Milho: semeadura chega a 73% da área prevista
Pragas e daninhas exigem manejo intensivo no RS

As chuvas registradas no período dificultaram a semeadura de milho em diversas regiões do Rio Grande do Sul, segundo o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (9) pela Emater/RS-Ascar. Na Fronteira Oeste, os acumulados passaram de 110 milímetros e impediram o trânsito de máquinas pesadas nas lavouras. Em algumas localidades, a chuva volumosa das semanas anteriores causou germinação irregular, resultando em falhas no estande de plantas. No Alto Uruguai, as baixas temperaturas reduziram o ritmo de crescimento das lavouras. A área semeada evoluiu apenas 1% e alcançou 73% do total projetado, com 99% dos cultivos em estágio vegetativo e 1% em floração. Os produtores realizam adubação nitrogenada em cobertura nos estádios V6 a V7.
Nas lavouras recém-semeadas, entre os estádios V2 e V4, segue o manejo de plantas daninhas, especialmente no Noroeste, onde há maior dificuldade no controle do azevém. O monitoramento da cigarrinha-do-milho mostra elevada incidência no Alto Uruguai, mas baixa nas demais regiões, sem prejuízos significativos. “A aplicação conjunta de inseticidas e herbicidas tem sido uma prática adotada para reduzir custos de produção”, informou a Emater/RS-Ascar. A área total de milho projetada para a safra 2025/2026 é de 785.030 hectares, com produtividade estimada em 7.376 kg/ha.
Na Fronteira Oeste, em Bagé e Itaqui, o excesso de chuvas atrasou a semeadura, e as plantas apresentam altura abaixo do ideal. Em Erechim, a semeadura atinge 95% da área projetada, com sanidade e crescimento vegetativo adequados. Em Frederico Westphalen, há incidência de cigarrinha e percevejo, com adubação nitrogenada em andamento.
Na região de Ijuí, o desenvolvimento inicial das lavouras ocorre em boas condições, com umidade do solo favorável e baixa incidência de pragas. Em Passo Fundo, 30% da área está em germinação e 70% em crescimento vegetativo, com prioridade para a adubação nitrogenada de cobertura.
Na região de Pelotas, a semeadura alcança 5%, com germinação e emergência adequadas. Em Santa Rosa, 88% da área foi semeada e está em fase de crescimento vegetativo, com porte entre 15 e 40 cm. O controle do azevém enfrenta dificuldades em algumas localidades, e o monitoramento da cigarrinha continua. A produtividade projetada é de 8.516 kg/ha.
Na região de Soledade, a germinação e a emergência das áreas semeadas no cedo são satisfatórias. Há monitoramento preventivo da cigarrinha-do-milho e baixa incidência de grilos e percevejos. Em áreas tecnificadas, foi realizada a segunda aplicação de adubação nitrogenada.