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Gaseificadores de biomassa: um novo futuro energético sustentável e justo, do Brasil para o mundo


Climaco Cezar de Souza
Graças aos antigos etanol e biodiesel mais as recentes usinas para energia solar e eólica e as futuras usinas para etanol de biomassa, o BRASIL JÁ É UM DOS PAÍSES MAIS SUSTENTÁVEIS ENERGETICAMENTE DO MUNDO e isto sem considerarmos que a nossa gigante energia hidroelétrica também é bastante sustentável, embora nem tão completa. 
Com tantas usinas sendo implantadas e com o potencial gigante para muito mais já é possível até questionar técnico-ambientalmente: Pré-sal e o seu petróleo e seus royalties serão para desenvolvimento interno ou para exportações? 
Quanto mais me dedico a estes diagnósticos sobre a competitividade energética e ambiental em muitos países, mais fico encantado e convencido com o imenso potencial do Brasil, e isto sem falar na revolução agrícola já ocorrida no Brasil com o plantio intenso de cultivos GMO e via plantio direto, técnicas que permitem elevadas produções, rendas, divisas e desenvolvimento real e com um mínimo de geração de problemas ambientais, numa analise cientifica e sem radicalismo ambiental. 
Agora me debruço sob as imensas possibilidades da gaseificação de biomassas, via tecnologias desenvolvidas inteiramente no Brasil. Ela pode não só ser a solução rápida para muitos e graves problemas ambientais dos já elevados volumes de resíduos urbanos e rurais, como também para geração de bons volumes de eletricidades para uso próprio ou para vendas. 
Pesquisei e comparei muito as tecnologias, subsídios e resultados da gaseificação de lixo na Alemanha, EUA, Espanha, China e outros e descobri que a melhor técnica; a com maior beneficio/custo econômico; a mais justa socialmente e a que não gera nenhum novo resíduo perigoso ou problema ambiental está sendo desenvolvida, empresarial e sigilosamente, aqui mesmo no Brasil, mas tudo, infelizmente, sem a participação da cátedra e de órgãos oficiais de pesquisa. Até agora, cheguei a dois engenheiros-cientistas-inventores do interior, tipo Prof. Pardal arrojados e sérios, e que conseguiram processar bons volumes de lixo ou resíduos (de diversos tipos) e transformá-los em carvão pirolitico inicial ou, melhor, em altos volumes de syngas, também chamado de gás de síntese. Lembrei-me, então, da determinação e luta do prof. baiano, engenheiro e físico, Dr. Bautista Vidal, sem as quais não teríamos o nosso etanol, de quem e de que todos duvidavam no inicio. 
Com estas novas técnicas - exclusivas, simples e baratas - de gaseificação de muitas biomassas podem-se obter bons volumes de syngas (um gás bem diferente do conhecido biogás rural e semi-urbano, por ter alta participação de hidrogênio – até 40% - e baixa participação de metano – até 8%). Após domá-lo, contê-lo e purificá-lo pode-se queimá-lo de forma fechada (em motogeradores ciclo otto ou em turbogeradores para vapor) para gerar grandes volumes de eletricidade e expelindo apenas gás carbônico, o chamado “gás da vida”, por ser o maior responsável pela produção de alimentos, vez que as plantas vivem dele. 
Assim, já é possível gaseificar não só lixo urbano e rural, como esgotos, madeira cultivada e liberada para tanto, restos de pneus e borracha, lixo hospitalar, resíduos alimentícios e outros. Cada tipo gera diferentes volumes de syngas e de energia elétrica. 
No sistema atual, em evolução, por exemplo da GWEBrasil, a única que já tem gaseificadores de aço inoxidável para até 5 tons/hora (www.gwebrasil.com), cada 01 tonelada de lixo urbano comum - com até 50% de umidade e com média de 2.900 kcal/kg (menos do que as aparas de madeira com média de 3.200 kcal/kg) - processada por hora e sob alta temperatura (praticamente sem oxigênio) pode gerar até 01 mwh de energia elétrica e tudo com investimento total – inclusive motogeradores especiais para syngas importados - em torno de R$ 4,0 a R$ 5,0 milhões/tonelada de resíduo a depender da qualidade do resíduo, do preço interno do aço, de alguns itens importados e do local de instalação (certamente, 20% mais baratos do que investir em aterros sanitários com cara manutenção e ainda geração de contaminantes; 30% idem  energia de PCH; 50% menores do que energia eólica e até 70% menos do que energia solar). Assim, uma usina padrão para processar, por exemplo, 6 toneladas por hora de RSU (beneficiando o lixo de uma cidade, ou conjunto de cidades vizinhas, com cerca de 150 mil habitantes) e com custo total em torno de R$ 30,0 milhões pode não só resolver o serio problema ambiental de tal população, como gerar até 6 mwh, inclusive perdas. A venda de tal energia elétrica pode propiciar receita bruta anual em torno de R$ 14,0 milhões/ano (R$ 290,00/Mw em longo prazo x 8.000 horas/ano x 6 mw) e receita liquida entre R$ 8,0 e R$ 10,0 milhões/ano a depender da qualidade do lixo e do local e forma de venda da eletricidade (exceto processamentos e vendas de recicláveis e outras receitas publicas ou privadas).
Antevejo, inclusive, a auto-suficiência ambiental e energética, total ou parcial, de muitos prédios públicos e privados de médio ou grande porte, desde que bons geradores de resíduos e com bons telhados expostos. Com a junção de células solares no teto para captar e armazenar energia solar (máximo de 7 horas/dia com intensidade suficiente) mais pequenas usinas para gaseificar biomassa (resíduos locais e próprios) instaladas no sub-solo ou áreas vizinhas, tais prédios se tornariam auto-suficientes e tudo de forma barata. Assim, os resíduos alimentícios mais papel, papelão, plásticos, esgoto etc.. de hospitais, shoppings, agroindústrias, restaurantes, CEASAS etc.. seriam gaseificados e transformados em bons volumes de eletricidade para uso local e/ou para vendas. Obviamente, os metais e outros recicláveis não-gaseificáveis seriam encaminhados para as cooperativas e estas, inclusive, poderiam operar todos os sistemas. O sistema não aumenta a demanda por água. 
ASSIM, ALÉM DE VASTAS ÁREAS DEGRADADAS DO BRASIL - A RECUPERAR E PLANTAR PARA TRANSFORMAR EM BIOMASSA E ELETRICIDADE -, MUITOS PRÉDIOS TAMBÉM SE TORNARIAM AUTO-SUFICIENTES E TUDO DE FORMA AMBIENTAL E SOCIALMENTE CORRETAS. 
ENTÃO, IMAGINEM O POTENCIAL ENERGÉTICO, AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTISTA MUNDIAL DESTAS NOVAS TECNOLOGIAS 100% NACIONAIS E AQUI PATENTEADAS? 
SEM DUVIDAS, PROXIMAMENTE, CHEGAREMOS ÀS S. A. DOS RESÍDUOS EM MUITOS PAÍSES, OU SEJA, “LIXO JÁ NÃO SERÁ PROBLEMA, MAS SOLUÇÃO, DESDE QUE NINGUÉM ATRAPALHE OU PREJUDIQUE O PRIVADO”.

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