EUCALIPTOS/Pinus: Fatos ou Fakes Socioambientais/Econômicas?
- RESUMO -
O presente artigo (09 páginas) - inovador, estratégico, desafiador e arriscado - pretende apenas demonstrar que apesar de as produções de celuloses, eucalipto e pinus serem importantes para gerarem certas divisas em Us$ mais muitos impostos e um pouco de empregos locais para o País, nas verdades técnicas e socioambientalistas correntes – externas e internas - há pelo menos uns 10 itens altamente negativos abaixo que parece que não foram bem diagnosticados e não considerados pelo Congresso numa decisão inédita e até perigosa de 2024, retirando a silvicultura (inclusive eucalipto e pinus) da lista de atividades potencialmente poluidoras (com base apenas em alguns estudos da EMBRAPA Cerrados e da UNB e parece que sem consultar o MMA, este por Direito e Dever). Tal Congresso votou e aprovou a Lei 14.876/24 que isentou a atividade do licenciamento ambiental mais exigente e de pagamento da TFCA do IBAMA sob o argumento de que o cultivo é uma atividade agrícola sustentável e benéfica ao meio ambiente. Imediatamente, começaram as reações mundiais e a BBC Brasil nomeou os eucaliptos e os pinus como “Desertos Verdes” e a Wikipedia nomeou o Setor como um desastre grave para os sanitarismos mais de esgotos, rios, lagos etc. Também, recente, o MMA/CONABIO publicou um artigo propondo que o eucalipto mais os Pinus sejam incluídos nas Lista Nacional de Espécies Exóticas Invasoras (pagina depois excluída do Linkedn, mas ainda presente em https://agro.estadao.com.br/agropolitica/lista-de-especies-invasoras-do-mma-pode-incluir-eucalipto-pinus-jaca-e-manga). Vide também series denúncias de “que nascentes cercadas por cultivos de eucalipto apresentam menor biodiversidade do que aquelas em áreas de vegetação nativa” e ainda que “no Rio Grande do Sul, especialistas relacionam o avanço das monoculturas de árvores e do agronegócio à tragédia das enchentes, que deixou mais de 180 mortos’, tudo isto em: “Eucalipto ameaça biodiversidade na Mata Atlântica e no Pampa“ em https://brasil.mongabay.com/2024/09/eucalipto-ameaca-biodiversidade-na-mata-atlantica-e-no-pampa/. Na corrente prática mundial e interna socioambiental e desenvolvimentistas, sérias, temos os seguintes 10 pontos negativos iniciais e até muitos erros - não de analises teóricas e/ou de discursos - com produções de tais itens. Vide em: 1) Os cultivos de eucaliptos ocorrem a cada 07 anos, o que leva a grandes emissões de Co2 e de outros gases para o ar e de contaminações dos solos e das aguadas pelos muitos maquinários em tais ações; 2) Nos casos dos sequestros reais de Co2 atmosféricos (medidos em kg/hectare/ano), os níveis científicos laboratoriais mais de medições comparadas de diversos cultivos nos países, em experimentos/medições em campos (conforme Universidade de Londres e desde 1976) pelos eucaliptos e pinus durante seu crescimento nem tão rápidos (fotossínteses pelas clorofilas nos seus cloroplastos) são apenas medianos e bem menores do que em diversas gramíneas para arraçoamentos de animais mais pelas canas e pelos milhos, sobretudo, se para etanol; 3) Os cultivos da nova Macauba – uma palmácea e não uma oleaginosa para bioóleos (aéreos, náuticos, locomotivos etc.. todos com altos preços e já elevadíssimas demandas/obrigatórias mundiais) - podem propiciar sequestros de Co2 iguais aos dos eucaliptos, mas de formas perenes por 20 a 30 anos, com menores custos e bem menos exigências e com uma renda liquida por hectare/ano até pelo dobro ou triplo dos eucaliptos e para dividir – de forma muito mais justa - por todos os elos, já havendo uma tendencia clara de substituição de áreas problemáticas e já pouco rentáveis de eucaliptos por de Macauba e com as empresas de celuloses reconvertendo/recriando muita áreas e/ou recriando novas frentes e programas para lucrarem muito mais mais limparem seus atuais balanços socioambientais corporativos. Muitos serão os apoios mais os investidores mundiais interessados nos bioóleos e idem as fontes de financiamentos, estes muito mais seguros e para todos; 4) Segundo a UFJF: “monoculturas como de eucalipto são responsáveis por reduzir em quase 30,0% a biodiversidade de espécies de “invertebrados bentônicos” e tendem a exportarem os nutrientes das árvores, que os adquirem do solo e não os retornarem totalmente via matéria orgânica, o que pode levar à sua acidificação; 5) Já para a UFG, em parceria com a mesma UFJF, “tais cultivos de eucaliptos levam a processos de erosão no solo, que fica desprotegido e sujeito aos aumentos de temperatura e a um maior impacto da água da chuva. “A ocorrência de compostos alelopáticos, principalmente nas folhas, é outro ponto preocupante”. “As folhas de eucalipto dispersas na serapilheira, durante o período de chuvas, são levadas para rios e lagoas através da lixiviação e, entrando em contato com o ambiente aquático, liberam constituintes químicos, como os do óleo essencial”; 6) Há muitas outras dúvidas e pouca segurança quando se afirmam que os cultivos de eucalipto são sustentáveis, pois não consomem tanta agua nem prejudicam os biomas locais, sendo fatos comprováveis facilmente de que nos locais de seus cultivos poucos animais e plantas rente aos solos conseguem prosperar (“desertos verdes”); 7) Também há dúvidas quanto aos níveis de fertilidades de solos e de precipitações anuais exigidas pelos eucaliptos, sendo que, provavelmente, só têm maiores produtividades e maiores produções compensatórias de celuloses em locais mais férteis e mais planos, mas que também poderiam ser melhores utilizados nos cultivos de grãos, outros alimentos, pecuária e até de Macauba – isolados e/ou consorciados - para óleos caros; 8) Na industrialização do eucalipto, e sobretudo para os clareamentos das celuloses, se usam muitos produtos químicos e que têm altos custos para controles e com elevados riscos de ocorrerem acidentes e/ou grandes prejuízos ambientais; 9) Dos volumes gigantes de lixos produzido no Brasil (entre 800 gramas e 1.200 gramas/habitante/dia) entre 50,0% e 60,0% são de água mais cerca de 39,0% é de papel e papelão, o que, futuramente, poderá levar a elevados relançamentos de Co2 pelas requeimas de papel e papelão, sendo que no Brasil cerca de 63,0% dos lixos de escritórios são requeimados entre 04 e 06 meses, ou seja, com relançamentos dos seus carbonos capturados/estocados. Como exemplo negativo, em 2023, no Canadá, segundo a Wikipedia, as produções de celulose e de papel foram as terceiras maiores emissões nocivas industriais para o ar, águas e solos. Já nos EUA, foram consideradas como a sexta mais prejudicial, sendo 66,0% liberados para ar; 10,0% na água e 24,0% na terra e somente em 2015; 10) Pior, é que quando abandonado nos lixos e nas ruas (destino de cerca de 10,0% das elevadas produções diárias acima), o papelão e papel absorvem muita água mais terra mais matéria orgânicas (restos de alimentos), criando uma espécie de “bucha” que não absorve/respira oxigênio e que se torna como uma cola de de difícil separação e destruição. Tais buchas, assim, muito entopem os bueiros, esgotos e tubulações de escoamentos, encarecendo muito os sanitarismos – já muito difíceis e raros no Brasil - e as prestações de serviços públicos e, pior, também represando os riachos e os rios e provocando inundações e grandes e lentos/constantes danos socioambientais para muitos.
