INSTRUÇÕES DE USO
O produto é um inseticida da classe dos piretróides, recomendado para o controle de diversas pragas nas culturas do algodão, batata, café, soja e tomate.
NÚMERO, ÉPOCA E INTERVALO DE APLICAÇÃO
Algodão
Iniciar a aplicação quando houver de 10 a 12% de botões florais ou maçãs atacadas por lagartas e repetir sempre que a infestação atingir estes níveis. Nas doses recomendadas utilizar um volume de 200 a 300 litros de calda por ha. O controle do curuquerê deve ser feito com um nível de 25% de desfolha da planta. Realizar no máximo 3 aplicações por ciclo da cultura, respeitar sempre o período de segurança.
Batata
Iniciar a aplicação quando verificar o ataque nas folhas. Reaplicar semanalmente, enquanto persistir o ataque da praga. Na dose recomendada, utilizar um volume de 500 litros de calda por ha. Realizar no máximo 2 aplicações por ciclo da cultura, respeitar sempre o período de segurança.
Café
Iniciar a aplicação quando a quantidade de folhas minadas atingir 2000 ou mais de infestação da praga (bicho-mineiro-do-café) e repetir sempre que a infestação atingir estes níveis. Na dose recomendada, utilizar um volume de 300 litros de calda por ha. Realizar no máximo 2 aplicações por ciclo da cultura, respeitar sempre o período de segurança.
Soja
Iniciar a aplicação quando as pragas atingirem o nível de dano econômico, ou seja, 40 lagartas, por pano de batida e repetir a aplicação toda vez que a infestação atingir novamente estes níveis. Na dose recomendada, utilizar um volume de 150 a 200 litros de calda por ha. Realizar no máximo 2 aplicações por ciclo da cultura, respeitar sempre o período de segurança.
Tomate
No início da floração, caso sejam observadas mariposas, iniciar os tratamentos preventivos contra brocas. A dose recomendada para diluição em 100 litros foi baseada num volume de calda de 700 litros. Realizar no máximo 3 aplicações por ciclo da cultura, respeitar sempre o período de segurança.
Saúva-limão
Iniciar a aplicação quando verificar a atividade das formigas. Em formigueiros pequenos e médios, 1 aplicação é suficiente, quando a aplicação é realizada com a completa saturação dos ninhos. Colônias grandes e extragrandes podem necessitar de 2 ou até 3 aplicações, em função da complexidade dos ninhos subterrâneos, relacionados à interligação de galerias e câmaras internas.
MODO DE APLICAÇÃO
Preparo da calda
O responsável pela preparação da calda deve usar equipamento de proteção individual (EPI) indicado para esse fim. Colocar água limpa no tanque do pulverizador (pelo menos 3/4 de sua capacidade) ou de tal forma que atinja a altura do agitador (ou retorno) e, com a agitação acionada, adicionar a quantidade recomendada do produto. Também manter a calda sob agitação constante durante a pulverização. A aplicação deve ser realizada no mesmo dia da preparação da calda.
Informações sobre os equipamentos de aplicação a serem usados:
Aplicação terrestre
Seguir as recomendações abaixo para uma correta aplicação
Equipamento de aplicação
Utilizar equipamento de pulverização provido de barras apropriadas. Ao aplicar o produto, seguir sempre as recomendações da bula. Proceder a regulagem do equipamento de aplicação para assegurar uma distribuição uniforme da calda e boa cobertura do alvo desejado. Evitar a sobreposição ou falha entre as faixas de aplicação utilizando tecnologia apropriada.
Seleção de pontas de pulverização
A seleção correta da ponta é um dos parâmetros mais importantes para boa cobertura do alvo e redução da deriva. Pontas que produzem gotas finas apresentam maior risco de deriva e de perdas por evaporação. Dentro deste critério, usar pontas que possibilitem boa cobertura das plantas hospedeiras das pragas-alvo e que produzam gotas médias (M), conforme norma ASABE. Em caso de dúvida quanto a seleção das pontas, pressão de trabalho e tamanho de gotas gerado, consultar a recomendação do fabricante da ponta (bico).
Velocidade do equipamento
Selecionar uma velocidade adequada às condições do terreno, do equipamento e da cultura. Observar o volume de aplicação e a pressão de trabalho desejada. A aplicação efetuada em velocidades mais baixas, geralmente resulta em uma melhor cobertura e deposição da calda na área alvo.
