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Pode faltar carnes até 2030 e preços –já altos– até dobrarem


Climaco Cezar de Souza

Pode faltar carnes até 2030 e preços –já altos– até dobrarem

Podem faltar carnes até 2030, por diversos fatores, sobretudo por bem maiores exportações, e preços internos – já altíssimos e como novas bases – podem até dobrar, sacrificando os pobres e famintos e desequilibrando a política já em 2026.

A) Introdução e Resumo (01 pagina) –

Por uma série de fatores técnicos-econômicos – talvez poucos conhecidos e nunca aprovados/aprováveis pelo povão pobre e faminto, mas, certamente, bem conhecidos do Governo, sobretudo com seus grandes efeitos nas maiores inflações mensais  (e que pode até levar a sérios problemas nos debates políticos a partir de 2026) -, talvez com tais erros/visões governamentais talvez ainda errôneas e/ou pouco ou nada esclarecidos e/ou pouco debatidos pelos principais analistas e dirigentes setoriais, sobretudo do Setor de carne bovina etc., os já elevadíssimos preços de vendas no varejos ocorridos desde 2024 (sobretudo nos varejos e nos restaurantes e outros locais das áreas turísticas do interior e das beira praias e que já denuncio em meu primeiro artigo acerca com dados desde maio/2024 mais com 3 links para todos meus artigos acerca) e, tudo indica que em todo 2025 já tendem a talvez serem a nova base de preços das carnes no Brasil (onde as elevações bovinas sempre puxam, espertamente e aos poucos, os preços das demais carnes, pois seus processadores sempre também querem faturar o máximo). Com isto, tais preços bases bovinos de 2025 talvez abrirão boas oportunidades para subirem ainda mais até 2030-2032, conforme os efeitos locais (devido as atuações dos tais fatores) - e provavelmente com todos os frigoríficos bovinos mais os processadores de aves e suínos e até boa parte do varejo de alimentos talvez unidos, e idem até incentivados/liberados pelo Governo, em torno disto. Em agosto/2025, os preços de exportação da carme bovina brasileira chegaram as alturas (de Us $ 5.600,5/t.) com elevação de 26,3% ante os de agosto de 2024 (de Us $ 4.435,4/t.). Com isto, torna-se muito difícil para os frigoríficos - e o Governo incentivador/abridor de novos mercados - não exportarem o máximo, mesmo que prejudicando muito ao abastecimento interno nem tão priorizado. Com isto, também se torna muito difícil (quase que impossível e/ou mentiroso), nossos frigoríficos reduzirem seus abates de fêmeas[cs1] , conforme programaram; e é fundamental, senão faltarão bois magros e carne bovina de 2026 até 2030 e, pior mantendo elevadas (como os atuais desde meados de 2024) e talvez até puxando/elevando, de novo, e ainda mais os preços, quase que descontrolados, das demais carnes rápidas. Isto talvez ocorrerá mesmo que novamente massacrando a alimentação dos pobres - e até matando muitos idosos e crianças já mau nutridos e/ou doentes por carências nutricionais proteicas severas (por necessidades de suas dietas por carnes e pelos hábitos alimentares brasileiros desde as infâncias) - mais elevando os índices oficiais de inflação mensal. Então, por uma série de erros talvez não intencionais de órgãos (que pouco se falam e talvez em nada se unem) e que denuncio e analiso não conseguem bem capturar as elevações reais – e visíveis/comprováveis por todos - dos preços da carne bovina, misturando-os/somando-os com os de outras carnes já conhecidas abaixadoras/compensadoras de índices, estas com com baixíssima demanda familiar real e que o brasileiro até detesta (como carne de peixe industrializada integrante do cálculo final do IPCA). Na verdade, por trás disso tudo, até parece que já há uma gigante pressa do Governo federal atual em desenvolver e, para tanto, em nada controlando/regulando nem fiscalizando nem dificultando tais operações dos nossos frigoríficos bovinos e demais processadores de outras carnes e dos varejos de alimentos e, principalmente, com tais exportações talvez claramente excessivas diante de tal quadro acima e, talvez, até incentivando-as, pois, abrindo a cada dia, de forma talvez até irresponsável, cada vez mais outros mercados externos importadores de nossas carnes. Tudo, talvez ocorra, somente para ampliar muito as nossas divisas exportadoras em Us$ MAIS nossas reservas garantidoras de investimentos externos em Us$ MAIS nossas bem maiores arrecadações de impostos em R$, sejam nos negócios diretos de CNPJ mais, futuramente, também tributando os lucros empresariais e até os seus dividendos e/ou via seus maiores financiamentos necessários em R$ e com as elevadíssimas taxas de juros atuais do BACEN. Os economistas financeiros dos grandes bancos e investidores brasileiros (talvez com pouco conhecimento do mercado real agropecuário diário) erraram feio ao preverem quedas dos preços internos das carnes agora em agosto/2025,  pois – muito ao contrário do que previam - não houve queda da demanda mundial, nem ainda nos EUA, com as tarifas de Trump NEM as exportações recuaram (ao contrário, as vendas brasileiras para o México, China, Filipinas, Indonésia etc. ampliaram muito) NEM a demanda interna reduziu NEM os menores abates fêmeas previstos/programados pelos frigoríficos, para as preservarem, aconteceram. Assim, além de 06 outras possíveis causas para tanto, que também descrevo e analiso, os 05 principais fatores/razoes técnicos-econômicas possíveis para tanto e que já aponto para tais aumentos, conjuntos e aos poucos (espertamente) das 03 carnes até 2030-2032 poderão ser:

1) Gigante ânsia exportadora muito maior desde 2024 e, provável, até 2030, e até indisfarçável, talvez dos frigoríficos e das demais empresas e cooperativas processadoras/integradoras de outras carnes por exportar cada vez mais, tudo para melhor remunerarem seus donos e/ou acionistas e/ou para comprarem ainda mais seus concorrentes no Exterior. Entre 2020 e todo 2025 devem ocorrer incrementos de elevadíssimos +48,8% nas exportações de carnes bovinas MAIS de +41,2% nas de carnes suínas MAIS de +24,9% nas de carnes de aves. Também, somente entre 2024 e 2025 (estimativas em junho/2025), as exportações suínas aumentaram +9,7% e as bovinas + 5,9%, enquanto que as de aves recuaram -0,1%. Em todo 2025, ante 2024, as exportações de carne de frango devem ampliar +5,4% e as de carnes suínas +7,2%. Apenas no primeiro semestre de 2025, ante igual período de 2024, as exportações bovinas brasileiras já ampliaram +27,1% em valor (Us$ 7,23 bilhões) e +13,4 % em volumes. Já agora recente em agosto/2025, as vendas bovinas voltaram a disparar ante agosto/2024 e ainda estamos no pico da safra bovina no Brasil (de abril a setembro). Por outro lado, para ampliar a oferta interna em 2025, a produção de carnes de frangos pode ampliar elevadíssimos +30,0% em 2025 ante 2024 (ano de forte queda produtiva pelas ocorrências de casos de influenza aviária) e as de carnes suínas +2,2% ante 2024. Estas 02 carnes (suína e de aves) são fundamentais nas dietas e nos costumes brasileiros - em especial dos mais pobres - e tais maiores produções em 2025 podem ajudar a equilibrar um pouco a oferta interna de carnes (até bem segurando os preços conjuntos puxados pela carne bovina, isto se o Governo realmente apoiar suas produções rápidas, como sempre fazia outrora, mas o que parece que não irá ocorrer neste 2025), isto se também não forem exportadas, pois a demanda internacional já está muito elevada e crescente e os preços em Us $ ótimos;

 

2) Possível bem maior demanda mundial, inclusive talvez nos EUA, pela carne bovina brasileira (cujas compras/importações devem ser recordes agora em agosto/2025.

