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O Café no Mercado Consumidor.


Samuel de Assis Silva

Com os preços do café abaixo da remuneração desejada, torna-se mais importante para o cafeicultor, gerenciar adequadamente todas as atividades da propriedade, adotando a prática correta no momento adequado, buscando também a redução dos custos de produção.

A atuação no mercado de café, hoje em regime de liberdade, requer competência e eficácia de seus participantes, em contraste com as comodidades e facilidades existentes em um mercado intervencionista. O mercado livre exige mudanças na forma de atuação de todos os agentes da economia cafeeira, que têm de conviver com os desafios impostos pela concorrência externa e interna, vigente no setor. Assim sendo, a compatibilização de interesses de todos os setores de produção poderá redundar em competência no todo.

O aumento da concorrência e a tendência de concentração do mercado têm determinado margens de lucro menores aos cafeicultores, dado os menores preços do produto. Baixar os custos, para que essas margens não diminuam tanto, pode ensejar à manutenção no mercado, ao tempo em que uma gestão estruturada em tecnologia poderá permitir às empresas oferecer mais por menos preço.

O acirramento da competição internacional está exigindo do cafeicultor maior eficiência e esta será condição para manter-se na atividade. Correm maiores riscos os produtores com menores possibilidades de investir em tecnologia capaz de propiciar produtividade mais elevada. A competitividade pode ser perseguida pela alta produtividade dos cafezais, adequadamente cultivados. Maior rentabilidade pode ser obtida por meio de adequada administração, de programação empresarial da atividade e de comercialização eficiente.

Em momentos de preços baixos, os tratos culturais como adubação, controle de pragas e doenças, são os primeiros a serem cortados e não são os que mais pesam no custo final da saca. O cafeicultor deve estar atento ao reduzir custos, pois em curto prazo pode estar tendo uma economia, mas essa economia pode afetar não só a produtividade, como também a qualidade do cultivo. Quanto maior a produtividade por hectare (até determinada produtividade), menor será o custo unitário de produção de uma saca de café.

O que mais se exige hoje é competência para poder resistir. Numa época em que grandes conglomerados financeiros e várias outras empresas mesmo do setor agrícola, estão se unindo para enfrentar, esse mundo globalizado, o cafeicultor não pode se dar ao luxo de que querer enfrentá-lo isoladamente. Tem que se unir em associações, cooperativas e entidades de classe para ter maior poder de troca. E como mensagem final, lembre-se: quem está em crise é o cafeicultor e não o cafeeiro.

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