- INTRODUÇÃO E ESTADO DA ARTE -
AVISOS/ADVERTÊNCIAS PROTETORAS: Inicialmente tenho que bem explicar e deixar bem claro, inclusive para possíveis acionamentos jurídicos, que nada tenho contra os agricultores que plantam eucaliptos e/ou pinus nem contra as empresas que os incentivam e os processam para diversos fins, mesmo que sendo apenas para produções de celuloses, papéis e similares com pouquíssimo tempo de vida real até serem requeimados para reexpelirem novos Co2 e/ou virarem buchas grandes entupidoras de esgotos, lagos, rios etc. (isto é, sem pouco, realmente, sequestrarem nem bem destinarem/enterrarem/fixarem seus Co2 como em troncos para moveis, construção civil etc. e por muitos anos e formas). Infelizmente, ainda muitas das informações divulgadas e propagandeadas acerca são, na verdade, para, possivelmente, tentarem proteger/blindar ou beneficiar tais Setores poluidores e apenas para seus lucros gigantes. Em muitos e muitos casos, elas e seus seus dependentes tem que ser bem defendidas, pois seriam enquadráveis com “greenwashing” empresariais/setoriais continuados (como cita a BBC Brasil) e/ou como “fake news e graves erros socioambientais/anti-sanitaristas” (como descreve o Wikipedia mundial), Então, este artigo trata-se, apenas de analises e de recomendações, puramente socioambientais e econômico-financeiros e dos possíveis, ou não, desenvolvimentos que tais cultivos trazem para todos os países, em especial para o Brasil. Infelizmente, fato é que no Mundo atual tem-se muito medo de se analisar e de se fazer denúncias socioambientais contra alguns setores agropecuários, falsos cooperativos, energéticos, mineradores e, sobretudo agro processadores e exportadores, pois, realmente, eles atuam muito via grandes lobbies impeditivos mundiais e até perigosíssimos pelos seus muito embargos. A maioria das blindagens, perseguições e até das ameaças pessoais, provavelmente, provêm das atuações das grandes multis e processadoras, todas propriedades e/ou conduções das pouquíssimas famílias triliardárias mundiais, muitíssimas ambiciosas e operando como se fossem donas do mundo e com largas atuações e interesses diversos também no Brasil. No Mundo, tais famílias muito ambiciosas somam apenas 22,8 milhões de pessoas, os chamados HNWI “High-Net Worth Individuals” (iguais a 0,025% da população mundial de 7,9 bilhões), mas suas empresas ou controladas já dominam quase todos os bens e finanças mundiais e poucos recursos seus seguem para desenvolvimentos locais, caridades e similares. Juntos, tais 0,025% HNWI mais ricos detinham em 2022 bens mundiais no astronômico valor de Us $ 86,8 trilhões, ou seja, 3 vezes maior do que o PIB dos EUA no mesmo ano (Us $ 27,4 trilhões). Elas já eram proprietárias ou socias controladoras ou investidores dos maiores Bancos, Bolsas, Mineradoras; Grandes Indústrias petrolíferas/combustíveis e/ou processadoras mais pelas Multis, Tradings, Transportadoras, Corretoras, Investidores de todos os portes, Embalagens etc.
Em 2024, parece que erroneamente, o Congresso Nacional – pelo que se lê somente ouvindo alguns técnicos da EMBRAPA Cerrados, baseados em micro diagnostico de campo pela UNB parece que errou bastante, talvez até inocentemente e/ou por grandes pressões de lobbies para proteger as nossas gigantes empresas fabricantes de celulose e de papel. Tudo pode ter ocorrido a título apenas poucas gerações de empregos e rendas locais e de muito mais impostos a arrecadar - e tudo contra os muitos argumentos científicos e socioambientalistas contrários (desde produtivos com poucos e sequestros reais de carbono em kg/hectare/ano e com queimas rápidas dos seus destinos mais elevadas contaminações químicas industrias nos processamentos) e sem pareceres também das principais universidades mais do obrigatório IBAMA mais dos demais Ministérios - inclusive dos fundamentais MMA e MCT – mais de consultores independentes do Mundo e do Brasil (não apenas de ONGS e de falsos consultores socioambientalistas e da imprensa local especializada, mas superficial e até interessada). Acerca das bem maiores e injustas arrecadações tributárias e de capturas de muito mais divisas em uS$ destas Cadeias, nota-se, claramente, que no Brasil atual os níveis dos impostos cobrados até que são baixos ou medianos, ante os médios e/ou medianos do Mundo, mas que a ganância e a fome tributária/arrecadatória dos nossos muitos “Leões” somados – sobretudo federal - são exageradíssimas e espoliantes/escravizantes, ante os níveis mundiais praticados, o que, junto com os elevados juros internos de até 450% ao ano já estão matando todas as micros e medias empresas e seus consumidores.
“Fato inegável é que anteriormente, o cultivo de eucalipto no Brasil não fora "declarado" como sustentável por um ato oficial específico, mas sim teve seu reconhecimento legal como atividade sustentável consolidada e reforçada por tal legislação recente. Em maio de 2024, o Congresso Nacional aprovou um projeto de lei que retirou a silvicultura (cultivo de florestas de eucalipto e de pinus) da lista de atividades potencialmente poluidoras”. “Esta mudança, sancionada pelo Presidente em junho de 2024 (Lei 14.876/24), alterou a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/81) e isentou a atividade do licenciamento ambiental mais exigente e da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (TFCA) do IBAMA, sob o argumento de que o cultivo é uma atividade agrícola sustentável e benéfica ao meio ambiente”.
“Antes disso, até então, a percepção sobre a sustentabilidade do eucalipto era objeto de debate, com defensores argumentando seus benefícios (como a proteção de algumas florestas nativas intercaladas mais no seu médio sequestro de carbono) e críticos apontando nos impactos negativos (como o consumo de água e a criação de "desertos verdes"). O reconhecimento legal como atividade não poluidora representou, então, um novo Marco legal, totalmente suspeito, mas muito importante no atual contexto de forçar bem mais capturas de divisas em Us$ mais de lutas contantes e acirradas por bem maiores arrecadações diárias (talvez para salvar o INSS).
Verdade é que desde esta Lei recente, os questionamentos mundiais sobre as sustentabilidades socioambientais do eucalipto no Mundo e no Brasil explodiram, ao ponto de a BBC News os classificar como Desertos Verdes e de a famosa Wikipedia declarar o cultivo como nefasto mundialmente, vez que as buchas/tampões decorrentes, mesmo que mínimas, das destinações dos papel para os lixos e curso d’agua em misturas com alimentos mais com agua já provocam muitos e caríssimos entupimentos das redes - com péssimos prejuízos socioambientais e de saneamentos básicos para muitos - e por no mínimo 20 anos.
“Fato é que esta Lei impensada e no momento errado já gerou debates, com defensores argumentando que a silvicultura é uma atividade agrícola sustentável e benéfica, e oponentes, incluindo ambientalistas reais e alguns parlamentares reais, expressando serias preocupações com os impactos ambientais, como consumos e contaminações de águas e de formações de ainda mis "desertos verdes" (via monoculturas com baixas biodiversidades)”.
“Embora a posição oficial do MMA ou da Ministra Marina Silva sobre essa lei específica não esteja detalhada nos resultados, a mudança na legislação indicou uma tendência de flexibilização da regulamentação para o setor, o que foi criticado por especialistas em meio ambiente. O debate sobre os impactos do eucalipto continua com estudos apontando seus efeitos negativos em nascentes e nos ecossistemas locais se o manejo for inadequado”, o que ocorre quase sempre.
A decisão gerou debates, pois: 1) Defensores argumentam que a silvicultura é uma atividade agrícola sustentável e benéfica para a economia e o meio ambiente; 2) Críticos e ambientalistas (como a ABRAMPA - Associação Brasileira de Membros do Ministério Público) expressam preocupação com os impactos ambientais como sobre o consumo elevado de água e a degradação de nascentes em algumas regiões, argumentando que a lei facilita a expansão descontrolada dessas monoculturas sem a devida avaliação de impacto; 3) A Embrapa não emitiu uma "declaração" única e formal em um ano específico afirmando que o cultivo de eucalipto é universalmente sustentável em todas as condições. Em vez disso, a sustentabilidade do cultivo de eucalipto é um tema de pesquisas e debates contínuo, segundo ela (se defendendo e/ou enxugando gelo no ditado popular). Diversos estudos e publicações por um núcleo talvez protetor – talvez bem mais sujeitos aos intensos lobbies - da EMBRAPA e ao longo de várias décadas tentam demonstrar que, sob práticas de manejo adequadas e em locais apropriados (isto é: até na “Lua” e de gelo”), “o cultivo pode ser sustentável e até oferecer benefícios ambientais, como o sequestro de carbono e a recuperação de áreas degradadas”.
