CI

“Novos conceitos, novas tecnologias, novos volumes de vazões...”


Jeferson Luís Rezende
Como em tantos outros segmentos que envolvem o agronegócio e seus respectivos tratos culturais, também a aplicação aérea vem passando por um novo momento de discussão de algumas das suas ações.

Por algum motivo, não bem definido ainda, observamos à movimentação de agrônomos e de produtores rurais em sentido contrário a continuidade do uso dos Volumes de Vazões mais baixos: 10 L ou menos por hectare.

Em alguns locais do Paraná e de Santa Catarina, por exemplo, a resistência pelo uso das aplicações de 10 L/ha estão acentuando.

Não há um motivo técnico efetivo, pontual, para justificar isso. Apenas a preocupação de que “talvez” os 10 L sejam muito pouco. O achômetro enfim tomando corpo e força.

Por conta disso, algumas Indústrias de Químicos começaram a se preocupar com esta questão a ponto de levar em campo informações e recomendações, apregoando o uso de “no mínimo” 20 L por hectare nos tratamentos de Fungicidas.

De fato sempre fui um pouco crítico ao uso indiscriminado das aplicações de baixo volume, da maneira como foram e ainda são usadas pelo Brasil afora. Defendo que se tenha critério e bom senso. Que sejam observadas questões técnicas, como: topografia, obstáculos, condição climática, etc.; para então ser definida a taxa de aplicação a ser usada.

Num trabalho que participamos junto a Fundação ABC de Castro (PR), com o objetivo de avaliar tratamentos de Fungicidas em Milho, acabamos recomendando o V.V de 15 L/ha como opção mais adequada para a região centro-sul do Paraná. Os resultados demonstraram que a aplicação com 20 L havia ficado melhor que a de 10 L, porém, os Pesquisadores entenderam que com 15 L se alcançaria qualidade com um custo/benefício justo.

Infelizmente, no Brasil não são realizados muitos Experimentos pelas Fundações de Pesquisas e/ou Universidades envolvendo a tecnologia Aeroagrícola. Isso acaba fazendo com que as mudanças aconteçam de maneira isolada e, muitas vezes, equivocada.

A aplicação aérea tem mostrado seu valor ao longo dos anos para o setor produtivo agrícola, realizando operações rápidas e seguras, que garantem a manutenção da produtividade das lavouras. Mesmo nestes tempos de conflito de entendimento técnico, fruto da desinformação e da pouca quantidade de pessoal especializado para disseminar técnicas e informações concretas.

Na verdade, provavelmente, o pano de fundo destes conflitos seja resultado de operações malsucedidas, serviços mal feitos... operações que deram errado, que pela falta de um pós-venda ou, por outro motivo qualquer, contribuíram para o surgimento deste movimento contrário aos menores volumes de aplicação.

De qualquer modo é oportuno ressaltar que os diferentes Volumes de Vazões existentes e usados, nas várias regiões do Brasil, estão dentro do envelope técnico prescrito pela Pesquisa Nacional e Internacional. Ou seja, não há porque se temer a eficácia da Taxa de 10 L/hectare. Mas, certamente deve se considerar as peculiaridades da área onde será realizado o voo e, os demais fatores contribuintes para o seu sucesso, para então definir qual a melhor opção.

O que os novos tempos não admitem mais, não se aceita, são imposições.

Mais do que nunca a AVIAÇÃO AGRÍCOLA vem ganhando importância e destaque no cenário agropecuário, por ser uma ferramenta estratégica que contribui na soma de esforços do Empresário Rural em busca do sucesso.
 

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.