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Analise semanal do mercado da soja

Como era previsto, o “mercado do clima” está agindo fortemente em Chicago


As cotações da soja melhoraram nesta primeira semana de maio, com o bushel fechando a quinta-feira (04) em US$ 9,65 após US$ 9,45 uma semana antes. A média de abril, para o primeiro mês cotado, ficou em US$ 9,46, contra US$ 9,96/bushel em março.

Como era previsto, o “mercado do clima” está agindo fortemente em Chicago. As intensas chuvas nas regiões de produção nos EUA começam a gerar especulações de que o plantio de milho e soja possa atrasar e não atingir toda a área estimada. Além disso, algum potencial de produtividade, para as áreas já semeadas, poderia diminuir.

Salientamos que, para a soja, ainda é cedo para se especular quanto a redução de área e produtividade, lembrando que as dificuldades com a semeadura do milho podem muito bem levar a um aumento ainda mais significativo na área de soja. Todavia, se o clima continuar negativo nos próximos dias, as preocupações e especulações do mercado irão aumentar.

Outro fator que auxiliou na firmeza em Chicago veio das exportações líquidas estadunidenses de soja. As mesmas, na semana encerrada em 20/04, somaram 808.100 toneladas para o ano 2016/17 e 72.300 toneladas para 2017/18, superando largamente o esperado pelo mercado no somatório destes dois anos comerciais.

Em contrapartida, o plantio de soja nos EUA avança muito bem, apesar das intempéries, demonstrando que as mesmas não estão, ainda, prejudicando a soja. O mesmo, até o dia 30/04 alcançava 10% da área esperada, contra 7% na média histórica para esta época do ano.

Dito isso, o mercado espera o relatório de oferta e demanda do USDA, previsto para este próximo dia 10/05. O mesmo indicará as primeiras estimativas de produção para a nova safra estadunidense.

Já na Argentina, até o final de abril a colheita da soja chegava a 34%, contra 24% na mesma época do ano anterior. E no Brasil a colheita atingia a 95% da área, ficando exatamente dentro da média histórica para este período do ano. Rio Grande do Sul, Bahia e Santa Catarina são os três principais estados onde o percentual a ser colhido ainda é relativamente importante.

Quanto aos preços no Brasil, após o câmbio flertar com o valor de R$ 3,22 na semana anterior, o mercado se estabilizou ao redor de R$ 3,17 nesta semana. Todavia, a melhoria em Chicago ajudou a elevar um pouco os valores médios do saco de soja. Assim, o balcão gaúcho fechou a semana em R$ 58,35/saco, enquanto os lotes fecharam a semana entre R$ 63,00 e R$ 63,50/saco. Nas demais praças nacionais os lotes oscilaram entre R$ 53,50/saco em Sorriso e Diamantino (MT) e R$ 66,50/saco em Campos Novos (SC), passando por R$ 64,00 no centro, oeste e norte do Paraná, R$ 56,50 no Tocantins e R$ 59,00/saco no Piauí.
 

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