Analisemos agora alguns marcos temporais, divulgações e publicações anuais anteriores e defesas pela EMBRAPA, mas muitos importantes no histórico de publicações e de posicionamentos, sendo todos até ESTRANHOS, POIS MUITO FAVORÁVEIS AOS EUCALIPTOS, e que são:
a) 2002: “Estudos técnicos já apontavam a produção média de florestas e fixação de carbono”;
b) 2014: “Um programa de rádio ("Prosa Rural") da Embrapa discutiu a sustentabilidade da cultura do eucalipto, destacando-a como alternativa para pequenos e médios agricultores”;
c) 2017: “Estudos desenvolvidos pela Embrapa Monitoramento por Satélite comprovaram resultados referentes à sustentabilidade e vantagens da silvicultura em diferentes biomas, gerando ganhos ambientais e econômicos”;
d) 2021: “A Embrapa lançou o livro "O eucalipto e a Embrapa: quatro décadas de pesquisa e desenvolvimento", que resgata as distintas linhas de pesquisa e avanços na área, abordando a amplitude de temas relacionados à sustentabilidade do eucalipto”;
d) 2024: “Novas pesquisas da Embrapa continuaram a reforçar os benefícios, como a capacidade do eucalipto de armazenar grandes quantidades de carbono no bioma Cerrado”.
Em resumo: “a posição da EMBRAPA, segundo eles, é baseada em evidências científicas acumuladas ao longo do tempo, indicando que a sustentabilidade depende fortemente do manejo correto, da escolha de clones adequados e da integração com a paisagem e outros sistemas de produção (como sistemas agroflorestais adequadíssimos/caríssimos/duvidosos e quando possível se na ’Lua” e de gelo). Não houve uma declaração pontual, mas sim um conjunto de pesquisas que evoluíram o entendimento sobre o tema”.
Recente (outubro/2025) - talvez se protegendo ou já reagindo contra denúncias que podem surgir contra si na próxima COP 30 em novembro/2025 em Belém (PA) - o MMA Ministério do Meio Ambiente – através de seu órgão CONABIO - Comissão Nacional de Biodiversidade publicou um artigo dificílimo de interpretar propondo que o eucalipto mais os Pinus sejam incluídos nas Lista Nacional de Espécies Exóticas Invasoras (pagina que depois sumiu, misteriosamente, do Linkedn) mas que ainda foi preservada e está presente em https://agro.estadao.com.br/agropolitica/lista-de-especies-invasoras-do-mma-pode-incluir-eucalipto-pinus-jaca-e-manga . Tal proposta, obviamente, provocou imediatamente fortes reações do setor florestal brasileiros, talvez com algum órgão e/ou alguém pagando e muito, que alertaram apenas para os impactos produtivos de tal medida (ninguém consegue se lembrar das destruições de solos, águas, biomas e danos químicos e dos maus efeitos socioambientais já comprovados em todo o Mundo, indicando que muitos brasileiros parecem que - sem entrar nos méritos - têm até duplas faces: de “carne/osso” e de” pau”)
No caso das produções de papel, adicionalmente, segundo diagnósticos recentes pela UFSC “não podemos negar a sua importância na sociedade como uma atividade econômica, porém, este pode vir a degradar e destruir o meio ambiente se algo em seu ciclo de vida não for executado de acordo com uma política de responsabilidade social. Nas florestas industriais, durante o o período de crescimento das árvores, há a absorção de gases de carbono, que são liberados na atmosfera quando elas são cortadas, impacto este que não pode ser evitado. O transporte tanto da celulose quanto do papel até o comércio é realizado por caminhões, que normalmente utilizam combustíveis fósseis, liberando gases poluentes na atmosfera. Entretanto, este impacto pode ser minimizado através da regulagem dos motores e economia de combustível”. Vide mais detalhes em: https://portalvirtuhab.paginas.ufsc.br/files/2014/08/ACV-PAPEL.pdf ”.
Outro impacto ambiental, ainda segundo a UFSC, é relacionado à coloração do papel. “Para que o papel seja fique totalmente branco é feito um processo de clareamento químico que é muito poluente”. “Assim como em outros tipos de monocultura, plantios florestais podem causar outros impactos com desmatamento; impactos sobre a biodiversidade da região; problemas de descarte; erosões; poluição; etc.”.
Vejamos o ciclo de vida do papel no Brasil, conforme ótimo diagnostico pela UFSC. Vide de forma completa em: https://portalvirtuhab.paginas.ufsc.br/files/2014/08/ACV-PAPEL.pdf.
O ciclo de vida do papel no Brasil consiste das seguintes etapas:
1) Etapa 1 - No Brasil o ciclo de vida do papel inicia-se com plantio do eucalipto, que leva de 06 a 07 anos para atingir a idade de corte. O pinus também é utilizado, porém em menor proporção. Para a produção de 01 tonelada de papel são necessárias aproximadamente 02 toneladas de eucalipto, que equivale a cerca de 20 árvores. A principal matéria-prima do papel é a celulose, que é obtida a partir de fibras celulósicas, retiradas dos troncos dessas árvores;
2) Etapa 2 - As árvores, após serem colhidas e cortadas, passam por um processo no qual são descascadas e estilhaçadas para que sejam cozidas e assim, formem a pasta papeleira. Esta pasta é submetida, então, a um processo de branqueamento que utiliza diversos reagentes químicos, e entre um estágio de outro do processo, a pasta é lavada com grandes quantidades de água para que a cor natural seja removida. Após o processo de branqueamento, que é realizado com diversos produtos químicos, é feita a secagem, que resulta em uma folha contínua de celulose, que em seguida é cortada em pedaços retangulares, que são transportados em fardos até as fábricas onde o papel será produzido;
3) Etapa 3 - Aqui é feita a produção do papel. Na fábrica de papéis, as folhas de celulose retornam à condição de polpa, que é introduzida em uma máquina com outros elementos inorgânicos para proporcionar maior uniformidade, lisura e opacidade e também, se necessário, somam-se colas e corantes para obter-se outros tipos e cores de papel. Posteriormente, a pasta obtida é misturada a grades quantidades de água formando uma solução aquosa que será introduzida nas máquinas e cilindros que formarão a folha de papel;
4) Etapa 4 - Nesta etapa é feita a transformação do papel, onde, após ser enrolado em enormes bobinas, será cortado, impresso e também finalizado com acabamento em diferentes formatos de acordo com as diversas utilizações que pode assumir, tais como envelopes, caixas, sacos, etc. Após a finalização o papel será embalado, usualmente em embalagens plásticas;
5) Etapa 5 - Nesta etapa é realizado o transporte da indústria ao comércio. Assim como no transporte da celulose, no início do ciclo, geralmente este deslocamento é realizado por transporte rodoviário, ou seja, também muito poluente. A exportação normalmente é feita por navios, que também são movidos quase que somente por combustíveis fósseis;
6) Etapa 6 - Esta etapa trata-se do papel sendo utilizado por seus consumidores em diversas formas, como em livros, cartas, jornais, etc.;
7) Etapa 7 - Depois de recolhidos os resíduos dos usos são selecionados e triados, seguindo diretamente para a reciclagem, quando realmente existente (no Brasil é mínima);
8) Etapa 8 - O processo de reciclagem fecha o ciclo. Quase todo os tipos de papel podem ser reciclados, o que geraria economia de recursos naturais. Neste processo, há redução considerável do consumo de energia e água e da poluição da água e do ar, se comparado à fabricação do papel a partir da matéria-prima. O papel descartado pode ser transformado em papel novo, que pode ser reciclado de 5 a 7 vezes. A cada ciclo, o papel resultante perde tamanho, flexibilidade e capacidade de ligação. Devido à ausência de políticas públicas para o incentivo da reciclagem do papel, o índice é muito baixo, de apenas 37,0% nos melhores locais com muitos comércios vizinhos. Para que a reciclagem possa ser feita, é preferível que o papel esteja seco, limpo (sem gorduras) e de preferências rasgado (não amassado). A reciclagem evitaria ainda o descarte de papéis no meio ambiente, diminuindo a quantidade de resíduos que são levados aos lixões e aos aterros.
3) ARTIGO -
- Eucaliptos e Pinus - Pontos Fortes e Oportunidades das Cadeias no Mundo e no Brasil -
Para a Indústria Brasileira de Árvores IBA ( https://iba.org/), os eucaliptos já têm grande importância comercial na economia brasileira, pois já são cerca de 5,5 milhões de hectares plantados com este gênero e com uma produtividade média de 39 m³/ha/ano. A produtividade, contudo, depende de diversos fatores, como o local de plantio, os tratos culturais e os insumos disponibilizados.