Em depoimentos, consultores yankees até já afirmam que “as pessoas norte-americanas estão ganhando dinheiro e consumindo em vez de poupar”, sendo que diversos varejistas dos EUA até já declararam que irão tentar assumir tais maiores preços finais internos depois de Trump e continuarem comprando carnes bovinas do Brasil (citam-se que muitos se declaram como já enjoados de carnes de aves e suínas) e até as ampliarem, pois as tarifas totais somadas de 76,4% agora pagas no pós Trump (26,4% antes + 50,0% recente) ainda seriam suportáveis por eles, vez que os americanos amam as carnes bovinas brasileiras e, em 2023, somente gastavam 12,9% (de 10,0% a 15,0%) de suas elevadas rendas familiares (média de Us$ 9.985/família) com compras de alimentos, diante de 56,0% do salário mínimo pessoal gastos com alimentos no Brasil, sendo de R$ 850,00 o custo da nossa cesta básica em janeiro/2025. Neste início de setembro/2025, como efeitos de 03 problemões somados, os preços das carnes dispararam nos EUA, sendo que, na média nacional, 01 kg de carne de 1ª escolha atingiu Us$ 11,875/libras peso, ou seja, são quase R$ 150,00/kg no Brasil, o maior preço da história do país. Em termos “per capta”, os 04 maiores consumidores de carne bovina do Mundo em 2023 foram o Uruguai com 53,1 kg/pessoa/ano; a Argentina com 50,7/kg; os EUA com 38,7 kg e o Brasil com 34,4 kg/pessoa/ano. Já o México (nosso novo grande importador depois de Trump) ainda consome apenas 17,0 kg/pessoa e a China com ainda mínimos 8,2 kg/pessoa/ano;

 

3) Não incentivos em 2024 nem em 2025 – como necessário, urgente e muito comum outrora pare reduzir os preços médios e segurar os aumentos, talvez até programados, das carnes bovinas (estas ainda bem mais oriundas de pastagens – nossa carne é semi densa e com sabor muito diferenciado, daí a preferência atual de muitos países importadores, sobretudo pelos EUA - e, assim, suas produções são muito sensíveis aos fenômenos climáticos e produtivos de safra e entressafra), ao contrário das aves e dos suínos estas com densidades e sabores contínuos, mas que podem ser produzidas por até 360 dias/ano). Além disso, em geral, as maiores produções internas, devidamente incentivadas de carnes de aves e de suínos, levam a respostas produtivas e de abastecimentos internos bem mais rápidos, sendo o ciclo completo somente de até 5,5 meses em suínos (até 165 dias) e de apenas 02 meses em aves (até 60 dias), tudo isto diante de até 48 meses nos bovinos (período, a partir da fêmea já adulta e já prenha para seu bezerro nascer, crescer, engordar e abater seu produto);

 

4) Continuidade e talvez até ampliação em 2025 e 2026 do elevado abate de fêmeas bovinas e isto desde 2023 (89% delas já prenhas, infelizmente, conforme comprovado em frigoríficos do RS), podendo a 47,0% do total em 2025, o que pode reduzir muito mais a oferta futura de bezerros/bois magros até 2030-2032 (conforme o local), ante apenas 5,0% em 2002 e 25,0% em 2011, segundo o IBGE. Para a maioria das Consultorias tal participação nos abates totais deve chegar a 43,0% do total em 2025, mas, a cada ano, com esta elevada continuidade de morte de fêmeas, férteis e inférteis, não teremos como ampliar o rebanho bovino total e a necessária oferta de bezerros de boa qualidade exigidos (em 2024, nosso rebanho total era em torno de 140,00 milhões de reses, sendo o abate recorde de 39,27 milhões de reses bovinas, segundo o IBGE);

 

5) Possíveis novas fortes reduções reais das disponibilidades internas somadas das 03 carnes em 2025 e 2026 (TUDO PELAS BEM MAIORES EXPORTAÇÕES TOTAIS E CONJUNTAS JÁ ESPERADAS EM 2025 E 2026), inclusive para nossos consumos internos (trata-se da soma dos estoques reais do ano anterior - frigorificados, congelados, salgados etc. (não de animais) – MAIS das produções liquidas/descontadas perdas MAIS das importações e MENOS das exportações previstas (facilmente checáveis, quando se queira) no ano em curso, ou seja, sendo este o único item a decrescer (isto é: disponibilidades internas – MENOS exportações = possíveis consumos totais mais perdas). Assim, não podem ser confundidas tais disponibilidades internas (já bastante divergentes, em termos de dados diversos e até pouco confiáveis, dos diversos consumos per capita estimados e até divulgados) – e como muitos insistem - com consumos internos de carnes, até porque também têm que reduzir as perdas dos processamentos mais das frigorificações mais dos transportes das carnes. Tratam-se de dados tabus, talvez poucos confiáveis e até muito talvez negados pelos frigoríficos bovinos e demais processadores das demais carnes (empresas integradoras e cooperativas) e talvez até pelas muitas consultorias especializadas (talvez nem tão independentes). Em todo 2025, as disponibilidades internas % comparadas das 3 principais carnes em relação as suas produções totais, conforme a CONAB em julho/2025, devem alcançar, 74,3% em carnes suínas totais; 66,7% em carnes de aves totais e 62,6% em carnes bovinas totais. Na soma das 03 carnes totais a disponibilidade interna chegou a 66,7% das suas produções. Contudo, em julho e agosto 2025, a exportações totais de todas as carnes tiveram incríveis aumentos irreais e até inesperados e isto mesmo com as adoções de tarifas pelo Governo Trumpista, pois, o Brasil, quase que imediatamente, localizou e negociou com outros clientes, sobretudo mexicanos, argentinos, indonésios, filipinos, chineses. CONTUDO, para a ESALQ (sem citar suas fontes) em 2024, cerca de 75,0% da produção foi destinada ao mercado interno e APENAS 25,0% ao externo, podendo a destinação para o mercado interno reduzir para 51,0% em todo 2025. Outro fator técnico-econômico interno em crescimento e que muito prejudica os levantamentos corretos de tais disponibilidades de carne bovina (que nem o IBGE nem outras Consultorias ainda não conseguem bem acompanhar) são as cada vez maiores exportações de bovinos vivos, sobretudo para a Turquia, Iraque, Marrocos e Libano. Somente em 2024, foram exportados vivos mais de 1,0 milhão de bois, vacas e bezerros (no elevado valor de Us $ 850 milhões e com alta de +74,0% ante 2023). Já em 2025, no acumulado do primeiro semestre, já foram exportados mais 487,6 mil bovinos vivos e com crescimento de +47,1% frente ao mesmo período de 2024.

 

B) Porque as visíveis e comprováveis fortes elevações dos preços das carnes e de outros alimentos nos varejos/restaurantes/bares/barracas etc. do Brasil - em especial nas cidades turísticas e da beira-mar - nos últimos anos (IPAB) podem não estar sendo devidamente capturadas pela inflação do IPCA?

Desde dezembro/2024, tenho alertado aqui que, por não incentivos as maiores produções complementares necessárias (aves, suínos. ovinos, ovos etc.) e, sobretudo, por exportações excessivas das 03 principais carnes (sempre negadas pelos setores e talvez engolidas - parece que até incentivadas - pelo Governo Federal em sua ânsia - errônea para os mais pobres e famintos - de ampliar ao máximo e rapidamente suas divisas e reservas em Us$ mais suas arrecadações em R$, facilitadas pelo câmbio e juros errôneos do BACEN), os preços das 3 carnes aos consumidores no atacado e no varejo final (que iniciam pelos aumentos da carne bovina e estes que puxam os das demais carnes) já ampliaram muito, levando aos já significativos incrementos nos índices  de inflação – elevações de preços a persistirem até 2030 por diversos fatores sabíveis/permissíveis, mas ainda não combatidos - e que podem levar a grandes debates, acusações e sérios efeitos políticos já em 2026. Vide mais em: (3) Alguns porquês das muitas altas suspeitas dos preços dos ALIMENTOS em 2024, em especial das carnes, e sugestões de como reduzi-las e até revertê-las. | LinkedIn MAIS EM: (3) Altas de até 200% nos preços dos alimentos, mais afluxos descontrolados de turistas causam muitos problemas e mortes em cidades praianas despreparadas | LinkedIn e MAIS AINDA EM: (3) Carnes Brasil: Exportações excessivas tb. 2025 (até não admitidas)– para ampliar divisas/reservas/arrecadações- sobe inflação dd 2024 e liquida fêmeas | LinkedIn .

