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Antracnose da soja via semente, na safra 2014/2015


Instituto Phytus
A antracnose, causada pelo fungo Colletotrichum truncatum, tem como sua principal forma de disseminação a semente. É dessa forma que a doença é levada por grandes distâncias, assim como, introduzida em novas regiões.
Nos anos mais chuvosos, como está sendo o caso desta safra, se não for utilizado um tratamento de sementes eficiente, logo após a emergência das plantas teremos vários focos de doença na lavoura, ou até a morte de plântulas, ocasionando redução no estande. A partir das lesões, tem-se o inóculo primário da doença, que é facilmente disseminado pelos respingos de chuva a distâncias superiores a 1 metro.
A doença caracteriza-se pela formação de lesões escuras que acompanham as nervuras das folhas e comumente acabam rompendo o tecido. Nas hastes, pecíolos e vagens estas lesões são deprimidas e é possível ver a olho nu as estruturas de frutificação do fungo. A doença também é responsável por abortamento de vagens (quando a infecção é via flor) e apodrecimento de sementes.
Os sintomas são visíveis em todos os estágios de desenvolvimento da planta, sendo mais frequentes entre os estágios da floração ao enchimento de grãos. Na safra atual a ocorrência de morte de plântulas em função da antracnose tem sido elevada. Diante disso, para tentar reduzir a incidência e os danos causados pela antracnose é preciso fazer rotação de culturas, aumentar o espaçamento entrelinhas e proceder sempre o tratamento químico da semente. Quando a infecção do lote for maior que 5% devem ser utilizadas misturas de fungicidas contendo benzimidazóis. 

Caroline Gulart, engenheira agrônoma, com Mestrado em Agronomia e Doutorado em Engenharia Agrícola pela UFSM, atua como pesquisadora e Coordenadora de Proteção de Sementes e Microbiologia do Instituto Phytus. Possui experiência em Agronomia com ênfase em fitopatologia, nematologia e tratamento de sementes, atuando principalmente com avaliação de sensibilidade in vitro de fungos a fungicidas, manejo e identificação de nematoides em soja, milho e algodoeiro.
Contato: [email protected]                   

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