As chuvas abundantes na América do Sul provocaram queda de 1,92% nas cotações do milho da B3, segundo o que afirmou a TF Agroeconômica. “O mercado de milho na B3 de São Paulo sofreu forte queda nesta quarta-feira, seguindo as quedas do dólar e de Chicago. Com isto, a cotação de março recuou R$ 1,71 no dia para R$ 87,27; a de maio recuou R$ 2,02 no dia para R$ 85,51 e a de julho recuou R$ 2,41 para R$ 75,64. As chuvas na Argentina e no Brasil trouxeram algum alívio às safras ainda não colhidas nestas regiões do Globo, melhorando a sua produtividade e a oferta de grãos.”, comenta a consultoria.
“Mesmo assim, não nos cansamos de dizer que os fundamentos continuam altistas, com as cotações já superando a alta anterior de novembro, com a falta de disponibilidade no Brasil (por excesso de vendas no ano) e forte demanda nos mercados internos e externos. Além disso, o Brasil plantou uma área menor e ainda há cinco meses e meio até chegar a Safrinha brasileira”, indica.
“Por último, ainda temos uma demanda forte (as exportações de frango cresceram 40% e as do próprio milho continuam elevadas) o que leva a crer que os preços permanecerão firmes. Finalmente, o dólar, que tinha recuado 2% na semana, subiu líquidos 2% nas duas primeiras semanas do ano e promete continuar firme por ruídos políticos (que apenas começaram), falta de continuação das reformas e problemas fiscais”, completa.
Na Bolsa de Chicago, o milho recuou $3,5/bushel. “Mais realização de lucros, juntamente com novas chuvas em áreas importantes da América do Sul, continuaram a empurrar os futuros para o vermelho na quarta-feira, com sinais limitados de nova demanda de exportação dos EUA em meio à escassez de avisos de vendas e queda dos prêmios do Golfo”, conclui.