Tudo comprovando, leiam que, segundo estudos do IBGE de novembro/2024, “depois de registrar variação negativa em julho e agosto/2024, em setembro e outubro de 2024 o “Índice de Preços de Alimentação e Bebidas” (IPAB) cresceu mais do que o “Índice de Preços ao Consumidor Amplo” (IPCA), voltando a pressionar a inflação ao consumidor no Brasil. Contudo, entre janeiro e outubro de 2024, enquanto o famoso IPCA variou +3,9%, o tal IPAB, aumentou +4,8%, contribuindo com 24,0% da elevação do IPCA. O grupo Alimentação e Bebidas foi o que teve a maior participação no aumento do IPCA, mas não o com maior variação de preços, ficando atrás do grupo Educação, +6,6%, Saúde e Cuidados Pessoais, +5,7% e Habitação, com elevação de +5,3%. Os outros cinco grupos do IPCA, Artigos de Residência, Vestuário, Transportes, Despesas Pessoais e Comunicação, tiveram crescimento de preço de até +3,0%, nos dez primeiros meses de 2024. Cabe um destaque ao grupo Transportes, com variação de +1,7%, em que são registrados os preços dos combustíveis e que, atualmente, podem ser considerados como únicos com preço administrado no País”.

Isoladamente, até o IBGE já pergunta - diante das elevações continuadas dos preços das carnes bovinas em 2024: Será que a boiada está se reduzindo e a carne bovina vai ficar proibitiva daqui por diante?

Mais no geral, será que os alimentos reiniciaram uma escalada de preços, aos moldes do acontecido desde 2007 e reforçada durante a pandemia da Covid 19?”.

Outra possibilidade é que seja uma retomada da trajetória observada entre 2007 e 2019, em que a bovinocultura de corte foi a grande vilã da inflação de alimentos no Brasil. Basta verificar os números, pois, naqueles 13 anos, os preços dos alimentos da bovinocultura de corte cresceram 281,2%, média anual de 21,6%, acima do verificado em outras 23 cadeias agroalimentares e bem acima do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e do IPAB (Índice de Preços de Alimentação e Bebidas) que também, cresceu mais que do que o IPCA.

Segundo o IBGE, naquele período, “houve uma trajetória de forte crescimento do preço recebido pelos exportadores brasileiros da carne bovina, em reais, suavizada de 2016 a 2018 e em 2023 e tal tendência semelhante verificou-se com o preço da carne bovina calculada pela FAO, exceto nos anos de 2020 a 2022, em que a moeda brasileira registrou forte desvalorização”.

Contudo, ao meu ver, o IBGE parece ainda não observar/obedecer bem as tabelas de preferências e de exigências alimentares do Ministério da Saúde/ SISAN/CAISAN (vide dados no diagnóstico).

Assim, em 2024, mesmo com os técnicos do IBGE se assustando acima com as fortes elevações dos preços das carnes no índice IPAB acima (somente variações dos preços dos alimentos e bebidas) em que as elevações dos preços das carnes ampliaram +6,3% entre janeiro e outubro/2004 (contribuindo com a maior elevação de 37,4% no IPAB do período de +4,8%), ao misturar tais carnes diversas com as de peixes industrializados (a que os brasileiros pouco têm acessos e que pouco consomem até porque muitos não gostam nem suportam) no cálculo da variação do Indice oficial de inflação mensal e anual – o IPCA (+3,9% no período) -,  a participação dos preços das carnes mais dos peixes no  índice acumulado despenca em -0,5% na formação conjunta do IPCA e em nada contribuindo com sua elevação, pelo contrário, reduzindo em -0,2%(parecendo até com atos intencionais e/ou até fraudulentos). Assim, tal soma declinante de índice, trata-se de um milagre ou um grande erro estatístico inexplicável? e com certeza decorrentes de fortes quedas dos preços dos peixes industrializados e pouco ou nada importantes para as dietas e idem poucos consumidos. Isto também deve ocorrer – infeliz e até suspeitamente - com diversos outros itens no Brasil?

C) Para onde vão os resultados das bem maiores exportações em Us$ e em R$ de nossas carnes e de outros grãos, algodão, alimentos, bionergias, madeiras, itens processados etc. nos últimos anos?

Em termos de ações, de liberações e talvez até de certos incentivos para obtenções de lucros empresarias gigantes com bem maiores exportações de carnes brasileiras, nas práticas, tudo isto acontece muito pressionando/agindo pelos lucros bem maiores para os acionistas e/ou diretores e/ou seus investidores e/ou seus donos, sobretudo, indo – BOA PARTE ATÉ QUE LEGALMENTE - bem mais para as maiores famílias mundiais dos “HNWI”.

Tais 22,8 milhões de pessoas mais ricas chamadas de “HNWI” (“High-Net Worth Individuals”, ou seja, “Indivíduos de Alto patrimônio Líquido”) em todo o Mundo, mandam/comandam totalmente nos itens acima talvez através de suas elevadas especulações diárias nas bolsas (boa parte a títulos do chamado “hedge” = proteções contra quedas de valores mais de rendas e, sobretudo, dos elevadíssimos lucros constantes, diários e muito seguros das suas “corporates”/empresariais) MAIS de suas multis MAIS de seus atacados/varejos/fast-food/distribuidores – boa parte até cartelizando -  MAIS de seus investimentos e “trusts”; fundos diversos; seguradoras e resseguradoras altamente lucrativas e muito protegidas pelos governos locais; corretoras diversas; transportadoras idem; frotas de navios idem etc...

Em 2021, como exemplo mundial e vergonhosamente, conforme o BIRD (Banco Mundial), para uma renda “per capita” média mundial de Us $ 58,7 mil/pessoa/ano (Mundo já com 7,9 bilhões de pessoas e com riqueza total (PIB mundial) de Us $ 100,0 trilhões em 2022, ampliando para o PIB de Us $ 105,0 trilhões em 2023), os mais ricos - com 1,0% da população mundial - tinham renda “per capita” média de Us $ 2,25 milhões/pessoa/ano; enquanto, os miseráveis (50% da população) somente detinham, absurdamente, Us $ 2,1 mil/pessoa/ano, ou seja, com renda 1.000 vezes menor do que os mais ricos. Obviamente, os mendigos, famintos e abandonados de ruas quase nada têm de renda declarável, a não ser os poucos donativos e esmolas diárias, que pedem e recebem de boas pessoas.

A classe média mundial - 9% da população total – detinha, então, renda média de Us $ 247,2 mil/pessoa/ano e os pobres - 40% da população - tinham renda “per capita” média de Us $ 32,2 mil/pessoa/ano.

Pior é que, em 2023, a fortuna Mundial somada dos 22,8 milhões de pessoas mais ricas, os HNWI”, foi 5,1% maior ante a de 2022 e de Us $ 86,8 trilhões. Tal imensa fortuna somada também foi 3 vezes maior do que o PIB dos EUA (Us $ 27,4 trilhões) e, pior, é que ainda eles são muito apoiados por suas famílias, Governos, Empresas, Funcionários e até por seguidores fanáticos (na verdade, são bem mais vampiros sugadores mundiais de sangue dos mais pobres e abandonados e com fome do Mundo).

Ainda em 2022, o Setor mundial de alimentos já faturou Us $ 14,0 trilhões, ante cerca de apenas Us$ 232,2 bilhões no Brasil em 2023.

