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O profissional de Ciências Agrárias no contexto rural


Mario Hamilton Villela
É do Profissional de Ciências Agrárias, um dos principais formadores e executores das políticas de desenvolvimento rural, que se pode esperar um importante aporte à solução dos problemas rurais.
 É imprescindível que esse profissional tenha uma profunda vivência do meio rural para conhecer as causas reais dos problemas e aplicar soluções que sejam compatíveis com os recursos disponíveis pelos produtores.
Para tal é preciso que o profissional tenha uma ampla visão do contexto em que está inserido e conheça as várias realidades existentes no país. Só assim poderá atuar de uma forma a contribuir efetivamente com o desenvolvimento da sociedade. Só a teoria, sem a vivência, não constrói o profissional demandado pelo mercado notadamente globalizado. O mercado é o todo e não a região de cada um. O profissional deve conhecer o contexto agrícola e agrário das várias regiões e se preparar melhor para enfrentar o mercado.

Então, uma grande missão está reservada às Faculdades de Ciências Agrárias em suas respectivas áreas de atuação e abrangência: a de dialogar com o setor público e privado, mostrando, de uma forma convincente, a importância que representam os profissionais em questão para o desenvolvimento do setor primário e para o crescimento da riqueza nacional. Só será possível expandir e racionalizar o processo produtivo pela participação efetiva de pessoal qualificado, passando para o campo da aplicação prática os programas elaborados.
  O ensino de Ciências Agrárias tem boa qualidade no Brasil, embora ainda existam muitos desafios e ajustes para permitir profissionais mais qualificados. Os nossos cursos têm que formarem profissionais mais éticos e com uma visão humanística da profissão, sem descuidar dos aspectos técnicos. Só assim vamos conseguir que os nossos profissionais cumpram o seu verdadeiro papel social.
 Inúmeras potencialidades deverão ser melhor aproveitadas com a ação do profissional de Ciências Agrárias, tais como: manejo mais racional do solo, utilização mais intensa da adubação orgânica, melhoria das pastagens nativas, melhoramento genético animal e vegetal e controle biológico.
  Junto com a modernização tecnológica do setor produtivo, dever-se-á desenvolver o comportamento cultural do pequeno produtor, procurando, sempre, ao despertar potencialidades, fazê-lo em sua plenitude, isto é, lembrando que o agente do processo produtivo é o homem. Deve-se, portanto, ter sempre em mete que mais importante que os problemas de adequação tecnológica ou econômica são os de ordem social, e que os fenômenos ou processo econômicos são decorrência dos aspectos de desenvolvimento social.

Adotar políticas de ação conjunta que tenham como meta desenvolver as potencialidades agrícolas, elevando sim a renda líquida do produtor, mas, sobretudo, cuidando para que se obtenha, paralelamente, o crescimento cultural e o melhor bem-estar da família rural.
Esse profissional tem que saber usar os seus conhecimentos técnico-científicos na busca do desenvolver potencialidades, visando uma agricultura mais intensiva, com a utilização mais racional do uso do solo e dos recursos naturais, em geral, sem agredir o meio ambiente, tendo sempre em mente que a maior potencialidade a ser desenvolvida é o próprio agricultor.

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