Os cultivos dos eucaliptos mais dos pinus no Brasil, contudo, ainda não têm uma grande importância socioeconômica como muitos pensam e super valorizam. Os números setoriais são confusos ou imprecisos, talvez até intencionalmente, pois no Brasil, em 2019, segundo a Wikipedia, o setor foi responsável por 5,0% do PIB. Já, em 2023, para a Consultoria Brasilagro com dados do IBA acima, o Setor teve receita bruta de R$ 260 bilhões em 2023 e representa 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro; sendo que a indústria produziu 24,3 milhões de toneladas e a área plantada no Brasil para fins industriais chegou a 10,2 milhões de hectares. Vide mais dados em: https://www.brasilagro.com.br/conteudo/quem-sao-as-maiores-produtoras-de-papel-e-celulose-no-pais.html .
Em 2022, o Brasil era apenas o 9º maior em áreas plantadas com florestas totais no Mundo, mas, somente significando 2,8% das áreas totais, ante 27,3 % pela China; 9,1% pelos EUA; 6,9% pela Rússia e 5,5% pelo Canadá. Existem cerca de 730 espécies reconhecidas botanicamente.
Já no cultivo mundial de Eucaliptos, o Brasil também somente ocupava o nono lugar mundial em áreas plantadas, estas concentradas principalmente no Centro-Sul do país. Já eram mais de 7,8 milhões de hectares plantados (forte diferença ante os números acima pelo IBA) – inclusive áreas em reservas e não comerciais - no Brasil, segundo o IBGE, lembrando que nossa área somente agrícola cultivada total (exceto os de 175,0 a 220,0 milhões de hectares com muitos tipos de pastagens boa parte já degradadas) já chegava a 110,0 milhões de hectares, sendo 84,4 milhões somente com grãos mais algodão. Eucaliptais estes distribuídos entre Minas Gerais (2,3 milhões), Mato Grosso do Sul (1,4 milhão), São Paulo (1,3 milhão), Paraná (1,2 milhão), Santa Catarina (1,1 milhão), Rio Grande do Sul (1 milhão) e Bahia (0,7 milhão). Contudo, a área total ainda disponível para os diversos cultivos agrícolas no Brasil ainda era gigante e chegava a 236,5 milhões de hectares (isto fora as áreas acima de pastagens degradadas e a bem recuperar para também bem produzir). O que muito preocupa a todos no Mundo é se elas conterão novos cultivos, realmente, socioambientais sustentáveis reais (sobretudo para os novos biocombustíveis, em especial para novos bioóleos aéreos, navais e locomotivos etc. de Macauba, todos caros e revolucionários e altamente redutores reais das emissões de Co2) ou se serão bem mais ou apenas ainda mais “plantations”, já muito condenáveis por especialistas renomados - ambientalistas e não ambientalistas - e de todo o Mundo.
Em 2020, para o Ministério de Minas e Energia – via EPE Empresa de pesquisa Energética - o Brasil sempre foi altamente competitivo na produção de celulose, em especial na etapa florestal, devido ao clima, solo e P&D, e com isso hoje o Brasil já exportava cerca de 70,0% de sua produção. Na União Europeia, por exemplo, a razão entre produção de celulose por papel foi cerca de 40,0% em 2019, indicando que o bloco era grande importador de celulose. Vide mais detalhes em português em https://www.epe.gov.br/sites-pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/PublicacoesArquivos/publicacao-650/Pulp%20and%20paper_EPE+IEA_Portugu%C3%AAs_2022_01_25_IBA.pdf .
Segundo o IBA, de forma geral, espécies de eucalipto têm sido preferencialmente utilizadas devido ao seu rápido crescimento mais suas capacidades de adaptações às diversas regiões ecológicas e pelo potencial econômico, tendo em vista a utilização diversificada de sua madeira. A alta produtividade de madeira, com menores custos e maiores taxas de retorno do investimento, também conferem grande atratividade ao cultivo do eucalipto, garantindo alta competitividade de seus produtos nos mercados externos e interno.
“Após 2020, ante a produção de 2019, houve um incremento de 140,0%, impulsionado pelos avanços tecnológicos e pelo maior valor da celulose. O preço da celulose tem estado alto e isso incentiva os produtores a investirem tanto em mais tecnologias, quanto nos aumentos das áreas plantadas” segundo o IBGE.
Em 2022 (últimos dados confiáveis disponíveis), também segundo o IBGE, o Brasil ultrapassou a marca de 9,5 milhões de hectares de florestas plantadas (silvicultura), dos quais 7,3 milhões de hectares (77,3%) somente com eucaliptos. Juntos, eucalipto e pinus foram responsáveis pela cobertura de 96,0% das áreas cultivadas com florestas plantadas para fins comerciais no país. Vide em: https://acr.org.br/ibge-divulga-numeros-da-producao-da-extracao-vegetal-e-da-silvicultura/ .
Em 2023, entretanto, para a Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (ABIMCI) já eram 7,4 milhões de hectares somente de eucalipto mais 1,7 milhão de hectares de pinus mais 0,38 milhões de hectares de outras espécies, totalizando cerca de 9,48 milhões de hectares com tais cultivos para celuloses.
Em 2023, sabe-se que o Setor florestal de celulose/papel/papelão - já com Us $ 10,3 bilhões em divisas de exportações pelo Brasil (dados poucos confiáveis) - viabilizava ainda muito pouco e significava apenas 3,0% das exportações do País (o Brasil já era o 2º maior produtor de celulose total do Mundo).
Em 2024, em termos de riquezas geradas/estocadas no Brasil segundo o IBGE, o Valor Bruto da Produção da silvicultura mais da extração vegetal em 4.921 municípios cresceu 16,7% somente ante 2023 e já somava R$ 44,3 bilhões. O valor da produção da silvicultura continua superando o da extração vegetal, o que ocorre desde o ano 1998. A silvicultura manteve a trajetória de crescimento dos últimos anos ao atingir o valor de R$ 37,2 bilhões, alta de 17,4% em relação ao alcançado em 2023. Já a extração vegetal subiu em 13,0% em relação ao ano anterior, quando havia variado 0,3% e com o Valor Bruto de Produção ultrapassando R$ 7,0 bilhões em 2024.
Ainda em 2024, a silvicultura total brasileira já respondia por 84,1% do setor, com R$ 37,2 bilhões, enquanto a extração vegetal somava R$ 7,0 bilhões. Minas Gerais liderou a silvicultura nacional com receitas brutas totais de R$ 8,5 bilhões, seguida pelo Paraná com R$ 6,3 bilhões.
Em 2024, somente as exportações de celuloses, para o IBGE, alcançaram Us$ 10,6 bilhões de dólares de exportações, um crescimento de 33,2% frente a 2023.
No entanto, por diversos motivos, já há excesso de celulose no Mundo, sendo que os estoques globais, já superam 50 dias de consumo, um mau indicativo setorial, mas, ainda pior, altamente prejudicial para todo o Mundo, pois indica que no máximo em 01 ano, quase todo o papel, papelão e outros itens são novamente queimados e retransformados em novo Co2 e produzidos a partir de arvores que já os sequestram muito pouco, medidos em kg/hectare/ano (o que se alia também as suas altas emissões em seus processos produtivos agrícolas e, pior, industriais).
Até 2024, a demanda global pela celulose cresceu em média 1,5% ao ano, sendo que a China (talvez o pior exemplo ambiental para o Mundo) continua no topo, consumindo mais de 40,0% da celulose mundial, seguida pela Europa e pelas Américas.
Assim - embora a produção mundial pudesse ser bem mais utilizada para tecidos e até embalagens não plásticas - trata-se, Salvos Melhores Juízos, de mais um Setor que precisará de elevada e rapidíssima reconversão socioambiental futura (isto se os Governos deixarem) - até porque os consumidores mundiais já começam a rejeitar bastante produtos que emitem muito Co2, o que tende a ampliar muito e rápido - , senão os seus Co2 relançados/devolvidos, rápida e diariamente (sobre via queimas e incinerações de lixos e de bilhões de embalagens), continuarão inundando a atmosfera mundial, tipo aquela estória de “ciclo continuo” altamente poluidor e, pior, até possivelmente, enquadráveis com “greenwashing” continuados e/ou “fake news socioambientais”, infelizmente.
No início de 2025, o BNDES anunciou um financiamento milionário de R$ 250 milhões para a Suzano restaurar 24.304 hectares de áreas degradadas pela monocultura de eucalipto em regiões de preservação permanente e de reserva legal nos biomas a seguir. O valor faz parte do Fundo Clima, iniciativa da instituição que financia projetos de economia de baixo carbono, gerida pelo Ministério do Meio Ambiente e com coordenação do Ministério da Fazenda. De acordo com o Banco, é o maior financiamento dessa ordem já aprovado pela instituição. A Suzano é uma multinacional brasileira, líder na produção mundial de celulose, que opera 2,6 milhões de hectares florestais em áreas de matas nativas da Mata Atlântica, da Amazônia e do Cerrado, a maior parte destinada ao plantio de eucalipto (com cerca de 1,5 milhão de hectares).