Em 2024, o nosso muito dinâmico agronegócio já respondeu por 25,0% do PIB do Brasil e e suas exportações estavam em ritmo acelerado e com números bilionários, mas talvez beneficiando muito mais multis, tradings, fornecedores, empresas externas processadoras/transportadoras, bancos, fundos e investidores estrangeiros.

Em 2024, as Receitas brutas do setor alimentício de carnes no Brasil explodiram ante anos anteriores, chegando na soma das 05 principais a R$ 597,0 bilhões, claramente, bem mais pelas maiores exportações conjuntas.

Em 2024, parabenizável mas curiosamente, a Receita Bruta anual do JBS (bem mais com abates e exportações de bovinos) atingiu, incríveis, R$ 364,0 bilhões; a do Marfrig (bem mais bovinos), R$ 132,0 bilhões; a da BRF/SADIA/Perdigão etc. (mais com aves e suínos) foi de R$ 54,0 bilhões; a do Minerva (bem mais bovinos), R$ 27,0 bilhões e a Aurora (mais aves e suínos), R$ 20,0 bilhões. Para se ter ideia comparativa das importâncias das carnes no Brasil, toda a Ambev (multi de bebidas) somente faturou R$ 80,0 bilhões; a Nestle do Brasil (multi de alimentos diversos) somente R$ 23,0 bilhões e a super Coca-Cola (multi de bebidas) R$ 20,0 bilhões.

Tais frigoríficos bovinos (alguns já multis) e empresas processadoras de carnes e até muitas cooperativas brasileiras, com certeza, faturando tanto em Us$.

Até 2028, surfando nas boas ondas muito carreadas internacionalmente pelo governo brasileiro (a nossa carne bovina – principalmente graças aos esforços do Governo - já chega a 170 países, mas a mesma já até falta no Brasil) e aproveitando os bons momentos do mercado mundial (mesmo com as tarifas tiros-no-pé Trump nos EUA) TODOS irão tentar exportar o máximo, mesmo que tenham que importar animais vivos, carnes refrigeradas/congeladas etc. de países vizinhos.

D) Porque nossas Exportações de carnes cresceram tanto desde 2020 e ainda devem ampliar em 2025 e 2026, talvez até para os EUA?

No caso das exportações totais de todas as carnes vejam que elas representavam apenas 25,9% das produções totais em 2019, ampliando para 28,4% em 2020 e, possivelmente, para elevados 33,6% em 2025 (em junho 2025, mas ainda sem coletar os fortes incrementos a partir de julho/2025), com tudo indicando que cada vez sobrea menos carne para o mercado interno.

Entre 2020 e todo 2025 deve ocorrer incrementos de elevadíssimos +48,8% nas exportações de carnes bovinas e mais de +41,2% nas de carnes suínas e mais de +24,9% nas de carnes de aves. Também, somente entre 2024 e 2025 (estimativas em junho/2025), as exportações suínas aumentaram +9,7% e as bovinas + 5,9%, enquanto que as de aves recuaram -0,1%.

Em todo 2025, ante 2024, as exportações de carne de frango devem ampliar +5,4% e as de carnes suínas +7,2%. Apenas no primeiro semestre de 2025, ante igual período de 2024, as exportações bovinas brasileiras já ampliaram +27,1% em valor (+Us$ 7,23 bilhões) e +13,4 % em volumes. Já agora recente em agosto/2025, as vendas voltaram a disparar ante agosto/2024 e ainda estamos no pico da safra bovina no Brasil (de abril a setembro).

Contudo, em julho e agosto 2025, a exportações de todas as carnes tiveram incríveis aumentos irreais e até inesperados e isto mesmo com as adoções de tarifas pelo Governo Trumpista, mas que o Brasil, imediatamente, localizou e negociou com outros clientes, sobretudo mexicanos e argentinos.

Mais recente, desde 2023, a situação de adequado e suficiente abastecimento mundial de carne bovina, que já estava difícil, agora tende a piorar e a escassear ainda mais de 2025 até 2030, devido a conjunção de ciclos de baixas produções nos 03 países maiores produtores mundiais, EUA, Austrália e Brasil. Assim, para os consultores especializados, ocorreu uma, raríssima, unificação do ciclo bovino nos principais países produtores mundiais. sempre lembrando que entre a cobertura de uma fêmea bovina fértil mais o tempo de sua gestação e parto mais de cria, recria, engorda e abate de seu filho/filha demora cerca de 3 a 4 anos nos EUA e até 5 a 6 anos no Brasil.

Então, em termos de futuras dificuldades internas de abastecimentos, segundo informe do consagrado site nacional “Beef Point” (com dados da Consultoria “Archer Financials” dos EUA):  “Pela primeira vez na história moderna, os 03 maiores exportadores mundiais, Brasil, Estados Unidos e Austrália, estão movendo-se rápido e em sincronia dentro do ciclo de produção pecuária e que especialistas alertam para uma significativa contração da oferta global a partir de 2025, com pico de pressão sobre os preços em 2026”.” O alinhamento atual não é uma coincidência. Mas o reflexo de condições de mercado favoráveis e de eventos climáticos que afetaram os três países quase ao mesmo tempo”.

Assim, os 03 principais países acima, em conjunto – movimentados/saciados com os preços de vendas elevados praticados em 2024 e 2025, deveriam voltar imediatamente a reterem suas fêmeas férteis para expandirem seus rebanhos e abates até 2030 (o que pode não estar acontecendo ou não ser mais possível no Brasil).

Neste início de setembro/2025, os EUA passavam pelo seu pior ciclo pecuário dos últimos 75 anos, com o número de animais nos pastos caindo gradativamente. Além disso, a seca reduziu a produtividade de cada cabeça de gado. Com isto, MAIS com as elevadas tarifas impostas contra as carnes do Brasil MAIS com medidas contra importações de bovinos vivos do México (com foco de doença terrível NWS (“New World Screwworm” = “bicheira do novo mundo”), os preços médios internos dispararam – vide abaixo. Na média nacional, 01 kg de carne de 1ª escolha atingiu Us$ 11,875/libras peso, ou seja, são quase R$ 150,00/kg no Brasil, o maior preço da história do pais.

Assim, sintetizando, conforme análises do renomado analista de mercado norte-americano Dennis Smith, da Archer Financials a situação é clara. “O efeito imediato dessa sincronia global, inédita e desde 2024, será a redução progressiva da oferta exportável de carne bovina” (o que pode elevar ainda mais os preços internacionais e internos).

Assim, concluindo, nesses 03 países acima, fundamentais nas produções, abastecimentos e comércios de carne bovina, já se sabe que houve um abate anterior exagerado de fêmeas bovinas, tudo de forma muito ambiciosa, tanto pelos milhões de pecuaristas vendedores MAIS pelos gigantes frigoríficos  compradores/processadores/exportadores MAIS pelos Governos atrás de muito mais divisas em Us$ e mais impostos em R$.

Nestas boas perspectivas das nossas carnes até 2030, com valores de exportações já tão elevados mais com a demanda mundial persistente e em elevação – mesmo nos EUA após as tarifas tiros-nos-pés de Trump – qual frigorifico brasileiro e das 03 carnes não procurarão ampliar o máximo suas exportações até 2030?? não ligando se para isto terão que matar bem mais fêmeas e/ou até importar bovinos magros e vivos, sobretudo fêmeas, de países vizinhos para acabar em até 90 dias em confinamentos rápidos e altamente técnicos, boa parte próprios ou arrendados, junto as usinas com muito bagaços de cana (talvez já sendo até melhor do que gerar eletricidade com eles) e de milho para etanol (que liberam muito como subproduto o fantástico farelo DDGS altamente proteico) e/ou em outros locais com muitos grãos e farelos em São Paulo?

E) Porque o Consumo Mundial das carnes, sobretudo bovinas, continuam/continuarão ampliando, mesmo nos EUA e após as novas tarifas de Trump?

Um dos motivos – ainda pouco estudado/acompanhado no Brasil - é o elevadíssimo poder de compra em alguns países com alta renda familiar em Us$ (em que se gastam muito mais com alugueis, energias, combustíveis, shoppings etc. do que com alimentos).

