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Análise semanal do mercado do milho

Exportações brasileiras de milho neste primeiro trimestre de 2017 foram muito baixas


As cotações do milho em Chicago igualmente pouco se modificaram nesta última semana de abril, com o fechamento do dia 27/04 (quinta-feira) ficando em US$ 3,62/bushel, contra US$ 3,57 uma semana antes. Apesar do atraso no plantio nos EUA, devido as fortes chuvas, o mercado não apresenta reação, pois considera muito cedo tomar posição a este respeito. 

Nesse sentido, até o dia 23/04 a semeadura de milho nos EUA atingia a 17% da área esperada, contra a média de 18%. Ou seja, o atraso é pequeno até o momento! Todavia, o mercado espera que até o final da primeira semana de maio o plantio naquele país alcance 50% da área, o que pode não ocorrer se as chuvas continuarem.

Ao mesmo tempo, as exportações semanais de milho, na semana anterior, ficaram em 1,45 milhão de toneladas, sem empolgar o mercado mais uma vez.  Já na Argentina, o clima chuvoso gerou algum movimento especulativo, porém, não chegou a ser consistente. A colheita de milho no vizinho país atingia a 23% até o dia 24/04.

Por sua vez, a tonelada FOB na Argentina e no Paraguai fechou a semana na média de US$ 164,00 e US$ 95,00 respectivamente.

Aqui no Brasil, os preços do cereal continuam sem reação, com o balcão gaúcho fechando a semana na média de R$ 21,98/saco e os lotes em torno de R$ 26,50/saco. Nas demais praças nacionais os lotes oscilaram entre R$ 17,50/saco em Sapezal (MT) e R$ 27,50/saco em Videira (SC). Por sua vez, houve indicação de oferta na região da Sorocabana paulista entre R$ 24,00 e R$ 25,00/saco, enquanto o referencial Campinas recuou para R$ 28,50/saco CIF no disponível.

De maneira geral, o mercado resiste em aceitar alguma alta no milho diante da elevada oferta nacional. Apenas uma frustração na safrinha e/ou uma desvalorização mais acentuada do Real, estimulando as exportações nacionais de milho, poderiam reverter o atual quadro baixista.

Neste sentido, o frio, acompanhado de alguma geada no sul do Brasil, neste último final de semana de abril, não estava sendo considerado significativo para atingir a safrinha do Paraná e do Mato Grosso do Sul. 

Vale ainda destacar que a comercialização da safrinha, até meados de abril, atingia apenas 17% do volume esperado (58,3 milhões de toneladas), contra 44,5% negociados nesta mesma época do ano passado (cf. Safras & Mercado). Claramente os produtores esperam um preço melhor e pouco vendem antecipadamente neste ano.

Enfim, as exportações brasileiras de milho neste primeiro trimestre de 2017 foram muito baixas, ficando em apenas 2,18 milhões de toneladas, contra 11,8 milhões em igual período do ano passado (cf. Safras & Mercado).

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