Estima-se que, ao final do projeto, as áreas restauradas capturarão cerca de 228 mil toneladas de CO2 equivalente por ano, segundo a comissão técnica do BNDES, uma boa notícia inicial, mas ainda pouco compensadora das imensas dificuldades socioambientais e tecnológicas como veremos a seguir.
A meu humilde ver, beneficamente socioambiental e economicamente - também já começa a surgir, incialmente no Brasil, uma tendencia clara de substituição de muitos cultivos atuais de eucaliptos e de pinus (iniciando pelos menos rentáveis e localizados em locais menos férteis, menos chuvoso e, principalmente, mais amorreados) para os cultivos da nossa nova Macauba para os novos biooleos aéreos, náuticos, locomotivos etc., caros, raros e com demanda mundial ascendente e exigida. Como já bem descrito, nossa nova Macauba EMBRAPA Montes Claros/ACELEN biorefinaria - originaria dos Cerrados - já consegue produzir até 7 vezes mais óleo por hectare/ano do que a famosa soja, além de seus resíduos proteicos muito seguirem para alimentações de animais (como na soja também para farelos e no Milho para DDGs), mas tudo isto de forma bem adaptada e até perene por 20 anos até 50 anos e também recolhendo bons níveis anuais de Co2.
Sabe-se que nos cultivos em sistemas de fomentos florestais incentivados de eucalipto e de pinus na maior parte do Brasil (uma grande e fundamental expertise setorial), os agricultores assumem todos os riscos, inclusive climáticos, mas, infelizmente - e como a título de aluguel anual – somente ficam com até 15,0% da renda liquida final de cada hectare bem conduzido, ficando os gigantes 85,0% para os demais elos, sobretudo para tais empresas gigantíssimas de celuloses. No caso da nova Macauba para óleos, esta prevista renda liquida anual e muito segura e por muitos anos pode chegar até 30,0% - 40,0% do liquido, ou seja, pelo dobro do eucalipto atual. Assim, esta nova Macauba, além de ser bem menos exigente em solos, climas, locais e renovações/replantios sequentes e caros etc.., pode render bem mais financeiramente para os agricultores participantes muito bem pré-selecionados e bem conduzidos (principalmente para os com agricultores familiares com terras e/ou com pastagens já bem degradadas/amorreadas/pouco férteis e até arenosas/secas do semiárido/distantes=isoladas etc. ou, seja, estas até com lucros anuais próximos ao “zero” e/ou até negativos, vez que ainda requerem custos) e do que os eucaliptos e pinus e com os mesmos sistemas de cultivos por fomentos florestais.
Assim, não será nenhuma surpresa se tais atuais empresas gigantes mundiais de celulose e de madeiras com suas elevadíssimas expertises com seus fomentos florestais também passarem a também apoiarem – conjuntamente e/ou isoladamente em novos projetos conceituais bem mais lucrativos para todos - os cultivos da nova Macauba para bioóleos aéreos, náuticos, locomotivos etc. (caros, raros e muito e muito demandados/exigidos por muitos anos a seguir) e aproveitando todas suas elevadíssimas experientes com cultivos via tais fomentos florestais, só que agora de formas perenes por 20 a 50 anos e com renda liquida por hectare/ano bem maiores e para todos, e melhor, com demandas crescentes e gigantes asseguradas por muitos anos. Eles apenas estariam seguindo o recente modelo e exemplo mundial recém recriado/dinamizado no Brasil pelo experto e trilionário Grupo árabe Mubalada/ACELEN, inicialmente, e já implantando um grande Projeto de Fomento com 100 mil hectares de pecuária degradada na região de Montes Claros - MG e para fabricarem incialmente tal SAF (Susteinable Aeronautic Fuel) em outra fábrica ao lado da sua nova Refinaria ACELEN em Camaçari – BA (um dos 03 caros, raros e já muito demandados bioóleos possíveis - altamente limpadoras reais de carbonos emitidos entre 70% se na querosene aérea e 80% no atual “bunker” marítimo - com a nova Macauba e que produz até 7 vezes mais óleo por hectare/ano do que a soja, mais bons farelos/resíduos para alimentações e animais locais). Vide mais dados completos e em português em meu artigo recente: “Alta renda liquida da Macauba por hectare (07 vezes mais óleo que soja + farelos resíduos) recuperará muitas pastagens mais semiáridos mais queimadas” EM: Alta renda liquida da Macauba por hectare (07 vezes mais óleo que soja + farelos resíduos) recuperará muitas pastagens mais semiáridos mais queimadas .
Então, sou muito mais a favor de reconverter-se pelo menos 60,0% das suas áreas mundiais atuais e futuras de eucaliptos e de pinus (talvez com resultados socioambientais e econômicos ainda duvidosos como se perceberá, claramente, no conjunto deste artigo ousado) em áreas para implantarem-se muito mais plantas ideais para novos biocombustíveis muito mais sustentáveis e bem maiores sequestradores reais e recuperadores rápidos de ar, solos, águas e biomas etc. com, por exemplo, ou para os acima em comparação de Macaúba para SAF biodiesel aeronáutico/navios.
Segundo o experiente e incansável engenheiro e pesquisador florestal, Adilson Pepino (Projeto “Beija Flor da AM”- Vide em: https://www.youtube.com/channel/UCuq9Ru-ZK79AVQjFZNmXLwA ), os melhores resultados socioeconômicos e ambientais atuais DE CAMPOS com reflorestamentos rapidíssimos - CIENTÍFICOS E REALMENTE SOCIOAMBIENTAIS POSITIVO S - NA AMAZÔNIA já são os obtidos com os cultivos, bem feitos e bem programados em consórcios de pinus (menos exigente em solos do que o eucalipto e com valores de venda de R$ 4,7 mil/tonelada como madeira industrial, mas que exige cultivos em larga escala) com o pau-de-balsa (madeira muito valorizada industrialmente, com ciclo máximo de 5 anos e ainda melhor do que o paricá – este com ciclo de 6 a 8 anos -,mas desde que com produtividade de 240 kg/m3 de pau-de-balsa).
- Eucaliptos e Pinus - Pontos Fracos e Ameaças nas Cadeias no Mundo e no Brasil –
Vejamos - inicialmente e conforme analises até que recentes por cientistas e órgãos socioambientalistas de renome mundial - as possíveis dificuldades e os problemas socioambientais ocasionados não somente durante as produções das arvores de eucaliptos e de pinus e de outros cultivos similares, como também de seus transportes, processamentos/industrializações e destinações finais corretas e/ou, sobretudo, muito incorretos.
Sabe-se que para a produção de 01 tonelada de papel são necessárias aproximadamente 02 toneladas de troncos de eucalipto que equivalem a cerca de 20 árvores. A principal matéria-prima do papel é a celulose, que é obtida a partir de fibras celulósicas, retiradas dos troncos dessas árvores.
Embora já muito bem defendida/blindada pelas principais entidades empresariais setoriais - mais por seus fortes e bem pagos lobistas em Brasília mais por muitos representantes dos seus cultivadores - em 2024, a gigante rede mundial BBC Brasil muito surpreendeu todo o Mundo cientifico e socioambiental ao lançar o seu famoso artigo/diagnóstico: 'Desertos verdes'? Os riscos ambientais das medidas que incentivam as florestas de eucalipto sem licenciamento” (e que bateu de frente com a Lei Lei 14.876/24 acima, aprovada nas barbas/cochilos do Governo Federal e sob os incríveis auspícios protetores/incentivadores, talvez apenas teóricos, da EMBRAPA Cerrados). Vide e analises bem em: https://www.bbc.com/portuguese/articles/cxeev8l3mpko .
Pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) - muito corroborando com o que a BBC diagnosticou e publicou acima – conduziram estudo também teórico citando que monoculturas de eucalipto são responsáveis por reduzir em quase 30,0% a biodiversidade de espécies de “invertebrados bentônicos”. As monoculturas também tendem a exportar os nutrientes das árvores, que os adquirem do solo e não os retornam totalmente via matéria orgânica, o que pode levar à sua acidificação. Para eles, o uso extensivo de água pelas monoculturas de eucalipto (assunto/conhecimento vital, mas ainda muito polêmico no Brasil, pois quase não há pesquisas realmente interessadas e isentas e sem lobbies e pressões acerca) gera, ainda, processos de erosão no solo, que fica desprotegido e sujeito aos aumentos de temperatura e a um maior impacto da água da chuva, o que também foi bem evidenciado pesquisadores da Universidade Estadual de Goiás: “A ocorrência de compostos alelopáticos, principalmente nas folhas, é outro ponto preocupante. As folhas de eucalipto dispersas na serapilheira, durante o período de chuvas, são levadas para rios e lagoas através da lixiviação e, entrando em contato com o ambiente aquático, liberam constituintes químicos, como os do óleo essencial”.
Para complicar ainda mais a suspeitas e até já comprovadas – como se verá - grandes insustentabilidades dos eucaliptos e pinus (tão defendidos e tão incentivados, talvez até claramente apenas para muito ampliar-se as arrecadações mais um pouco de empregos apenas locais), os diagnósticos a seguir comprovam que o sequestro real, e DEFINITIVO, de carbono pelos eucaliptos ou pinos, expressos, em kg/hectare/ano, não são em níveis elevados (como o Setor informa e jura), mas em níveis medianos, havendo arvores/madeiras tropicais no Brasil já muito mais rápidas (paricá, angico branco, tatajuba etc..) e que crescem até 2,0 metros/ano e para a produção de boas madeiras e sem nós, ou seja, que sequestram muito mais carbono, pois fotosintetizam até o dobro, por conterem bem mas clorofilas nos seus cloroplastos. Também, comparando os sequestros totais anuais somente de Co2 por hectare, enquanto a vida útil dos eucaliptos é somente de até 07 anos e no pinus, de 05-06 anos (não há rebrotas, como na cana ou nos cultivos anuais de cana e até bianuais do milho - inclusive no pós soja -, ambos com seus ganhos socioambientais e energéticos limpos gigantes e comprovados, sobretudo se para etanol) prova-se que nos cultivos da nossa nova Macauba da EMBRAPA/ACELEN para biooleos limpadores de outros combustíveis aéreos, náuticos e locomotivos etc. (caros, raros e com demanda mundial crescentes - vide abaixo), a vida útil é de 20 a 50 anos, conforme a tecnologias utilizadas, ou seja, que esta – ainda sem melhoramentos ideias - já pode pode sequestrarem até 07 vezes mais Co2 no seu ciclo de vida total, ante os dos eucaliptos etc., além de não exigiram novos preparos de solos, fertilizações etc.. para seus replantios exigidos (que liberam muito Co2 com suas maquinas, além de revolverem os solos e desenterrando e expondo carbonos até para suas queimas locais mais das serrapilheiras deixadas).
Estudos brasileiros pouco claros, por justiça, apontam que os eucaliptos bem cultivados podem sequestrar até 674 toneladas de carbono por hectare e por ano. Contudo - sem deméritos, mas infelizmente - pode ser que tais dados já em inglês; vide abaixo; visivelmente, bem mais teóricos de 2024 pela EMBRAPA Cerrados mais da UNB pois não citam resultados e dados de suas medições de níveis e de volumes de sequestros mensais de Co2 (como é comum e exigido em diagnósticos externos – vide após - e até alguns poucos internos similares, esses que exigem até caríssimas torres elevadas de medições dos carbonos sequestrados mais até medições por satélites da NASA) tudo em experimentos em arvores de área rural muito fértil e chuvosa de cerrados na cidade satélite de Paranoá e com plantações clonadas com 04 anos e 06 anos, não para produções de celuloses e sem citar-se os seus espaçamentos e tratos culturais etc.. Além disso, temos – cientificamente – que uma coisa é até muito sequestrar mesmo que teoricamente (mesmo que lentamente e por até 07 anos sem renovar a planta) e outra – bem diferente - é conseguir guardar e/ou bem estocar o Co2 nas formas de troncos e/ou e moveis-mobiliários e/ou de vigas/materiais de construção e/ou até bem enterrar em definitivo tais carbonos. Para ter efeitos sequestradores e destinos finais, realmente benéficos, tudo precisaria ocorrer SEM PERMITIR REQUEIMAS/DEVOLUÇÕES DE CO2, OU SEJA, NUNCA COM OCORRÊNCIAS DE NOVOS RELANÇAMENTOS EM ATÉ 06 MESES DE SEUS CARBONOS PARA O AR (situação normal nas produções com requeimas rápidas de papel e de papelão, como se verá a seguir). Vide Diagnóstico da EMBRAPA Cerrados e UNB em inglês em: “Eucalyptus can store large amounts of carbon in the Cerrado biome” em: https://www.embrapa.br/en/busca-de-noticias/-/noticia/87022164/eucalyptus-can-store-large-amounts-of-carbon-in-the-cerrado-biome#:~:text=A%20study%20coordinated%20by%20Embrapa,674.17%20t/ha%20of%20CO2 .
Contrapondo muito como o que a EMBRAPA CERRADOS mais a UNB discorrem acima, dados de campo anteriores publicados pela UFMG – baseados em muitos dados anteriores de campo e por diversos cientistas - afirmaram que o eucalipto é um médio sequestrador de carbono isolado e acumulado, chegando a 105 mg/há, mas ISTO SOMENTE OCORRE DURANTE SEUS 07 ANOS, período médio do seu ciclo para produção de celulose e similares, ou seja, seu sequestro real não-acumulado é elevado e de quase 16,0 mg/há/ano (ainda bem abaixo ante gramíneas “mischantus” dos EUA e de novas arvores do Brasil, como paricá e o angico branco e que crescem até 2,00/metros/ano e produzem madeira de boa qualidade para moveis e exportações etc..). Vide, então, ainda a até heroica e corajosa tese de mestrado na UFMG em 2014 - comparando sequestros/” FOTOSSÍNTESES aplicadas” por pastagens e cultivos de grãos na maioria dos Estados do Brasil - é a da mestra Prof. Ms. Juliana Davis (Vide em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/IGCM-AXAPL2/1/dissertacao_juliana_leroy_davis.pdf . ).Em complemento, vide também bons diagnósticos acerca no exterior em: https://bioenfapesp.org/scopebioenergy/images/chapters/bioenergy_sustainability_scope.pdf MAIS em https://febs.onlinelibrary.wiley.com/doi/pdf/10.1016/0014-5793(76)80236-0.
Desde 1976, muitos dados científicos de laboratórios mais de campos, apresentados pelo Kings College” da Universidade de Londres – também como prova acessória e fortemente respeitada também contrária aos defensores brasileiros acima (vide na tabela 02) - no diagnostico comparativo de muitos cultivos no Mundo em inglês: “PHOTOBIOLOGICAL ENERGY CONVERSION’ que os cultivos com maiores eficiências % fotossintéticas, ou seja, os maiores sequestradores reais de carbonos para a produção de clorofilas e similares por hectare/ano nos principais países produtores/exemplos mundiais foram (e ainda são) pela ordem descendente: 1) Capim Napier de El Salvador com crescimento vigorosíssimo e rápido para cortes arraçoamentos de animais e com eficiência solar fotossintética de 4,2%; 2) Cana de Açucar do Havai com eficiência solar fotossintética de 3,8% (no Brasil, pode sequestrar ainda mais); 3) Milho do Kentucky muito fértil com com 3,4% da radiação total absorvida; 4) Milho na Inglaterra também com 3,4%; 5) Capim Sudão da California com 3,0%; 6) Arroz irrigado nas Filipinas com 2,9% (no Brasil deve ser bem mais); 7) Florestas de pinus/eucaliptos da Austrália com apenas 2,7 % de transformação (no Brasil deve ser igual, o que demonstra que considerado o longo período necessário para todo o cultivo, os sequestros, reais, não são tão elevados/eficazes, comparativamente, como muito afirmam acerca, vez que no Brasil a maioria dos professores e até nossas Universidades públicas têm até pavor de falar ou de escrever sobre isto etc.). Já considerando os sequestros na forma de estocagens (rendimento estocado em peso seco) - descritas em produtividades médias obtidas em gramas/m2/dia - temos a seguinte ordem, também decrescente e nos principais países produtores/exemplos mundiais: 1) Milheto rápido/Painço e até bianual da Australia com deposição/estocagem de 54 gramas/m2/dia (no Brasil deve ser até mais); 2) Milho rápido da Califórnia com 52 gramas; 3) Capim Sudão da California com 51 gramas; 4) Florestas de Pinus/eucaliptos da Austrália com rendimento de 41 gramas/m2/dia (no Brasil deve ser igual e, novamente, com baixos/apenas medianos resultados); 5) Milho do Kentucky muito fértil de 40 gramas/m2/dia (talvez igual no Centro-Oeste do Brasil); 6) Capim Napier de El Salvador com 39 gramas; 6) Cana do Havai com apenas 37 gramas/m2/dia de estocagem/sequestro; 7) Arroz irrigado das Filipinas com 27 gramas. Vide muitos dados de campo em inglês do “Kings College” acima em: em https://febs.onlinelibrary.wiley.com/doi/pdf/10.1016/0014-5793(76)80236-0 .