Em termos de consumos familiares e de preços dos alimentos e das carnes bovinas nos varejos finais, “nos Estados Unidos, incrivelmente, as famílias destinam, em média, APENAS cerca de 12,9% (de 10,0% a 15,0%) da sua renda total anual (por lá nada se compara em meses) para despesas com alimentação, de acordo com dados do U.S. Bureau of Labor Statistics (Obs: Comparativamente, no Brasil, as famílias mais pobres destinam uma parcela significativa de sua renda – obviamente muito menor - para alimentação, podendo chegar a 26,0% ou mais). Essa porcentagem nos EUA pode variar dependendo da renda familiar e dos hábitos de consumo. 

Em 2023, as famílias americanas gastaram, em média, Us$ 9.985/família com alimentação (iguais aos 12,9% acima da renda familiar total), incluindo supermercados e refeições fora de casa, conforme dados do mesmo órgão, cerca de 61,0% desse valor, mínimo como já descrito, foi gasto com alimentos para consumo em casa (supermercados), enquanto 39,0% foram destinados as refeições fora de casa” (Os: também comparativamente, em janeiro/2025, no Brasil a cesta básica custava em média R$ 850,00/cesta e, assim, consumindo 56,0% do salário mínimo pessoal para sua aquisição e isto muito impactando o poder de compra de alimentos).

Em geral, nos EUA, as famílias de baixa renda tendiam a gastar uma proporção maior de sua renda anual com alimentação, chegando a 26,0%” da renda familiar total anual.

Assim, em 2023, na média anual (segundo a importante Consultoria brasileira Agrifatto) - e de forma bem comparativa entre os EUA, China e no Brasil dos preços de vendas nos atacados mais varejos de carne bovina e das suas relações de trocas com salários recebidos pelos trabalhadores - notamos que os preços do “acém” de dianteiros bovinos (carne considerada como de segunda classe/escolha no Brasil, mas muito usada como carne moída e aparas magras LBT (“lean beef trim”) dos hamburguers nos “fast food “dos EUA) - convertidos em R$/kg – custaram R$ 102,88/kg nos EUA; R$ 66,67/kg na China e apenas R$ 38,99/kg no Brasil. Contudo, isto não indica que os consumos pessoais podem ser maiores no Brasil, pois o poder de compra do salário mínimo nos EUA era bem maior (igual a R$ 5,420,10/trabalhador legalizado) e mesmo na China (igual a R$ 1.557,50/trabalhador, ou seja, um pouco maior) do que no Brasil (igual a R$ 1.518,80/trabalhador).

Com tais defasagens e diferenças de rendas, enquanto nos EUA o Salário-Mínimo deles dava para comprar 3,4 cestas básicas de alimentos; no Brasil se comprava 2,0 cestas e na China apenas 1,2 cestas.

Isto ocorria, mesmo que no atacado norte-americana, a carne bovina já sendo 6,6 vezes mais cara, em R$ comparativos, do que no atacado brasileiro.

Em abril/2025, já com tarifa de 36,4%, já se esperava que “EUA devem continuar comprando carne bovina do Brasil”. Vide em: https://www.aboissa.com.br/eua-devem-continuar-comprando-carne-bovina-do-brasil/. Para analistas do Brasil: “os americanos têm uma demanda aquecida por carne bovina aliada a uma oferta restrita no País, o que deve mantê-los comprando volumes significativos do Brasil, mesmo com preços mais elevados”. “Os Estados Unidos também passavam por um cenário de inflação, em que os preços das proteínas animais estão bem elevados. De acordo com as informações da Reuters, os preços do varejo dos EUA para carne moída atingiram um recorde de US$ 5,67 por libra-peso em setembro/2024 e subiram 42,0% em relação ao valor de 04 anos atrás”. A ABIEC “acreditava num estreitamento da parceria com EUA que enfrentavam desafios no ciclo pecuário e, por pelo menos 02 anos, precisarão de quem possa garantir volume, qualidade e preço - e esse parceiro seria o Brasil”.

Em 2025, até abril, os americanos mais que quintuplicaram suas compras de carne bovina brasileira no quadrimestre, com 135,8 mil toneladas de carne. Em relação a abril de 2024, o avanço foi de 27,6% em receita e de 15,3% em volume exportado. A categoria “in natura” respondeu por 88,4% do volume total exportado e por 91,3% do faturamento em abril, reforçando sua posição de liderança entre os produtos embarcados.

“Apesar dos valores mais altos, os americanos devem continuar importando carne bovina brasileira por estarem na pior posição de rebanho desde anos 1950 e a produção de carne norte-americana deve cair neste ano”, informou o analista.

Leias também uma boa análise de julho/2025, ou seja, já após o tarifaço: “Por que os Estados Unidos precisam da carne brasileira? Tarifaço pode ser mais prejudicial para os consumidores americanos do que para o Brasil, dizem analistas” em: https://globorural.globo.com/pecuaria/noticia/2025/07/por-que-os-estados-unidos-precisam-da-carne-brasileira-entenda.ghtml .

Em julho/2025, a carne brasileira já representava 5,4% da proteína bovina consumida internamente nos EUA. Os beef trimmings, pedaços remanescentes do desossa, mais as aparas magras LBT “lean beef trim” (a maioria para hambúrgueres) eram os principais produtos importados.

Em setembro/2025 – como já esperado - o preço médio da carne bovina disparou nos EUA. Segundo o Departamento de Estatísticas do Trabalho do país, o quilo da carne atingiu US$ 11,875 a libra, quase R$ 150 o quilo, o maior preço da história do país. Moradores do país norte-americano também flagraram preços de até US$ 69 por uma bandeja de carne.  A alta nos preços é causada principalmente por três fatores: mudanças climáticas, restrições ao México e o tarifaço contra o Brasil, que deixou de exportar carne aos norte-americanos. Vide mais dados em: https://www.itatiaia.com.br/agro/carne-bovina-atinge-r-150-o-kg-nos-eua-seca-mexico-e-brasil-influenciam-alta .

Ainda, segundo o USDA, o impacto maior será sentido em 2026, quando o Departamento prevê importações 7,5% menores. O relatório indica que a alíquota de 50% sobre produtos brasileiros reduzirá as importações dos EUA em cerca de 400 milhões de libras – 180 mil toneladas – só em carne bovina (no que os varejistas não concordam muito e até pretendem comprar mais do Brasil, pois os custos com alimentos representam muito pouco  - em média 12,9% - da elevada renda média mensal dos yankees de Us$ 9.985/família - vide acima). Além da seca, dos efeitos do ciclo pecuário (vide acima) e do tarifaço contra o Brasil, o Governo dos EUA manteve as restrições à importação de gado do México devido à ocorrência da doença NWS (New World Screwworm) ou a “bicheira do Novo Mundo” em português. A NWS é uma praga considerada devastadora.

Tal comparação e com bem diferentes rendas, poder de compra e de preços finais também derruba o mito de que se vendem carnes caras no varejo brasileiros, para exportar-se carnes baratas para os EUA, China e outros países. Por exemplo, o preço médio dos cortes de dianteiros vendido para a China chegava a Us$ 5.700/ton. FOB, convertidos e iguais a cerca de R$ 25,36/kg, enquanto que no atacado brasileiro, mas mesmas datas, a média de preços era apenas de R$ 17,27/kg, considerando a média de todos os cortes de dianteiros bovinos.  

Também, é bom lembrar que as elevações dos preços da carne bovina no varejo mundial, sobretudo brasileiro, sempre deveriam puxar para cima também os preços das demais carnes sobretudo de aves, de suínos e de ovelhas (produções temporais muito mais rápidas), ou seja, não adianta muito incentivar tais produções nos momentos errados – o que deveria ter ocorrido muito no Brasil desde 2023, mas ninguém no Governo ligou ou providenciou - tudo para compensar as faltas de carnes bovinas, esta muito mais lenta para se produzir. Ou seja, de pouco ou nada adianta elevar-se as produções sucedâneas e rápidas acima de forma apenas reativa e nunca proativa.

