O mercado de milho na B3 de São Paulo terminou com preço em alta para janeiro, de acordo com a TF Agroeconômica. No entanto, ele está em queda para todo os demais meses, com realização de lucros, mesmo depois de a Conab emitir relatório reduzindo a produção brasileira para 133,69 milhões de toneladas.
“A principal razão é que este número, mesmo menor, é mais alto do que algumas estimativas particulares, que falavam em não mais do que 130 MT. Com isto, as cotações de janeiro avançaram R$ 0,69 para R$ 84,27; as de março de 2021 recuaram R$ 2,05 para R$ 86,83 e as de maio recuaram R$ 1,71/saca para R$ 83,23”, comenta a consultoria.
Em Chicago, os futuros do milho continuaram testando níveis mais altos nesta quarta-feira após os cortes de produção do USDA na terça-feira e novas estimativas da agência de estatísticas agrícolas do Brasil, Conab, que apontam para um novo corte na produção, levantando questões sobre o volume produzido da futura safrinha. “No fechamento, o contrato de março estava mudando de mãos a $ 5,256/bu, com alta de $ 0,086/bu no dia, com o contrato de maio sendo negociado a $ 5,29/bu, com alta de $ 0,1/bu”, indica.
“Com o mercado esperando uma safra menor nos Estados Unidos e a China provavelmente aumentando suas importações de milho dos Estados Unidos, os Fundos continuaram comprando contratos, sem sinais de uma onda de realização de lucros no horizonte. E a agência brasileira de estatísticas de alimentos Conab rebaixou sua estimativa para a produção de 2020/21 para 133,69 milhões de toneladas, apenas 759 mil toneladas abaixo da previsão de dezembro, mas ainda o suficiente para destacar futuros problemas de abastecimento para o mercado internacional”, completa.