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Entressafra da laranja manteve os preços em alta

O suco de laranja em NY caiu 2,5% na média parcial de março (até dia 22), para cUSD 362/lp


Estoques de passagem da indústria seguirão baixos

Spread da indústria voltou a reduzir em março, embora ainda seja um elevado patamar histórico. Ao mesmo tempo em que o suco enfraqueceu, o custo da caixa de laranja à indústria esmagadora subiu razoavelmente. O suco de laranja em NY caiu 2,5% na média parcial de março (até dia 22), para cUSD 362/lp, comparado com o mês anterior, porém, relativamente a mar/23 a alta é de 41,7%. Do lado da fruta, ocorreu o contrário. Segundo cotações do Cepea, a laranja posta na indústria subiu 6,8%, para próximo dos R$ 60/cx na média.

Já a laranja Pera, voltada ao mercado interno in natura, avançou mais 8,6%, para R$ 94/cx e acumula 103% de aumento frente a mar/23. Com o suco caindo e a fruta subindo, o spread entre o primeiro vencimento do suco em NY e a caixa de laranja no Brasil reduziu 14,6% no mês, embora o patamar de USD 7,20/cx siga favorável. A exportação de suco de laranja acumulou 728 mil t de FCOJ equivalente entre jul/23 e fev/24, queda de 6,1% frente ao mesmo período do ano anterior. Fevereiro foi o sexto mês de queda na quantidade exportada frente ao mesmo mês do ano anterior. Além disso, o preço médio de exportação, após alcançar USD 2,84 mil/t em dez/23, recuou 6% nos últimos dois meses, com a última média, de fevereiro, ficando em USD 2,68 mil/t.

A CitrusBR divulgou que os estoques de suco em poder das empresas associadas somaram 463,94 mil t de FCOJ eq. em dez/23, 6,7% maior que o dez/22, mas o segundo menor da série histórica. A indicação é de que terminarão o ano safra em jun/24 novamente baixos historicamente. O período de entressafra no Brasil e os baixos estoques de passagem em poder da indústria, devem manter as exportações sem grande potencial para elevação das quantidades. Mesmo com os preços da fruta à indústria podendo se elevar ainda mais, renovando recordes, a alta do suco em NY foi bastante intensa, cenário que deve se manter favorável às esmagadoras.

O nível da produção mundial de suco de laranja, influenciada negativamente no último ano, principalmente pelas safras contidas do Brasil mas também muito menor nos EUA, é algo que não deve mudar substancialmente no próximo ano safra, o que sugere a manutenção de um quadro de oferta restrita. A questão que fica é como se comportará a demanda após a intensa elevação dos preços que vivenciamos. Observamos, contudo, um movimento de busca de novas áreas para citricultura em outros estados brasileiros, regiões potencialmente produtivas e, principalmente, livres de greening. Entretanto, uma eventual melhora do potencial produtivo brasileiro só terá efeitos em médio e longo prazo.

De acordo com o Cepea, fontes têm indicado bom nível de umidade nos solos nas áreas citrícolas de São Paulo, favorecendo a safra 2024/25, com antecipação da colheita de variedades precoces ocorrendo. O USDA prevê aumento de 11% na safra americana 2023/24, para 66,750 milhões de caixas, sobre o ano anterior. Na última safra (2022/23) a Florida perdeu o posto de principal estado produtor de laranjas dos EUA, para a Califórnia. Do aumento previsto para a safra dos EUA, 60% virá da Florida e 40% da California. A Florida terá recuperação de 15,8 milhões de caixas em 2022/23 para 19,8 milhões, o que, apesar da “recuperação”de 25%, é a segunda piorsafra da Florida. O período de entressafra no Brasil e os baixos estoques de passagem em poder da indústria, devem manter as exportações sem grande potencial para elevação das quantidades.

Mesmo com os preços da fruta à indústria podendo se elevar ainda mais, renovando recordes, a alta do suco em NY foi bastante intensa, cenário que deve se manter favorável às esmagadoras. O nível da produção mundial de suco de laranja, influenciada negativamente no último ano, principalmente pelas safras contidas do Brasil mas também muito menor nos EUA, é algo que não deve mudar substancialmente no próximo ano safra, o que sugere a manutenção de um quadro de oferta restrita. A questão que fica é como se comportará a demanda após a intensa elevação dos preços que vivenciamos. Observamos, contudo, um movimento de busca de novas áreas para citricultura em outros estados brasileiros, regiões potencialmente produtivas e, principalmente, livres de greening. Entretanto, uma eventual melhora do potencial produtivo brasileiro só terá efeitos em médio e longo prazo.

De acordo com o Cepea, fontes têm indicado bom nível de umidade nos solos nas áreas citrícolas de São Paulo, favorecendo a safra 2024/25, com antecipação da colheita de variedades precoces ocorrendo. O USDA prevê aumento de 11% na safra americana 2023/24, para 66,750 milhões de caixas, sobre o ano anterior. Na última safra (2022/23) a Florida perdeu o posto de principal estado produtor de laranjas dos EUA, para a Califórnia. Do aumento previsto para a safra dos EUA, 60% virá da Florida e 40% da California. A Florida terá recuperação de 15,8 milhões de caixas em 2022/23 para 19,8 milhões, o que, apesar da “recuperação”de 25%, é a segunda piorsafra da Florida.

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