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Deputado europeu defende drones agrícolas



Gabriel Colle

Deputado europeu defende drones agrícolas

Manifestação foi durante conferência do bloco em Bruxelas resultou em declaração conjunta apoiando a revisão da Diretiva que restringiu, em 2009, as tecnologias aeroagrícolas

O deputado do parlamento europeu Paulo do Nascimento Cabral, do Partido Social Democrata (PSD) português, defendeu na última semana a revisão da diretiva europeia sobre pulverização aérea. Isso com o objetivo de permitir o uso de drones agrícolas no continente. A manifestação foi na quinta-feira (26) durante a conferência  Maximizar a utilização de drones civis, realizada em Bruxelas. O encontro na capital belga foi promovido pelo Intergrupo Aviação e Espaço, onde Cabral sublinhou a necessidade urgente de atualizar as normas da União Europeia (EU) para permitir o uso dos equipamentos no trato das lavouras. Ele ainda destacou  benefícios ambientais, econômicos e sociais da tecnologia.

O parlamentar recordou que a UE restringiu o uso da aviação agrícola em 2009, com a Diretiva 2009/128/CE, afetando frontalmente o uso da tecnologia aérea. Segundo ele, a proibição acabou restringindo as alternativas eficazes de precisão no campo, abrindo agora espaço para o debate sobre os drones como solução viável. “Os drones oferecem pulverização localizada com precisão centimétrica, reduzindo o uso de produtos fitossanitários, diminuindo as emissões de CO2 e o minimizando impactos ao solo”, destacou.

MODERNIZAÇÃO

Entre os argumentos de Cabral está ainda o papel dos drones na modernização do campo e na transição digital das zonas rurais. O eurodeputado enfatizou que a tecnologia pode ser essencial para incentivar os jovens a permanecerem no meio rural e para apoiar uma população agrícola envelhecida, oferecendo ferramentas que facilitem o manejo das propriedades e aumentem a produtividade. Cabral alertou que hoje apenas 47,5% da população rural europeia possui competências digitais básicas, o que torna essencial o investimento também em formação e conectividade.

Além da revisão da Diretiva de 2009, o parlamentar sugeriu mudanças como a criação de corredores de voo a baixa altitude, o regramento de operações além da linha de visão com transmissão em tempo real da posição das aeronaves, a simplificação das autorizações e certificações e outras medidas. Para ele, o continente precisa superar os entraves burocráticos e técnicos para garantir um setor agrícola sustentável, competitivo e preparado para os desafios climáticos e demográficos das próximas décadas.

A discussão gerou uma declaração conjunta entre participantes do encontro, destacando a necessidade de se aproveitar o potencial dos drones no bloco europeu. O documento será remetida aos Comissariados de Transportes, Defesa e Espaço, Agricultura e Alimentação, (Saúde e Bem-Estar Animal e de Ajuda Humanitária e Gestão de Crises.

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