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O QUE É NATAL?


Paulo Lot Calixto Lemos

Acredito que para todos nós, quando crianças, entender o significado de “ser natal” pode ser muito complicado. Para mim natal era uma mistura de Papai Noel, duendes, presentes, festas, rezas, missa do galo, nascimento de Deus... Eu pensava:

“Será que o Papai Noel existe mesmo? Como será que ele dá conta de ler esse montão de carta que todo mundo manda? Como será que ele consegue trazer tantos presentes assim?”.

Essa parte era bem mais fácil de entender, afinal o Papai Noel não trabalha sozinho. Ele tem uma equipe de duendes que o ajuda e, mais importante, um trenó que voa!

A parte mais complicada ficava por conta da missa do galo, e principalmente com a historia do nascimento de Deus. Sobre a missa eu imaginava:

“Será que padre soltava (ou matava?) um galo na missa da meia noite lá na igreja...?”. A curiosidade era tanta que apesar do horário, e escondidos de nossos pais, eu e meus primos tentamos, algumas vezes, presenciar a tal missa, mas era tanta gente na igreja que infelizmente nunca conseguimos ao menos ver a cara do padre durante a celebração.

Mais difícil ainda de entender era a historia do nascimento de Deus... Deus nasce? Tem aniversário? Escutava sempre que Deus é eterno, que sempre existiu, que não tem começo, meio nem fim! É... A confusão era grande.

Bem, pensava acreditando ter encontrado enfim uma explicação:

“Ah! O nascimento é de Jesus Cristo, do filho de Deus, e não de Deus!”.

Ledo engano, pouca valia tinha esta “grande” descoberta, pois logo em seguida alguma tia me devolvia a ansiedade da duvida:

- Deus e Jesus Cristo são um só menino!

“E ainda por cima tinha um tal de Espírito Santo que também fazia parte da comunidade! A chamada Santíssima Trindade! Chiii... E agora?”.

Ufa... Finalmente um consenso, até que enfim uma trégua ou uma quase conclusão para minhas divagações:

“Então são três a fazer um único aniversario, ah! Com certeza Deus é trigêmeo! Ah bom! Então é por isso que a festa é tão grande e importante assim!”.

Mas uma ultima pergunta sempre me perseguia, ou melhor, me persegue até hoje:

“Se o aniversario é de alguém tão grande e importante assim que vale por três, porque então os presentes são para nós e não para Eles, os aniversariantes?”.

Deixando então, os “entretantos e considerandos” filosóficos e religiosos de lado, eu agora, simplesmente questiono:

“Será que temos respondido esta pergunta a Quem realmente devemos resposta? Será que temos presenteado a Quem por direito merece presentes nesta data?”.

Fica sendo esta a minha mensagem este ano, acompanhada de meus sinceros votos de um felicíssimo natal, rico em presentes que realmente signifiquem paz, amor, esperança e fé.

Paulo Lot Calixto Lemos

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