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Chuvas intensas afetam a produção de soja no Rio Grande do Sul

A colheita avançou para 3% da área cultivada


Durante o período entre os dias 15 e 17 de março, o Rio Grande do Sul contou com chuvas intensas, especialmente nas regiões a oeste do Estado. De acordo com dados do Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na última quinta-feira (21/03), o excesso de umidade impediu as atividades de colheita de soja e tratamentos fitossanitários nessas áreas. O clima causou danos por erosão devido aos grandes volumes de precipitação. Na região da Campanha, as chuvas, ainda que menos intensas, foram essenciais para mitigar os efeitos da estiagem que assolava municípios há quase 60 dias sem chuvas expressivas.

A colheita de soja avançou para 3% da área cultivada, com a fase predominante sendo o enchimento de grãos, atingindo 59%, e a maturação, 27%. Os rendimentos iniciais variaram de 1.500 kg/ha em regiões com menor produtividade e chuvas insuficientes a 4.800 kg/ha em Campos de Cima da Serra, onde as chuvas foram mais frequentes. A área cultivada está estimada em 6.681.716 hectares, com uma produtividade projetada de 3.329 kg/ha.

Sobre termos fitossanitários, o controle de doenças de final de ciclo prevalece, principalmente sobre a ferrugem-asiática (Phakopsora pachyrhizi). O excesso de umidade no solo prejudica o trânsito de pulverizadores. Possíveis perdas por ferrugem nas lavouras que receberam aplicações há mais de 20 dias também preocupa os produtores da região porque o período residual dos fungicidas está praticamente expirado. A infestação de plantas daninhas também levanta alertas sobre possíveis falhas no protocolo de controle por meio de aplicação de dessecantes ou por resistência das plantas aos produtos aplicados.

Na região de Bagé, na Campanha, a colheita iniciou com rendimentos variados entre 1.500 e 2.500 kg/ha. Espera-se que as produtividades continuem oscilando devido à irregularidade das chuvas e outros fatores climáticos. Em Hulha Negra e Candiota, a situação é crítica, com prejuízos que devem ultrapassar 80% devido à estiagem iniciada em janeiro.

Em outras regiões, como Caxias do Sul, Erechim e Frederico Westphalen, as produtividades variam e as expectativas para as lavouras mais tardias são promissoras. No entanto, problemas como baixa carga de vagens, grãos com peso reduzido e incidência de doenças preocupam os produtores.

Apesar dos desafios, o valor médio da saca de 60 quilos aumentou em 2,56% em relação à semana anterior, alcançando R$ 112,58, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado.

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