Pressão de trabalho
Observar sempre a recomendação do fabricante e trabalhar dentro da pressão recomendada para a ponta, considerando o volume de aplicação e o tamanho de gota desejado. Para muitos tipos de pontas, menores pressões de trabalho produzem gotas maiores. Quando for necessário elevar o volume de aplicação, optar por pontas que permitam maior vazão (maior orifício) ao invés do aumento da pressão de trabalho. Caso o equipamento possua sistema de controle de aplicação, assegurar que os parâmetros de aplicação atendam a recomendação de uso.
Altura de barras de pulverização
A barra deverá estar posicionada em distância adequada do alvo, conforme recomendação do fabricante do equipamento e pontas, de acordo com o ângulo de abertura do jato. Quanto maior a distância entre a barra de pulverização e o alvo a ser atingido, maior a exposição das gotas às condições ambientais adversas, acarretando perdas por evaporação e transporte pelo vento.
Aplicação com equipamento costal
Para aplicações costais, manter constante a velocidade de trabalho e altura da lança, evitando variações no padrão de deposição da calda nos alvos, bem como a sobreposição entre as faixas de aplicação.
O aplicador do produto deve considerar todos estes fatores para uma adequada utilização, evitando atingir áreas não alvo. Todos os equipamentos de aplicação devem ser corretamente calibrados e o responsável pela aplicação deve estar familiarizado com todos os fatores que interferem na ocorrência da deriva, minimizando assim o risco de contaminação de áreas adjacentes.
CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS
Velocidade do vento
A velocidade do vento adequada para pulverização deve estar entre 05 e 10 km/h dependendo da configuração do sistema de aplicação. A ausência de vento pode indicar situação de inversão térmica, que deve ser evitada. A topografia do terreno pode influenciar os padrões de vento e o aplicador deve estar familiarizado com estes padrões. Ventos e rajadas acima destas velocidades favorecem a deriva e contaminação das áreas adjacentes. Deixar uma faixa de bordadura adequada para aplicação quando houver culturas sensíveis na direção do vento.
Temperatura e umidade
Aplicar apenas em condições ambientais favoráveis. Baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas aumentam o risco de evaporação da calda de pulverização, reduzindo a eficácia do produto e aumentando o potencial de deriva.
Evitar aplicações em condições de baixa umidade relativa do ar (menores que 60%) e altas temperaturas (maiores que 30ºC). Não aplicar o produto em temperaturas muito baixas ou com previsão de geadas.
Período de chuvas
A ocorrência de chuvas dentro de um período de quatro (4) horas após a aplicação pode afetar o desempenho do produto. Não aplicar logo após a ocorrência de chuva ou em condições de orvalho.
As condições de aplicação poderão ser alteradas a critério do engenheiro agrônomo da região.
O potencial de deriva é determinado pela interação de fatores relativos ao equipamento de pulverização e ao clima (velocidade do vento, umidade e temperatura). Adotar práticas que reduzam a deriva é responsabilidade do aplicador.
LIMPEZA DE TANQUE
Logo após o uso, limpar completamente o equipamento de aplicação (tanque, barra, pontas e filtros) realizando a tríplice lavagem antes de utilizá-lo na aplicação de outros produtos/culturas. Recomenda-se a limpeza de todo o sistema de pulverização após cada dia de trabalho, observando as recomendações abaixo:
Antes da primeira lavagem, assegurar-se de esgotar ao máximo a calda presente no tanque. Lavar com água limpa, circulando a água por todo o sistema e deixando esgotar pela barra através das pontas utilizadas. A quantidade de água deve ser a mínima necessária para permitir o correto funcionamento da bomba, agitadores e retornos/aspersores internos do tanque. Para pulverizadores terrestres, a água de enxague deve ser descartada na própria área aplicada. Encher novamente o tanque com água limpa e manter o sistema de agitação acionado por no mínimo 15 minutos. Proceder o esgotamento do conteúdo do tanque pela barra pulverizadora à pressão de trabalho. Retirar as pontas, filtros, capas e filtros de linha quando existentes e colocá-los em recipiente com água limpa. Realizar a terceira lavagem com água limpa e deixando esgotar pela barra.
Todas as condições descritas acima para aplicações terrestres poderão ser alteradas a critério do Engenheiro Agrônomo da região, observando-se as indicações de bula. Observar também as orientações técnicas dos programas de manejo integrado e de resistência de pragas.
INTERVALO DE REENTRADA DE PESSOAS NAS CULTURAS E ÁREAS TRATADAS
Mantenha afastado das áreas de aplicação crianças, animais domésticos e pessoas desprotegidas por um período de 7 dias após a aplicação do produto.
LIMITAÇÕES DE USO
Não há limitações de uso para as culturas registradas, desde que seja observado o intervalo de segurança. Não aplicar em presença de ventos fortes. Não misturar com produtos altamente alcalinos, como com qualquer outro agrotóxico.