Para 2025, a nossa ABIEC, ainda estima que o Brasil possa ter recuos de quase Us$ 1,0 bilhão nas exportações de carnes bovinas para os EUA após as novas tarifas de Trump, que ampliam os preços internos em +75,6% (25,4% antes + 50%,0 recentes). Contudo, tudo pode inverter, pois os americanos e chineses já se enjoam de frangos/suínos e querem a carne bovina brasileira, sobretudo de traseiros nobres para churrascos e, sobretudo, de de dianteiros para fabricarem carnes moídas mais de aparas magras LBT (“lean beef trim” = aparas de carne bovinas magras) para seus hamburguers). Além disso, diversos varejistas dos EUA até já declararam que irão assumir tais maiores preços finais internos depois de Trump e continuarem comprando carnes bovinas do Brasil  e talvez até as ampliarão as compras, pois as tarifas totais somadas de 76,4% agora pagas no pós Trump (26,4% antes + 50,0% recente) ainda são suportáveis por eles, vez que os americanos amam as carnes bovinas brasileiras e, em 2023, como já bem descrito acima, somente gastavam 12,9% (de 10,0% a 15,0%) de suas elevadas rendas familiares (média de Us$ 9.985/família) com compras de alimentos, diante de 56,0% do salário mínimo pessoal gastos com alimentos no Brasil, sendo de R$ 850,00 o custo da nossa cesta básica em janeiro/2025. 

F) Até quando e onde os negados/escondidos, mas até já comprovados, maiores abates de fêmeas férteis (cerca de 80% já com fetos como comprovado no RS) desde 2021 (ano de reinicio de novo ciclo de aumento) contribuirão para sustentação dos elevados preços atuais da carne bovina, e com estes puxando - de novo - os das outras carnes (que deveriam freia-los) nos varejos brasileiros mais suas possíveis elevações até 2030 ou 2032?

Obviamente, uma perfeita e honesta analise bem atualizada de tal item de abates de fêmeas bovinas no Brasil é fundamental, pois se continuar tão elevada e até ampliar, certamente, faltarão bezerros e bois magros, suficientes e de qualidade no Brasil até 2030 ou 2032 (conforme o local), sendo muito difícil importa-los ou tentar alavancar/acelerar suas maiores produções.

No Brasil, a totalidade de fêmeas bovinas abatidas, para os Consultores especializados, tem sido tratada como se fosse um efeito colateral, inesperado.  Para eles, é preciso bem entender que tanto o seu descarte normal por idades avançadas/doenças reprodutivas, como a terminação de muitas fêmeas em alguns anos de maiores exportações – como se fossem bois magros - para abates mais precoces, não fazem parte da pecuária, como é desejável.

Como conclusão para muitos sérios, as maiores destinações de vacas prenhes para o abate é uma prática imprudente, que retrata uma grande parte da pecuária nacional, com manejos tradicionalmente inadequados. Bem analisando os dados e informes, honestos, é possível identificar que a prática tem se mantido, sem cuidados para evitar sua ocorrência. “A realização de estudos e pesquisas em políticas públicas, manejos e acompanhamentos reprodutivos, legislações e penalidades mais rigorosas representam algumas medidas que poderiam reduzir o crescimento dessa prática para que essa prática seja evitada da melhor forma possível”.

Comproves no gráfico 01 a evolução anual das “Taxa de abate de vacas e novilhas, dados de 2000 a 2023 em: https://www.farmnews.com.br/mercado/taxa-de-abate-de-vacas-e-novilhas-dados-de-2000-a-2023/ . Em 2021, tal taxa chegou a 33,7%, mas vejas abaixo que elas já podem ter ampliado para 47,0% dos abates totais no primeiro trimestre de 2025 no MT, ante 41,6% em todo 2023. Entre 2000 e 2003, tais taxas – as menores da série - eram apenas em torno de 30,0% - e seus maiores níveis, em torno de 43,0%, foram atingidos em 2005, 2006 e depois em 2012, 2013 e 2014 (média de 41,5%) e, de novo, em 2018 e 2019 (média de 41,0%), com tudo isto comprovando seus ciclos, sobretudo, de bem maiores abates totais para bem maiores exportações.

Em 2002, tais abates de fêmeas, para o IBGE, somente representavam 5,0% do total de abates bovinos e já ampliando para 25,0% em 2011, sendo que eles ampliam muito nos anos em que os pecuaristas e frigoríficos querem ou precisam de fazer mais caixa e/ou mais rápido (para suas reposições animais) e/ou para aumentos das escalas de abates dos frigoríficos e/ou bem maiores juros a pagar por eles e/ou mais impostos, idem, ou seja, muito ampliando os abates e processamentos diários. Assim, também os frigoríficos aproveitam ao máximo seus bons preços das exportações em Us$, se possível ajudados por ótimas taxas irreais de cambio como ocorre desde 2023 (efeito BACEN), isto para lucrarem muito mais em R$/toneladas de equivalente carcaça (tanto para remunerarem bem mais seus donos e/ou investidores etc., como, sobretudo, para pagarem as fortes elevações de juros de seus financiamentos, ou seja, de novo graças ao BACEN). 

Segundo o IBGE, historicamente, desde 2007 até 2013, os abates de fêmeas bovinas ficaram em torno de 40,0% dos abates totais, mas chegaram a 47,0% no primeiro trimestre/2025 no MT, conforme uma consultoria descreve (infelizmente, cerca de 85,9% delas no RS já estavam prenhas e 14,1% já com fetos em final de gestação, tudo como bem determinado em frigoríficos do RS. Comproves tudo deste grave crime contra os humanos em diagnostico de campo por QUADROS, Alana mais  ROMAN, Juliano em https://ime.events/granvet2024/pdf/38625).

Apenas no terceiro trimestre de 2024 - comprovando o que cito como perigosíssimo para pleno abastecimento interno futuro até 2032 -, o Brasil registrou o abate de 10,37 milhões de cabeças de bovinos sob inspeção sanitária, número recorde e 15,3% superior ao mesmo período de 2023 e isto em um rebanho total já de 140,0 milhões de reses.

No Brasil, na média de 2024, para a importante Consultoria Agrifatto, a participação das fêmeas no abate total brasileiro chegou a 41,1%, ante média de 41,9% no período entre 2012-2014 e de 40,9% no período entre 2017-2019. Já para a Consultoria Athenagro/Rally da pecuária os abates de fêmeas podem subir para 47,0% dos abates totais no primeiro trimestre/2025 no MT (um recorde histórico) e, mesmo assim, este nível elevado não prejudicaria muito a oferta futura de bezerros/bois magros no MT (Será?), isto num ciclo produtivo bovino que demora de 4 até 6 anos desde a retenção/crescimento da bezerra, cruzamento, gravidez, parto e crescimento, engorda e abate de seu futuro filhote macho ou fêmea e desde que a própria ainda se mantenha viva e reprodutiva e no mínimo por 10 anos.

Em todo 2024, o IBGE estimou em março de 2025 que o abate total bovino no Brasil chegou ao recorde de 39,27 milhões de reses bovinas (sendo 16,9 milhões de fêmeas, ou seja, de 43,03% do abate total (ante 47,0% no primeiro trimestre de 2205, segundo uma Consultoria do MT) e um outro recorde e 19,0% mais que em 2023, ou seja, 15,2% mais no total do que em 2023. Os abates de suínos também foram recordes chegando a 57,86 milhões de cabeças (+1,2% ante 2023) e os de frangos iguais a 6,46 bilhões de cabeças (+2,7% ante 2023). Vide mais dados em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/42899-abate-de-bovinos-atinge-recorde-em-2024 .

