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Sempre à frente


Francisco Turra

Francisco Turra
 
Trabalhar no agronegócio é pensar no futuro. Projetar as produções vindouras, antecipar-se ao clima e ao mercado, reforçar o conhecimento e a tecnologia. O setor primário brasileiro se destaca por essa característica. É um dos fatores que colocaram o país em posição de destaque, liderando setores como soja, carne bovina e de frango. A partir dessa base sólida, a próxima década nos oferece boas perspectivas.
 
A população mundial não para de crescer, e deverá chegar a 8,1 bilhões de pessoas em 2025. Ao mesmo tempo, avança o poder aquisitivo, ampliando as classes médias, sobretudo na Ásia. Essa evolução se reflete em um maior consumo de alimentos, especialmente proteína animal. Hoje, nossa produção é embarcada para cerca de 160 países. Possuímos capacidade para atender ao mercado doméstico e ampliar as exportações para o exterior.
 
Temos condições também para satisfazer as variadas demandas pelo mundo afora. Nossa produção se adapta às necessidades e costumes de consumidores de cada região do globo, com alto valor agregado. Um exemplo é o frango, que chega em cortes diferenciados para alguns países – como o kakugiri, no Japão, e oshawarma, no Oriente Médio. Ou, então, opções pré-temperadas e prontas para o consumo, ideais para os novos hábitos urbanos. Nos próximos anos, a ave seguirá em destaque, impulsionada pela expansão da população muçulmana, que deve alcançar 2,2 bilhões de pessoas em 2030.
 
O consumidor está cada vez mais exigente. Busca produtos diferenciados e com alto padrão de qualidade. E isso, nós temos de sobra. Com forte investimento em segurança sanitária, estamos livres de doenças como a influenza aviária. Destacamo-nos ainda pela sustentabilidade e rastreabilidade.
 
No entanto, ainda temos desafios a vencer para melhor explorarmos nossas potencialidades. O Brasil ocupa o 75º lugar no ranking de competitividade global, elaborado pelo Banco Mundial. Precisamos qualificar as condições logísticas para melhorar o escoamento. É necessário também reduzir a burocracia e a carga tributária, diminuindo assim o custeio.
 
Podemos ir mais longe se corrigirmos os problemas e fortalecermos nossas virtudes. Pensando à frente, chegaremos à próxima década a um novo patamar, reforçando nossa missão: alimentar o mundo com qualidade.
 
Presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA)

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