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Em 2018, o Produtor Rural foi vitorioso ou continua sendo vilão?


Frederico Franco

Finalizando o ano de 2018, mas ainda vemos a crucificação do produtor rural e agroindústrias, como os chamados “desmatadores da floresta”, os famosos vilões da preservação vegetal brasileira e os que utilizam mais agrotóxicos.

Diante disso, para verificar essa dimensão é importante analisar a base de dados do CAR (Cadastro Ambiental Rural) em que todo produtor é obrigado a ter, e as informações disponibilizadas contêm dados como o perímetro do imóvel rural, além de mapas das áreas exploradas, consolidadas, de preservação permanente, de reserva legal, de interesse social, entre outros.

Resultado: Em mais de 4 milhões de imóveis rurais, as áreas totalizadas de preservação equivalem a mais de 170 milhões de hectares de vegetação nativa preservada dentro dos imóveis, pelos agricultores, representando mais de 20% do território brasileiro, enquanto todas as Unidades de Conservação (UCs) totalizam 13% do Brasil.

Em relação ao uso de agrotóxicos, é importante ressaltar que o território brasileiro não está em uma zona temperada, ou seja, não temos inverno com neve que serve como interregno na produção agrícola dos Estados Unidos, Canadá, União Europeia, Rússia, Ucrânia, África do Sul, Austrália e Argentina, e como resultado eles utilizam menor quantidade de defensivos agrícolas. Assim sendo, para produzir 3 a 4 safras por ano, em um território propício para quantidades maiores de insetos, fungos e ervas daninhas, se faz necessário o uso do agrotóxico. Entretanto, se fizer análise de proporção de uso per-capita ou por hectare, o Brasil cai no ranking mundial.

Entretanto o produtor é sempre muito criticado pela mídia e “artistas”, exemplo disso é o que ocorreu em 2017, quando uma Escola de Samba no Rio de Janeiro resolveu atacar o produtor rural com alas denominadas “os fazendeiros e seus agrotóxicos” e “pragas e doenças”, o que o produtor fez para responder? Parou de produzir? Não, simplesmente continuou produzindo ainda mais, alimentando o mundo  diariamente com todo amor na sua produção e mantendo a economia brasileira nos trilhos, entendendo as críticas dos brasileiros, como se os mesmos fossem “adolescentes” que não conhecem  e não sabem como funciona o mundo do agronegócio de verdade.

Infelizmente grande parte dos brasileiros vive de meios de informações sensacionalistas e tendenciosos, que prejudicam a credibilidade do Agronegócio. Vale ressaltar que em 2017 o Agronegócio correspondeu a 23,5% do PIB, ou seja, se não fosse o agronegócio o país não conseguiria pagar suas contas. Na Europa é comum ver como o produtor é respeitado, valorizado e homenageado como foi pela atriz francesa Catherine Deneuve que dedicou magno Prêmio da Arte Teatral, a todos os agricultores franceses. E no Brasil que dia veremos algo parecido?

Em 2019 o Agronegócio brasileiro entra novamente com as esperanças renovadas, visto que o presidente eleito Jair Messias Bolsonaro já deu declarações sobre a redução no tempo para concessão de licenças ambientais, tratar os ataques e invasões dos movimentos de sem-terra como terroristas e políticas específicas para consolidar e abrir novos mercados externos. Durante a campanha, o candidato ressaltou fortemente a segurança no campo, como uma das prioridades em seu governo.

Em contrapartida, ainda assim muitos se perguntam “o que esta acontecendo com os brasileiros?” E, penso eu, que a questão poderia ser pensada de outra forma: O que está acontecendo com os brasileiros que acham mais fácil criticar, do que ir em busca do conhecimento e entender toda a cadeia que hoje carrega o país, gera mais de 37% dos empregos no Brasil, e que luta diariamente para o alimento estar na sua mesa?

Viva ao Agronegócio brasileiro!
 

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