G) Quais são as disponibilidades internas, reais, das carnes no Brasil desde 2020 (ano de início das exportações totais recordes, conforme o IBGE acima) e como elas podem estar sendo mal levantadas/erradas, até intencionalmente, o que já se comprova pelas continuidades dos preços elevados atuais  de todas as carnes no varejo e com tendencia de elevarem ainda mais até 2030-2032?

Nos EUA, em 2020, o déficit da oferta interna, consumo menos produção interna - e a importar de outros países - era apenas de 0,14 milhão de ton. (=140 mil toneladas) em equivalente carcaça bovina, contudo devendo ampliar muitíssimo tal déficit para 1,0 milhão de ton. em 2025, indicando forte incremento do consumo interno bem mais pelas mudanças dos hábitos alimentares. Vide mais detalhes sobre os mercados de carnes nos EUA acima.

No Brasil, para se garantir uma boa e constante alimentação de qualidade, e muito mais barata, para os mais pobres e famintos (população em que as carnes são fundamentais nas dietas e nos hábitos alimentares), o ideal é que somente fossem exportados no máximo 30% dos totais produzidos anualmente (ficando 70% seguramente para o mercado interno e com o governo bem acompanhando/fiscalizando e até subsidiando os frigoríficos e industrias de carnes como se faz muito na China, Rússia e até nos países europeus) e/ou então que os Governos (federal mais estaduais) bancassem, conjuntamente, tais preços internos mais baixos, até - de forma real, suficiente e constante -  os incluindo nas cestas básicas (quadruplicando suas ofertas/entregas) mais na merenda escolar e na alimentação publica institucional em hospitais públicos, creches em tempo integral, asilos, prisões, etc..

No caso das exportações totais de todas as carnes vejam que elas representavam apenas 25,9% das produções totais em 2019, ampliando para 28,4% em 2020 e, possivelmente, para elevados 33,6% em 2025 (em junho 2025, mas ainda sem coletar os fortes incrementos a partir de julho/2025), com tudo indicando que cada vez sobrea menos carne para o mercado interno.

Que fique dito que alguns analistas privados apontam que as participações das exportações nas produções totais em 2025 podem serem recordes e chega a % das carnes bovinas, ou seja, sobrando pouco disponível para consumos no mercado interno (jogando o abastecimento e a inflação e as alturas e não estão nem ai e, parece que, ainda preferem desmentir sem sequer bem investigar/trocar seus técnicos) e com tendencias de pior ainda mais de 2006 a 2030, pois a oferta produtiva será bem menor, pelo intensos, “burros” e “descontrolados”/”nada fiscalizado”, mas “livres/até incentivados” abates de fêmeas bovinas até 2025.

Em 2024, contudo e segundo a ESALQ (sem citar a fonte, obvia, pois, até certamente, apenas copiando dados que recebe) cerca de 75% da produção foi destinada ao mercado interno e 25% ao externo, tendo reduzido para 51% para o mercado interno em 2025.

Entre 2020 e 2025 houve incrementos de elevadíssimos 48,8% nas exportações de carnes bovinas mais de 41,2% nas de carnes suínas mais de 24,9% nas de carnes de aves (estas com quedas devido as ocorrências de alguns casos de gripe aviária em 2024). Somente entre 2024 e 2025 (estimativas em junho/2025), as exportações suínas aumentaram + 9,7%; as bovinas já ampliaram + 5,9% (estimativas em junho/2025), enquanto que as de aves recuaram -0,1%.

Somente em julho e agosto 2025, a exportações de todas as carnes tiveram incríveis aumentos irreais e até inesperados e isto mesmo com as adoções de tarifas pelo Governo Trumpista, mas que o Brasil, imediatamente, localizou e negociou com outros clientes, sobretudo mexicanos e argentinos.

Com isto, os efeitos das faltas de carnes no brasil que já estavam elevados e em ampliação desde o início de 2024, também por uma série de motivos internos, deve se manter ou escassear ainda mais até 2030 ou até 2032. Com isto, os picos de preços elevados desde o final de 2024 – e em elevação até agora em agosto/2025 por falta de ações protetores/ corredores do Governo Federal (exportações brasileiras excessivas – embora nunca não admitidas - e das 03 carnes, sem que ocorram as devidas e fundamentais alavancagens das carnes com produções bem mais rápidas (aves e suínos), que muito recomendo desde 2024 e que sempre foram ações costumeiras e normais dos governos anteriores (mesmo com o maiores preços bovinos puxando um pouco para cima as demais), devem ser as novas bases de menores preços até abril de 2030 ou talvez só baixem em abril/2032.

Em setembro/2025 - ao contrário do previsto por alguns analistas econômicos do Brasil - e apesar da retirada dos Estados Unidos, principal destino da carne bovina brasileira, o Brasil estava com exportações aquecidas. Em agosto, além e ampliar as vendas pra o Mexico e China, foram conquistados três novos compradores (Filipinas, Indonésia e San Vicente-Granadinas).

É bom também entender antes que há diferenças significativas entre as disponibilidades internas - as corretamente utilizadas pela CONAB por exemplo para as carnes - comparadas com os consumos totais e “per capta” das carnes, estes usados muitas vezes por alguma Consultorias e até por conhecidos frigoríficos, erroneamente, para disfarçaram menores ofertas e ampliarem seus preços. No cálculos das DISPONIBILIDADES TOTAIS (todos os tipos e formas) internas de tais carnes a consumir internamente ou a exportar SOMAM-SE os estoques refrigerados, congelados e até salgados e estocados em diversos locais do ano anterior (item não difícil de levantar - inclusive nos balanços anuais obrigatórios/digitalizados/checáveis, pois, em geral, em baixos volumes) MAIS as produções liquidas reais do ano atual/em curso já descontadas as perdas, reais, de processamentos e não consumíveis nem exportáveis (itens até facilmente comprováveis nos frigoríficos, mas de difíceis acessos nos açougues legais - mas também checáveis nos seus balanços digitalizados -, sobretudo se com abates ilegais e ainda comuns no Brasil, e nos próprios imóveis nos auto consumos) MAIS as importações do ano atual (facilmente comprovável pelas guias) e REDUZEM-SE as exportações do ano atual (item facilmente comprovável pelas guias de exportações emitidas), SOMENTE, ASSIM, sobrando as prováveis disponibilidades liquidas, agora somente ofertadas já para consumos internos totais, e “per capita”.

Tais divergências ficam muito claras quando se faz as rotas/checagens inversas via consumos “per capita” e total da população, aliás como é comum no IBGE e até na CONAB e que deveria ser a regra/norma mensal dos frigoríficos e órgãos setoriais e até dos demais Ministérios (o que poucos consultores ainda adotam).

Por exemplo, em 2021 (ano com dados mais em comuns e mais confiáveis), enquanto a CONAB apontava em seu Quadro de Suprimento quadrimestral  o possível consumo total de 3,42 milhões de t. de carne bovina (disponibilidade interna total de 5,9 milhões de t. menos 2,48 milhões de t. de exportações) e disponibilidade “per capita” de 29,3 kg/habitante para 202,0 milhões/habitantes em 2021, o IBGE – com dados pessoais confiáveis do Ministério da Saúde/SISAN/CAISAN - apontava para consumo “per capita” de 28,32 kg/pessoa/ano (já com forte queda ante 35,2/kg de 2015), ou seja, para consumo total de 5,72 milhões de t/ano em equivalente carcaça, ou seja, quase que para o dobro da CONAB (também com base na população total de 202,0 milhões pessoas). Já a EMBRAPA apontava para consumo “per capita” de 24,4 kg/ano no mesmo 2021 e a Consultoria OD Consulting para 26,15 kg/pessoa. Mostrando ainda mais divergências, incrivelmente, dados dos USDA/Farm News Brasil apontaram para o consumo elevadíssimo de 36,27 kg/pessoa e já em 2021 – Vide em  https://acrioeste.org.br/destaques/como-tem-evoluido-o-consumo-per-capita-de-carne-bovina-no-brasil/ MAIS do IBGE em: https://www.3tres3.com.br/artigos/a-disponibilidade-interna-de-carnes-no-brasil-recente-2020-e-2021_1808/. Vide dados das evoluções nos Quadros de Suprimentos de carnes da CONAB em: https://www.gov.br/conab/pt-br/atuacao/informacoes-agropecuarias/analises-do-mercado-agropecuario-e-extrativista/analises-de-mercado/quadro-de-oferta-e-demanda/alho/oferta-e-demanda-de-carnes-2025-1     

Mesmo se considerando a evolução anual normal das populações humanas e dos alojamentos e abates conjuntos, em anos com menores disponibilidades internas das 03 carnes somadas (como em 2018 e 2022) seus preços médios internos ampliam bastante, os consumos recuam e os índices inflacionários ampliam. Nos casos das carnes bovinas, isto fica muito mais claro em 2020 e 2022.