Notem no diagnóstico acima que no caso da cana de açúcar total (açúcar e/ou etanol), o sequestro acumulado pelo cultivo chegava a 31,7 mg/hectare, mas isto em 01 ano (colheita anual e em até 02 socas/re-colheitas com a mesma planta), o que ainda a mantem como campeã anual sequestradora de carbono, lembrando, contudo, que seu cultivo e, sobretudo, seu processamento também emite muito carbono, ou seja, com “footprint’ pegada de carbono” duvidosa e talvez até negativa em muitos locais, sobretudo nas usinas/destilarias com queima dos bagaços para gerações elétricas (bem ao contrário dos milhos para etanol + DDGs para ração animal rica). Vide mais dados comprovantes em meu artigo recente em português: “CO2 Arvores com 2-5 anos já capturam 11 x mais d que com 186”, disponível em: https://www.agrolink.com.br/colunistas/coluna/co2-arvores-com-2-5-anos-ja-capturam-11-x-mais-d-que-com-186_479000.html .
Por outro lado, o cultivo de milho simples (ainda não espirilado) para produção normal (ainda não para etanol + DDGS para ração animal rica) CHEGA a extrair 9,6 mg/hectare/ano de Co2 isto em cultivo com até 5 meses (possivelmente dobrando para 19,2 mg/hectare/ano no cultivo anual e sequente de milho para etanol + DDGS em até 10 meses/ano, mesmo no pós-soja, e assim já muito superando o sequestro anual total pelo eucalipto), tudo conforme se comprova na tabela 05 da mesma tese (vide meu artigo completo acerca acima).
Agora, verifiquemos/analisemos um pouco sobre os resultados e possíveis problemas socioambientais dos seus processamentos, a maior parte deles com altíssimos riscos de elevadas contaminações das aguadas e dos biomas locais.
O processo de produção de papel é distinto, com consumo específico menor e sem coprodutos para realizar cogeração, como no etanol de cana. Há elevados consumos de energia elétrica em basicamente todas as etapas, como prensagem e refino, e demanda por vapor para secagem.
Para a Wikipedia em 2023, o branqueamento de pastas químicas tem o potencial de causar danos ambientais significativos, principalmente por meio do lançamento de materiais orgânicos nos cursos d'água. As fábricas de celulose estão quase sempre localizadas perto de grandes corpos d'água porque requerem quantidades substanciais de água para seus processos
Ao contrário cientificamente, e até curiosamente, de muitos outros produtos finais, o papel/papelão têm um ciclo de vida socioambiental chamado de “circular” em que o fim não é, realmente, o seu final. Ou seja, após suas elevadas entregas aos seus consumidores finais, ele é queimado em curto tempo e/ou é estocado na forma de madeira/moveis/estacas etc. e fica até enterrados como serrapilheiras e até como raízes nos solos. Por exemplo, quando o papel é queimado, o oxigênio do ar combina-se com o carbono e parte do hidrogênio no papel, transformando parte dele em dióxido de carbono e vapor de água, que são levados embora com partículas e carbono na fumaça.
No Canadá, segundo a grande enciclopédia mundial Wikipedia em 2023, a produção de celulose e de papel foram as terceiras maiores emissões nocivas industriais para o ar, água e solo. Somente a indústria canadense de celulose liberou 174 mil toneladas de poluentes para o ar, água e solos, iguais a apenas 5,3% do total de emissões industriais maléficas no mesmo ano de 3,3 milhões de toneladas no Canadá.
Já nos EUA foram consideradas como a sexta mais prejudicial, sendo cerca de 5% de todos os poluentes industriais liberados em 2015 do total de resíduos liberados pela indústria de celulose e papel nos EUA, 66,0% foram liberados no ar, 10,0% na água e 24,0% na terra, enquanto que no Canadá, a maior parte dos resíduos (96,0%) foi lançada no ar. Vide mais dados em https://pt.wikipedia.org/wiki/Impacto_ambiental_do_papel .
No Brasil, na década de 2000, a produção de celulose passou a se expandir mais do que a de papel, aumentando a razão entre a produção de celulose e papel.
Ainda segundo o MME/EPE acima, sobre a produção de celulose no Brasil, “o processo produtivo inclui o cozimento da madeira para extração de celulose, gerando um líquido rico em compostos de sódio e de matéria orgânica, a lixívia ou licor preto. A lixívia é queimada em caldeiras de recuperação de reagentes químicos para a produção de vapor e de eletricidade. Algumas plantas já realizam o biorefino da lixivia, produzindo hidrogênio verde e metanol consumidos nas próprias plantas, e outros produtos como lignina. As unidades também realizam cogeração a partir de caldeiras de biomassa, tornando essa indústria – beneficamente - com taxas de renovabilidade acima de 85,0% e elevada autoprodução.
Segundo a AMDA – Associação Mineira de Defesa do Meio Ambiente: “Em 2018, o processo de cozimento da madeira gera efluente conhecido como “licor negro”, que tem elevadas cargas de matéria orgânica e sólidos em suspensão. Uma fábrica de celulose, que utiliza o processo kraft, produzindo 1000 t/dia pode despejar montante equivalente ao esgoto doméstico de uma cidade de 120 mil habitantes. Se este efluente não for tratado antes de ser despejado nos cursos d’água, pode causar gravíssimos impactos ambientais pois para ser processado pela natureza, retira todo o oxigênio da água, matando qualquer forma de vida. Por isso, todo efluente gerado tem de passar por estações de tratamento e só ser lançado nos rios atendendo às especificações da Resolução 357 do CONAMA e legislações estaduais. Durante esse processo, há formação de compostos voláteis de enxofre (mercaptanas) que liberam mau cheiro. Esses compostos são classificados, usualmente, como Gases Não-Condensáveis (GNC), que podem ser diluídos ou concentrados. Para reduzir o odor e também a emissão de partículas (Sox – óxido de enxofre, CO – óxido de carbono e Nox – óxido de nitrogênio) para a atmosfera, instalam-se incineradores de gases”. Porém, nem todas as empresas do setor possuem sistema de coleta e queima dos gases diluídos (apenas dos concentrados). Por isso, em muitas ainda é comum perceber esse cheiro forte em seu entorno”. Vide bem mais dados industriais muitos positivos para os altos lucros (apenas para as empresas multinacionais proprietárias/processadoras), mas que – fundamentalmente - são socioambientais negativos em: https://amda.org.br/ciclo-de-vida/2764-ciclo-de-vida-do-papel/
Nas sequencia informativa e para finalizar verifiquemos/analisemos um pouco sobre as destinações e os gigantes problemas socioambientais, socioeconômicos - e até contra os sanitarismos fundamentais - já detectados nos finais das cadeias, tudo que – salvos melhores juízos e muitos lobbies a favor - claramente, não recomendam tais cultivos de eucaliptos e de pinus nas bases atuais.
“O Brasil produz grandes quantidades de lixo por ano (idem de muito esgoto urbano e rural), sendo que a maior parte dos materiais que são jogados no meio ambiente onde se mistura com os recursos naturais e acarretam uma série de problemas nos ecossistemas e na sociedade. Dentre esses materiais, o papel é um dos que mais prejudica o meio ambiente, vez que sua utilização é contínua, enquanto o descarte é inadequado e frequente. Grande parte do problema associado ao descarte inadequado de papel diz respeito ao seu tempo de decomposição na natureza: a duração do processo é de 04 a 06 meses, podendo até demorar mais tempo dependendo das substâncias que compõem o material. Ao longo desse período, o papel fica acumulado na natureza, causando poluição e diversos prejuízos ambientais”.
