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Argentina libera milho, mas vai controlar mercado

Não haverá limitações formais ou comunicações estabelecendo cotas


Após a paralisação generalizada do agronegócio e diversos protestos e greves por todo o país, o governo argentino cedeu à pressão e retirou as restrições que havia imposto sobre a exportação de milho. Em resultado da negociação com o setor rural, a administração Alberto Fernández acena com a instituição de um controle de mercado e preço através do monitoramento do saldo exportável.

O governo da Argentina já havia tentado flexibilizar as relações com o campo liberando um limite diário de 30 mil toneladas para vendas externas de milho – o que não agradou os produtores rurais, que decidiram manter a paralisação de três dias na segunda-feira (11.01). O ministro da Agricultura do país, Luis Basterra, lançou então sua última cartada em reunião com representantes da cadeia do milho e propôs novas reuniões técnicas para alinhar o acordo.

A Mesa Intersetorial do Milho passaria a fazer parte dessas reuniões, com representação de diversos atores da demanda e oferta do cereal. “Não haverá limitações formais ou comunicações estabelecendo cotas, mas o governo quer que busquemos não ultrapassar dois milhões de toneladas a mais aos registros atuais (safra antiga)”, comentaram fontes das agroindústrias após o encontro.

“O governo, por meio do Ministério da Produção e do Ministério da Agricultura, traçará linhas de financiamento bancário para a avicultura. Eles vão lançar uma linha específica de SGR para indústrias de beneficiamento”, acrescentaram.

Será, ainda, avaliada a possibilidade de criação de um “trust do milho”: “Amanhã o Conselho Intersetorial do Milho decidirá sobre a viabilidade ou não da proposta do Governo de desenhar um mecanismo de compensação intra-cadeia do tipo ‘trust’ para os produtos derivados do milho (carne, ovos, inicialmente)”, concluíram as fontes.

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