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Cotações do milho fecharam em US$ 3,49/bushel

Média de setembro ficou em US$ 3,47/bushel, contra US$ 3,53 em agosto.



As cotações do milho em Chicago recuaram um pouco durante a semana, fechando a quinta-feira (05) em US$ 3,49/bushel, contra US$ 3,52 uma semana antes. A média de setembro ficou em US$ 3,47/bushel, contra US$ 3,53 em agosto.

O relatório de estoques trimestrais, na posição 1º de setembro nos EUA, informou que houve um crescimento de 32% sobre igual período de 2016, somando 58,2 milhões de toneladas.

Dito isso, o retorno das chuvas nas regiões produtoras da América do Sul, avanço da colheita e exportações muito baixas por parte dos EUA (apenas 320.000 toneladas na semana anterior) impediram qualquer reação do mercado. 

Enquanto isso, a colheita nos EUA, até o dia 1º de outubro, atingia a 17% da área, contra 26% na média histórica para esta data. Assim como no caso da soja, também com o milho há problemas de logística nos EUA, já que a safra que está sendo colhida é grande.

Na Argentina, a tonelada FOB fechou a semana em US$ 149,00, enquanto no Paraguai a mesma ficou em US$ 112,50.

No Brasil, o mercado parece estar encontrando seu ponto de estagnação de preços, na medida em que o mercado paulista está abastecido no curto prazo, as chuvas retornaram às regiões produtoras do Paraná, Sudeste e Centro-Oeste, permitindo o plantio de verão, e o risco de exportações menores entre outubro/17 e janeiro/18 (final do ano comercial 2017/18) se mostra importante. Neste último caso, as nomeações de embarque para outubro sugerem que as tradings encontram limites na exportação na medida em que o mercado interno está pagando mais. Neste sentido, o comportamento cambial no Brasil não auxilia a estimular as vendas externas, fato que já dura alguns meses.

Assim, segundo a Secex, o Brasil teria exportado em setembro um total de 5,91 milhões de toneladas. Apesar de um volume muito bom, o mercado esperava mais. Além disso, as nomeações para outubro estão muito baixas, ficando em apenas 3,4 milhões de toneladas no início de outubro. Desta forma, o escoamento necessário dos estoques tende a ficar comprometido, fato que forçará uma nova baixa de preços logo adiante, especialmente se a safra de verão vier normal, apesar da redução na área de plantio do milho.

Neste contexto, o porto não consegue superar o preço de R$ 30,00/saco para outubro e preços internos mais altos tendem a limitar os negócios de exportação se caso esta situação continuar.

Enfim, o mercado alerta para o risco de grandes lotes entrarem em São Paulo, procedentes de outros Estados, visando atender aos consumidores locais, diante das dificuldades de exportação (cf. Safras & Mercado).

Neste quadro complexo, a semana fechou com a média gaúcha no balcão um pouco melhor, a R$ 24,90/saco (lembrando que o Rio Grande do Sul é importador anual de cerca de 2 milhões de toneladas de milho), enquanto os lotes giraram entre R$ 30,00 e R$ 30,50/saco. Já as demais praças nacionais apontaram preços de lotes entre um mínimo de R$ 16,20/saco em Campo Novo do Parecis (MT) e um máximo de R$ 33,00/saco em Itahandu (MG), passando por R$ 31,50/saco em Videira (SC).

Vale ainda destacar que o plantio da nova safra de verão atingia a 23% da área esperada no Centro-Sul brasileiro, até o dia 29/09, sendo que o Rio Grande do Sul havia semeado 61% da mesma, Santa Catarina 36% e o Paraná 18%.
 

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