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A importância da Tecnologia de Aplicação para o Trato Cultural


Jeferson Luís Rezende
O correto manejo das lavouras vem se mostrando como um dos “gargalos” operacionais mais importantes da atividade agropecuária.

Muito tem se falado de tecnologia de aplicação fitossanitária e, das diversas opções de tratamentos existentes: Pontas – Volumes de Vazões – etc. Porém, passa safra, entra safra e, as dúvidas continuam.

O pesquisador da UNESP/Botucatu, Dr. Ulisses Antuniassi, disse durante um Treinamento promovido para técnicos e produtores, de uma Cooperativa da região de Guarapuava, que fica aflito quando um produtor pergunta para ele: “qual o bico melhor para realizar as suas aplicações?”

Como ele disse: não é qual o bico, mas, quais “os” bicos (pontas) devem existir disponíveis na Barra de Pulverização da Máquina. Isso porque, não existe uma Ponta perfeita que contemple todas as necessidades operacionais e todas as condições ambientais.

Dito isso, gostaríamos de ressaltar alguns pontos a respeito da tecnologia de aplicação e das possibilidades de recursos disponíveis.

1º ) Os pulverizadores devem ser revisados regularmente. Precisam conter manômetro funcionando e, todas as pontas devem estar em bom estado;
2º ) Preferencialmente, deve-se possuir pelo menos dois jogos de Pontas na Barra (no mínimo!): sendo um para gerar gotas médias/finas e o outro para gotas médias/grossas. Desta forma, o operador terá condição de trabalhar ao longo do dia, com qualidade – eficácia e, segurança ambiental;
3º ) Existem no Brasil ADJUVANTES que colaboram com o aumento da deposição no dossel foliar, eliminam espumas e borras, reduzem perdas por evaporação/fotodecomposição e deriva, minimizam e até erradicam a presença de fitotoxidade. Bem posicionados, são ferramentas de apoio estratégicas para uma aplicação fitossanitária sem problemas;
4º ) Horário de aplicação é algo que precisa ser respeitado. As aplicações realizadas no período da manhã, até as 11h, conseguem obter um ótimo desempenho, principalmente, porque a planta possui uma capacidade de absorção melhor, quando comparada com as aplicações entre as 12h até as 15h. Estas, pelo estresse causado pela alta temperatura e baixa umidade, são afetadas pela baixa ou, muito pouca capacidade de absorção. Com isso, parte do ativo depositado acaba se deteriorando pela ação da luz do sol e da temperatura. Aplicações noturnas são muito interessantes para alguns produtos/ativos, como os Fungicidas.
5º ) Pontas: tipo Leque Simples – sem indução de ar ou, Duplo Leque – sem indução de ar, são as que conseguem alcançar o melhor espectro de gotas. No nosso entendimento, pontas com Indução de Ar são muito específicas: para uso em dessecações, por exemplo. Não geram gotas de boa qualidade e possuem grande dificuldade para realizar uma boa deposição no baixeiro. Isso, mesmo em regiões com presença de ventos mais intensos.

Observa-se que o trato cultural em si, não é tão complexo ou, difícil. Exige sim, respeito a questões técnicas e, as condições ambientais. Mas, tudo isso, é plenamente factível. É uma questão de normatização e padronização dos serviços na propriedade.

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