Então, a famosa Enciclopédia digital mundial Wikipedia assim descreve sobre o papel e o papelão: “O impacto ambiental do papel é significativo, o que levou a mudanças na indústria e no comportamento, tanto no nível empresarial quanto no pessoal. Com o uso de tecnologia moderna, como a prensa e a colheita altamente mecanizada da madeira, o papel descartável tornou-se uma mercadoria relativamente barata, o que levou a um alto nível de consumo mundial e subsequente desperdício”. “As fábricas de celulose e papel contribuem para a poluição do ar, da água e da terra e o papel e papelão descartados representam cerca de 26,0% dos resíduos sólidos urbanos em aterros sanitários”. “A indústria de celulose e papel usa mais água para produzir apenas 01 tonelada de produto do que qualquer outra indústria” - Vide mais detalhes em português em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Impacto_ambiental_do_papel .
Outros dados interessantes sobre poluições, insustentabilidades e reciclagens de papel e papelão no Brasil são: 1) Menos de 50,0% de produção brasileira de papel ondulado ou papelão é reciclada atualmente, o que corresponde a cerca de 720 mil toneladas de papel ondulado. O restante é jogado fora ou inutilizado; 2) Somente 37,0% do papel de escritório é realmente reciclado, o resto (63%) é queimado. Já o papel de uso comercial a reciclagem deve ser bem menor, pois seu tempo de uso é muito mais curto, idem da consciência ambiental do consumidor; 3) Dos volumes gigantes de lixos produzido no Brasil (entre 800 gramas e 1.200 gramas/habitante/dia conforme o local e a renda, sendo entre 50,0% e 60,0% de água), cerca de 39,0% é de papel e papelão. Vide mais dados em: https://ambientes.ambientebrasil.com.br/residuos/estatisticas_de_reciclagem/estatisticas_de_reciclagem_-_lixo.html#:~:text=Somente%2037%25%20do%20papel%20de,reciclado%2C%20o%20resto%20%C3%A9%20queimado.
Segundo o setor, atualmente, menos de 50,0% de produção nacional de papel ondulado ou de papelão é reciclada, o que corresponde a cerca de 720 mil toneladas de papel ondulado, sendo o restante jogado fora ou inutilizado. Segundo informes sérios, somente 37,0% do papel de escritório é realmente reciclado, sendo o resto, 63,0%, queimado. Assim, conforme diagnósticos sérios, até cerca de 65,0% da pasta de eucaliptos ou de pinus (celuloses) que se tornam papel ou papelão em muitos locais novamente são queimados e viram novo carbono lançado para o ar e isto em talvez até apenas 06 meses após as fabricações de tais celuloses.
Outros dados interessantes sobre poluições, insustentabilidades e reciclagens de papel e papelão no Brasil são: 1) Menos de 50,0% de produção brasileira de papel ondulado ou papelão é reciclada atualmente, o que corresponde a cerca de 720 mil toneladas de papel ondulado. O restante é jogado fora ou inutilizado; 2) Somente 37,0% do papel de escritório é realmente reciclado, o resto (63%) é queimado. Já o papel de uso comercial a reciclagem deve ser bem menor, pois seu tempo de uso é muito mais curto, idem da consciência ambiental do consumidor; 3) Dos volumes gigantes de lixos produzido no Brasil (entre 800 gramas e 1.200 gramas/habitante/dia conforme o local e a renda, sendo entre 50,0% e 60,0% de água), cerca de 39,0% é de papel e papelão. Vide mais dados em: https://ambientes.ambientebrasil.com.br/residuos/estatisticas_de_reciclagem/estatisticas_de_reciclagem_-_lixo.html#:~:text=Somente%2037%25%20do%20papel%20de,reciclado%2C%20o%20resto%20%C3%A9%20queimado.
Assim, conforme diagnósticos sérios, até cerca de 65,0% da pasta de eucaliptos ou de pinus (celuloses) que se tornam papel ou papelão em muitos locais novamente são queimados e viram novo carbono lançado para o ar e isto em talvez até apenas 06 meses após as fabricações de tais celuloses.
Contudo, pelo lado da claríssima injustiça social provocada/incentivada, os catadores ainda somente os vendem pelo valor insignificante de R$ 0,06 kg de papel misto; R$ 0,07 kg de tetrapak; de R$ 0,09/kg de jornal e R$ 0,14/kg de papel branco.
Assim, das milhares de toneladas diárias dos papeis, papelões e embalagens intensamente fabricados no Brasil (usando diversos produtos químicos), infelizmente, eles já são considerados por muitos cientistas e entidades mundiais sérias como produtos não sustentáveis socioambientalmente e até muito poluidores (não apenas pelos ambientalistas).
Grande parte do problema associado ao descarte inadequado de papel também diz respeito ao seu tempo de decomposição na natureza: a duração do processo é de 04 a 06 meses, podendo até demorar mais tempo dependendo das substâncias que compõem o material. Ao longo desse período, o papel fica acumulado na natureza, causando poluição e diversos prejuízos ambientais”.
Ainda pior é que “quando o papel é queimado (o que ocorre com até 65,0% do total fabricado, ante 63,0% dos de escritórios como visto acima, sendo a maior parte queimada, ou seja, reconvertida em novo carbono atmosférico relançado e a novamente sequestrar e, isto tudo em até 60 dias), o oxigênio do ar se combina com o carbono e o hidrogênio do papel, transformando parte dele em dióxido de carbono e vapor de água, que são levados embora com partículas de carbono na fumaça. Isso, sem surpresa, deixa as cinzas sólidas restantes mais leves do que o papel original” (a massa do papel diminui durante a combustão porque as moléculas que se formam são gasosas e se dissipam) - Vide em inglês “All Burned Up: Where Does Burnt Paper Go?” em https://indianapublicmedia.org/amomentofscience/burned-burnt-paper.php
No Brasil, segundo diagnóstico, temos as seguintes vidas uteis médias, crescentes, dos diversos produtos derivados de celuloses: 1) Papel de 1 a 4 semanas; 2) Embalagem de papel de 01 a 04 meses; 03) Guardanapo de papel de até 03 meses; 4) Cigarros: 02 anos.
Assim, a vida útil máxima do papelão, o mais longevo, é de até 06 meses para decompor, quando não é rapidamente queimado após seu uso, mas quando vira lixo, ele demorará até 20 anos para se decompor, prejudicando os solos e aguadas locais até por levar junto os químicos utilizados em suas fabricações.
Segundo a “Wikipedia” de 26,0% a 39,0% do lixo brasileiro é composto por papel e papelão, a serem queimados nos lixões, sendo que cerca de 10,0% do total são lançados ao solo, onde se misturam com terras e lixos orgânicos, que com pouco oxigênio local disponível não conseguem mais processar/respirar e, então, se transformam nas nefastíssimas “buchas”/”tampões” de papel, uma espécie de pasta altamente danosa e destruidora – pois não se desmancha fácil - e por até 20 anos de tubulações caseiras e/ou de esgotos urbanos, como já descrito, também represando os riachos e os rios e provocando inundações e grandes e lentos/constantes danos socioambientais para muitos.
Quando abandonado nos lixos e ruas o papelão e papel absorvem muita água, terra e matéria orgânicas (restos de alimentos), criando uma espécie de “bucha” que não respira oxigênio e se orna como uma cola de de difícil separação e destruição e que muito entopem os bueiros, esgotos e tubulações de escoamentos, encarecendo muito os sanitarismos – já muito difíceis e raros conforme abaixo - e as prestações de serviços públicos e, pior, ajudando ou causando inundações e mortes de animais e de humanos.
Ainda pior até do que os comuns e volumosos lançamentos continuados de papeis higiênicos nos lixos e nos vasos sanitários (situação de baixo nível cultural e até já comum no Brasil) é que - segundo o IBGE em 2008, somente haviam rede de tratamento adequados de esgotos em 55,0% dos municípios do País. Recente, em 2022, tal nível de tratamento não evoluirá muito e somente ficava entre 45,0% e 52,0% das redes totais em todos os municípios, isto embora a coleta total já chegasse a 62,5% dos domicílios do País. Contudo, ainda cerca de 90,0 milhões não tinham acesso as coletas e tratamentos adequados.
FIM
Este diagnostico legal pormenorizado não oficial nem público - apenas pessoal e sem quaisquer influências externas -, mas concorrencial e exclusivo, somente pode ser complementado via contatos e pedidos pelo e-mail: [email protected] .
Brasília (DF) e Porto Seguro (BA) em 07 de novembro de 2025
Grato pelas Leituras, Analises e Compartilhamentos.
“VIVAMELHOR AMBIENTAL A BRAZIL THINK TANK” (a modern and faster socioambientalist/green & susteinable Energies Brazilian “think tank).