Boveryd
| Geral | ||
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Nome Técnico:
Beauveria bassiana isolado IBCB 66
Registro MAPA:
22416
Empresa Registrante:
TZ Biotech |
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| Composição | ||
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| Ingrediente Ativo | Concentração | |
| Beauveria bassiana, isolado IBCB 66 | 100 g/kg | |
| Classificação | ||
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Técnica de Aplicação:
Aérea, Terrestre
Classe Agronômica:
Inseticida microbiológico, Acaricida microbiológico
Toxicológica:
4 - Produto Pouco Tóxico
Ambiental:
IV - Produto pouco perigoso ao meio ambiente
Inflamabilidade:
Não inflamável
Corrosividade:
Não corrosivo
Formulação:
Pó molhável (WP)
Modo de Ação:
Contato
Agricultura Orgânica:
Sim |
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Indicações de Uso
| Todas as culturas com ocorrência do alvo biológico | Dosagem | Calda Terrestre | |
|---|---|---|---|
| Bemisia tabaci raça B (Mosca branca) | veja aqui | veja aqui | |
| Cosmopolites sordidus (Moleque da bananeira) | veja aqui | veja aqui | |
| Dalbulus maidis (Cigarrinha do milho) | veja aqui | veja aqui | |
| Hypothenemus hampei (Broca do café) | veja aqui | veja aqui | |
| Sphenophorus levis (Bicudo da cana de açúcar) | veja aqui | veja aqui | |
| Tetranychus urticae (Ácaro rajado) | veja aqui | veja aqui |
Embalagens
| Lavabilidade | Tipo de Embalagem | Material | Características | Acondicionamento | Capacidade |
|---|---|---|---|---|---|
| Não Lavável | Saco | Plástico metalizado | Flexível | Sólido | 0,5 KG |
INSTRUÇÕES DE USO:
BOVERYD (Beauveria bassiana, isolado IBCB 66) é um agente microbiológico utilizado no controle da Mosca-branca (Bemisia tabaci raça B), Moleque-da-bananeira (Cosmopolites sordidus), Ácarorajado (Tetranychus urticae), Cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) e Broca-do-café (Hypothenemus hampey), em todas as culturas nas quais ocorram.
Monitoramento da Broca-do-café:
O monitoramento é fundamental para o manejo sustentável da Broca-do-café e pode ser realizado da forma mais adequada à situação específica de cada produtor, embora o método de amostragem/contagem de frutos seja mais preciso. Quando feito de forma preventiva, o monitoramento torna possível identificar o "período de trânsito" das fêmeas fundadoras e, também, se o ataque da broca está ocorrendo de maneira uniforme na área ou se existem pontos de maior concentração ("focos"), com o objetivo de se direcionar as aplicações do fungo, caso o nível de controle seja atingido nessas áreas.
O início e a duração do monitoramento podem variar de um ano para o outro, sendo influenciados por fatores como a espécie e a cultivar de café, as variáveis climáticas, as características da lavoura e da região e a forma de cultivo (ex.: deve ser iniciado mais cedo em cultivares com maturação precoce dos frutos e estendido por mais tempo em cultivares com maturação tardia). A extensão do tempo de monitoramento também é necessária quando há parcelamento da florada, pois tal situação amplia o período com frutos em estágio compatível com o ataque da broca.
Para o monitoramento, recomenda-se:
• dividir a lavoura em talhões homogêneos, considerando as cultivares, a idade das plantas, a localização dos talhões (ex.: no topo, baixada, próximo à mata, ao terreiro de secagem), a modalidade de plantio (ex.: convencional, adensado, sombreado), dentre outros aspectos relevantes em cada cultivo;
• iniciá-lo a partir da ocorrência dos primeiros frutos em estágio "chumbinho" ou, no máximo, entre os estágios "chumbinho" e "chumbão" (os da primeira florada, mesmo que seja parcelada). Os frutos "chumbinho" não são adequados à postura de ovos pela broca, mas o monitoramento preventivo nesta fase tem como objetivo identificar o início da infestação, quando a fêmea fundadora sai do fruto onde passou a entressafra e fica mais exposta e vulnerável à ação do fungo, já que os frutos "chumbinho" da nova safra ainda não estão em estágio ideal para a oviposição;
• realizá-lo mensalmente até a colheita, mas caso seja observado um aumento no nível de infestação, realizá-lo com periodicidade quinzenal;
• manter um registro ano a ano dos resultados para identificar talhões que, historicamente, apresentem uma infestação mais acentuada.
O nível de infestação tende a variar entre talhões com diferenças na incidência de luz solar, umidade e ventilação. Atenção especial deve ser dada também aos talhões:
• com histórico de "focos" ou de altos níveis de infestação;
• limítrofes com outras lavouras, sobretudo as abandonadas ou submetidas a podas sem destruição dos restos vegetais;
• adjacentes ao terreiro de secagem e instalações de beneficiamento, pois as brocas deixam os frutos que estão secando e voam para infestar novos frutos próximos;
• nos quais, por qualquer razão, haja maior dificuldade na aplicação do fungo e na realização de uma boa colheita (deixando-se muitos frutos nas plantas ou no solo).