Já em 2024, as disponibilidades internas % comparadas das 3 principais carnes em relação as suas produções totais, conforme a CONAB em julho/2025, atingiram, de forma decrescente, 75,6% em carnes suínas totais; 66,2% em carnes de aves totais e também 66.2% em carnes bovinas totais. Na soma das 03 carnes totais a disponibilidade interna chegou a 67,8% das suas produções.

Em todo 2025, as disponibilidades internas % comparadas das 3 principais carnes em relação as suas produções totais, conforme a CONAB em julho/2025, devem alcançar, 74,3% em carnes suínas totais; 66,7% em carnes de aves totais e 62,6% em carnes bovinas totais. Na soma das 03 carnes totais a disponibilidade interna chegou a 66,7% das suas produções.

Contudo, em julho e agosto 2025, a exportações de todas as carnes tiveram incríveis aumentos irreais e até inesperados e isto mesmo com as adoções de tarifas pelo Governo Trumpista, mas que o Brasil, imediatamente, localizou e negociou com outros clientes, sobretudo mexicanos e argentinos.

Isto, certamente, irá reduzir ainda mais a disponibilidades internas somadas das 03 carnes, sobretudo, das bovinas em todo 2025.

Segundo o portal G1, após ter tido uma queda de 9% em 2023, o preço da carne disparou +20,84% em 2024, a maior alta desde 2019, quando o valor da proteína subiu +32,4% ante 2018, tudo segundos dados do IBGE. Com isso, as carnes se tornaram o item com o maior peso (0,52 %) na inflação de alimentos de 2024, que avançou +7,69% no ano. Cortes populares de carne bovina foram destaque, como o acém (+25,2%), patinho (+24%) e contrafilé (+20%). Vale ressaltar que o preço da carne só começou a subir a partir de setembro (fim da safra bovina anual de abril a setembro). Entre janeiro e agosto/2024, o valor do alimento registrou, inclusive, quedas mensais. Vide mais em: https://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2025/01/10/preco-da-carne-sobe-em-2024.ghtml  

Obviamente, numa situação mercadológica e produtiva/abastecedora e normal de menores exportações de alimentos - até pelas reduções da demanda mundial e até internas pela lei da oferta e da procura (sem que haja fortes atuações sigilosas/egoístas/contra os povos pobres dos oligopólios e cartéis diversos etc., como já é o caso nos últimos 30 anos no Mundo – vide acima sobre as famílias HNWI” e sem interesses e até de possíveis erros governamentais, como pode ser os casos correntes), os preços internos das carnes – com as maiores ofertas internas mesmo que momentâneas - deveriam reduzir rápida, bastante e mesmo que temporariamente (até 03 meses), isto até, ajuizadamente, para beneficiar/priorizar a alimentação dos mais pobres e famintos e sem ampliar os demais itens das inflações. Contudo, após tal período curto, a situação interna pode até reverter e passar a prejudicar os abastecimentos, pois os produtores rurais iriam reduzir suas produções e/ou entregas em médio prazo, o que levaria a novos aumentos de preços, a não ser que o Governo detivesse estoques suficientes e de qualidade. Ai é preciso bem lembrar  que – mesmo sendo possível e altamente necessário e recomendado em anos difíceis como já agora e até 2030-2032 - estocar carnes em frigoríficos arrendados fica muito e muito caro, sendo bem mais barato – desde que muito bem planejado/incentivado - estocar bezerros e bois magros nos pastos E/OU alavancar as produções rápidas, quase que imediatas, nas formas já de leitões ou até de barrigadas suínas (até 160 dias de respostas com bem mais carnes depois dos partos) e, sobretudo, de ovos galados de aves (até 60 dias de respostas depois das eclosões).

Os economistas financeiros dos grandes bancos e investidores brasileiros (talvez com pouco conhecimento do mercado real agropecuário diário) erraram feio ao preverem quedas dos preços internos das carnes agora em agosto/2025,  pois – muito ao contrário do que previam - não houve queda da demanda mundial, nem nos EUA, com as tarifas de Trump (ao contrário, as vendas para o México  e China ampliaram muito) NEM as exportações recuaram NEM a demanda interna reduziu NEM os menores abates fêmeas pelos frigoríficos previstos, para as preservarem, aconteceram.

Entre julho e agosto/2025 até que houve pequena redução nos preços médios das carnes, mas depois voltaram a elevar. Na carne de frango houve um recuo de -5,7% (média de R$ 17,33/kg); na carne suína caiu -1,33% (para a média de R$ 23,05/kg) e na bovina reduziu pouquíssimos -0,8% (para média de R$ 34,58/kg).

Leias, boas partes dos erros, em: Por que uma queda nas exportações para os EUA pode não deixar a carne mais barata no Brasil? https://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2025/08/02/entenda-por-que-uma-queda-nas-exportacoes-para-os-eua-pode-nao-deixar-a-carne-mais-barata-no-brasil.ghtml?utm_source=share-universal&utm_medium=share-bar-app&utm_campaign=materias

Para a USP-ESALQ, a PRODUÇÃO de carne bovina no primeiro semestre de 2025 ampliou 122 mil t. ante igual período de 2024, mas as exportações no mesmo período ampliaram em mais de 164 mil t., o que, então, claramente, reduziu a oferta interna em 42 mil t. e sito apenas em 06 meses e que sempre amplia mais no final do ano (quando se exporta bem mais). Tal aumento das exportações equivale ao abate de mais 170 mil animais machos e fêmeas.

Ainda segundo a ESALQ, o maior problema das já baixas ofertas internas atuais de carne bovina - não são as bem maiores exportações (obviamente, que, talvez, nunca sejam admitidas pelos órgãos do Governo e pelo Setor), mas as menores produções, obviamente, também bem mais decorrentes – embora ainda não aceitas das mesmas formas – dos grandes abates anteriores de fêmeas férteis e das maiores demandas totais.

Ou seja, como  nenhum órgão governamental e/ou setorial e/ou empresarial fala coisa-com-coisa neste momento sobre as atuais e futuras situações das 03 carnes no Brasil - nem quer/nem vai assumir quaisquer culpas pelos desabastecimentos continuados desde o final de 2023 e com tendencias de continuidade e de ampliações até 2030-2032 -,  tudo pode ser mesmo decorrente das maiores exportações autorizadas/incentivadas, governamentalmente,  e para auferir bem mais divisas e reservas sem Us$ mais bem mais tributos, em R$, mesmo que prejudicando a maioria do povo, em especial dos pobres e famintos. Vide mais dados em: https://revistaoeste.com/agronegocio/carne-fica-mais-cara-por-falta-de-producao/

FIM

Este diagnostico legal pormenorizado não oficial nem público - apenas pessoal e sem quaisquer influências externas -, mas concorrencial e exclusivo, pode ser atendido/melhor consultado pelo e-mail: [email protected] .

Brasília (DF) e Porto Seguro (BA) em 06 de setembro de 2025

Grato pelas Leituras, Analises e Compartilhamentos.

 “VIVAMELHOR AMBIENTAL A BRAZIL THINK TANK” (a modern and faster socioambientalist/green & susteinable Energies Brazilian “think tank).

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