, investimentos em hidrogênio e biocombustíveis, estímulo ao turismo e intercâmbio acadêmico. Autoridades brasileiras e chinesas reforçaram o alinhamento estratégico: o embaixador chinês Zhu Qingqiao destacou o compromisso com uma economia verde e aberta, enquanto o presidente do CEBC, Luiz Augusto de Castro Neves, enfatizou a importância da China na reindustrialização do Brasil.

Entre janeiro e setembro, a corrente de comércio entre os países já ultrapassou US$ 128,9 bilhões, com saldo positivo de US$ 22,1 bilhões para o Brasil. O evento também abordou inovação e sustentabilidade, com representantes do BNDES, CNI, Suzano e Vale destacando a cooperação em tecnologia, bioeconomia e descarbonização.   

“Estamos assistindo ao aumento da participação de micro, pequenas e médias empresas, e à diversificação da pauta comercial. Os investimentos chineses têm sido direcionados a setores estratégicos, colocando a China como vetor da reindustrialização do Brasil”, afirmou Neves.
 

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