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EMPRESAS FAMILIARES...”CASES x LIÇÕES DE CASA” (V)


Prof. João Mariano

CASE V: o empresário criou uma empresa de alimentação industrial e após se aventurar na política da cidade e diretorias de clubes, resolveu atuar em outro segmento, entregando a empresa ao filho e filha, para que tocassem, interferindo apenas em momentos mais críticos.

O filho se formou em administração e tem 25 anos, atuando na área administrativa da empresa, mas sem vocação para área comercial, que o pai fazia muito bem, embora seu sucesso estivesse mais relacionado a sua forte  convivência social com os empresários clientes,  em clubes, associações e outras entidades.   Resolveu atuar também com imóveis e montou uma imobiliária na mesma cidade.  A filha, de 23 anos, nutricionista, cuidava da parte operacional e da qualidade das refeições.  Por uma questão de concorrência e preços, andaram perdendo alguns clientes no mercado local,  fato que fez o pai assumir várias visitas aos clientes, tentando reverter algumas quebras de contrato.  Conseguiu algumas, mas teve dificuldades com outras, que alegavam uma queda na qualidade da comida, que as pessoas tinham enjoado do tempero deles e queriam experimentar novas opções.  A filha,  atuando internamente e sem vocação comercial se limita a tomar conta dos equipamentos, ingredientes e das cozinheiras.  O filho, não tem vocação comercial, apenas social, nas badalações  locais e festas.   A empresa  começa a sentir a força de novos concorrentes mais competitivos...

LIÇÕES DE CASA : 
1.    qualquer empresa que dormir no ponto, seja na preparação dos herdeiros e sucessores ou com relação aos concorrentes, poderá sair do mercado, encolher, ter problemas financeiros. É preciso investir sempre, principalmente, quando se trata de refeições, em que pequenas diferenças de sabor, de apresentação, sofrem críticas e influências perante o público-alvo. 

2.    a preparação dos filhos, deverá ser mais abrangente o possível, para cobrir talentos que estejam deixando o negócio, seja o próprio pai ou executivos antigos.  Uma alternativa é colocar profissionais externos, capacitados, bem remunerados, que possam cobrir as deficiências de formação dos filhos e ao mesmo tempo em que atuam  recuperando a empresa, também estarão treinando os mesmos.

3.    o mercado não perdoa empresas que não apresentem alta qualidade nos serviços e produtos, já que entendem isso “como obrigação” e não como “diferencial” nos dias atuais. Logo, se não houver um grande esforço da família, até mesmo abrindo espaço para profissionalizar com executivos,  os resultados poderão ir minguando e complicar a vida da empresa.  

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