O nível de infestação para o controle com o agente microbiológico é de 1 a 3,5%
MODO/EQUIPAMENTO DE APLICAÇÃO:
Para cada isca tipo ‘telha’, preparar uma pasta com a dose do produto e 50mL de água. Espalhar a pasta em pedaços do pseudocaule da bananeira com aproximadamente 50 centímetro (telha). Espalhar 100 iscas do tipo telha/há.
Pulverização terrestre e aérea. A aplicação do inseticida biológico deve ocorrer após as 16 hrs ou em dias chuvosos ou com a umidade acima de 65%. É de extrema importância seguir essas recomendações, pois raios UV podem afetar a germinação do conídio e assim não haverá o controle esperado da praga. Em dias chuvosos, mesmo o céu estando nublado, deve-se evitar aplicar próximo ao meio dia, pois também há uma grande incidência de raios UV.
A umidade relativa do ar é de grande importância, já que ela estando acima de 65%, facilitará a germinação do conídio sobre o alvo.
A aplicação pode ocorrer com um pulverizador autopropelido, o qual deverá utilizar um bico leque com vazão de acordo com o porte da planta. Já se a aplicação ocorrer com avião, o bico deverá ter uma vazão de 30 a 40L/ha.
Preparo da calda:
- Lavar o tanque de pulverização três vezes com água limpa, com a finalidade de retirar resíduos de fungicidas.
- Encher o tanque de pulverização até a metade de seu volume com água limpa.
- A água a ser utilizada na pulverização deve estar na temperatura aproximada de 20º a 25ºC.
- O pH da água deve girar em torno do neutro (pH 7) a levemente ácido (pH 6,8) - Abrir a embalagem para ter acesso ao produto na formulação de pó molhável (WP), já pronta para o uso
- É interessante que a calda seja preparada no momento da aplicação, evitando guardar a calda preparada por vários dias. Caso isso aconteça por problemas climáticos, é desejável descartar a calda e preparar nova calda depois de 48 horas.
- Despejar o produto Boveryd no tanque de pulverização aos poucos para evitar o “empelotamento”.
- A quantidade de Boveryd a ser despejada no tanque de pulverização dependerá da dose a ser aplicada por hectare.
- Completar o tanque de pulverização com o restante do volume.
- Manter agitação constante da calda durante o preparo e aplicação
Uma vez aberta a embalagem, esta deve ser guardada em local refrigerado por até 10 dias.
INTERVALO DE SEGURANÇA:
Intervalo de Segurança não determinado devido a não determinação LMR para esse produto.
INTERVALO DE REENTRADA DE PESSOAS NA CULTURA E ÁREAS TRATADAS:
4 horas, até a secagem da calda.
LIMITAÇÕES DE USO:
Organismos vivos de uso restrito ao controle de pragas.
De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pela Saúde Humana – ANVISA/MS.
De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pelo Meio Ambiente – IBAMA/MMA.
Recomenda-se, de maneira geral, o manejo integrado de pragas, envolvendo todos os princípios e medidas disponíveis e viáveis de controle, como o controle cultural, controle biológico (predadores e parasitóides), controle microbiano, controle por comportamento, uso de variedades resistentes e controle químico, sempre alternando produtos de diferentes grupos químicos com mecanismo de ação distintos.
A resistência de pragas a agrotóxicos ou qualquer outro agente de controle pode tornar-se um problema econômico, ou seja, fracassos no controle da praga podem ser observados devido à resistência.
Para manter a eficácia e longevidade do BOVERYD como uma ferramenta útil de manejo de pragas agrícolas, é necessário seguir as seguintes estratégias que podem prevenir, retardar ou reverter a evolução da resistência:
Adotar as práticas de manejo a inseticidas, tais como:
• Rotacionar produtos com mecanismo de ação distinto. Sempre rotacionar com produtos de mecanismo de ação efetivos para a praga alvo.
• Aplicações sucessivas de BOVERYD podem ser feitas desde que o período residual total de “intervalo de aplicações” não exceda o período de uma geração da praga-alvo.
• Seguir as recomendações de bula quanto ao número máximo de aplicações permitidas.
• Respeitar o intervalo de aplicação para a reutilização do BOVERYD ou outros produtos quando for necessário;
• Sempre que possível, realizar as aplicações direcionadas às fases mais suscetíveis das pragas a serem controladas;
• Adotar outras táticas de controle, previstas no Manejo Integrado de Pragas (MIP) como rotação de culturas, controle biológico, controle por comportamento etc., sempre que disponível e apropriado;
• Utilizar as recomendações e da modalidade de aplicação de acordo com a bula do produto;
• Sempre consultar um Engenheiro Agrônomo para o direcionamento das principais estratégias regionais para o manejo de resistência e para a orientação técnica na aplicação de inseticidas;
• Informações sobre possíveis casos de resistência em insetos e ácaros devem ser encaminhados para o IRAC-BR (www.irac-br.org.br), ou para o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA: www.agricultura.gov.br).