Cotações do trigo registram baixa

As cotações do trigo, em Chicago, registraram uma pequena baixa na semana, com o primeiro mês fechando em US$ 5,56/bushel, contra US$ 5,60 uma semana antes. A média de março ficou em US$ 5,42/bushel, ou seja, um recuo de 7,4% sobre a média de fevereiro. Em 31/03, cerca de 56% da safra de trigo de inverno estava em boas condições, contra 28% no mesmo momento do ano anterior. Já a safra de trigo de primavera estava semeado em 1%. Por outro lado, os EUA embarcaram, na semana encerrada em 28/03, um total de 498.989 toneladas de trigo, ficando acima do esperado pelo mercado.

Com isso, o total embarcado no ano atinge a 14,8 milhões de toneladas, ou seja, 12% abaixo de igual período do ano anterior. E na Índia, o governo está solicitando que as empresas comerciais evitem de comprar trigo da nova safra junto aos agricultores, a fim de que o produto seja adquirido pelo órgão estatal destinado a isso, pois os estoques públicos de trigo estão se esgotando.

A Índia é o maior consumidor e produtor de trigo do mundo, depois da China. Ela proibiu as exportações em 2022 e está interessada em reforçar os estoques e controlar os preços que subiram depois que o clima seco prejudicou a produção em 2022 e 2023. O aumento dos preços do trigo forçou o governo a vender quantidades recordes para aumentar os suprimentos locais, levando a uma redução drástica dos estoques públicos.

Já no Brasil, os preços se mantiveram estáveis. O trigo de qualidade superior, que está bastante raro, manteve a média, no Rio Grande do Sul, em R$ 60,58/saco, enquanto no Paraná os preços oscilam entre R$ 63,00 e R$ 64,00/saco. Na verdade, os preços do trigo passaram março muito estáveis, nestes níveis, sendo que as médias mensais ainda estão bem abaixo do registrado no ano passado nesta época. “Em São Paulo, por exemplo, o valor médio do último mês foi de R$ 1.222,99/tonelada FOB, com forte queda de 30,6% em relação a março/23. No Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, as desvalorizações foram de 24%, 19,4% e 12,6%, respectivamente, com as médias caindo para R$ 1.241,66/t, R$ 1.173,65/t e R$ 1.394,80/t, nesta mesma ordem. No geral, os negócios continuam apenas pontuais no mercado brasileiro.”